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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/03/2010 | Política
Lula pede que EUA negociem retaliação de produtos com o Brasil
Em discurso nesta quarta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao presidente ao dos Estados Unidos, Barack Obama, que coloque uma equipe do governo americano para negociar "rapidamente" com o governo brasileiro a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que autorizou o Brasil a retaliar produtos dos EUA.

O presidente frisou que o Brasil não quer entrar em confronto com os Estados Unidos, mas quer que a decisão da OMC seja respeitada.

"Queria pedir ao companheiro Obama que colocasse as suas pessoas para negociar rapidamente. O Brasil não tem nenhum interesse em nenhuma confrontação com os Estados Unidos, mas tem interesse em quem os Estados Unidos respeitem a decisão da OMC tanto quanto o Brasil respeitará quando a OMC decidir contra nós", disse Lula, durante a inauguração de uma usina termelétrica em Cubatão (SP).

Lista de retaliação

Nesta semana, cumprindo a decisão da OMC, o Brasil divulgou uma lista de cem produtos que terão o Imposto de Importação reajustado (em alguns casos, a alíquota pode chegar a 100%) por conta dos prejuízos causados à economia brasileira pelo subsídio que o governo americano concede a seus produtores de algodão.

A retaliação em produtos, segundo o governo brasileiro, poderá chegar a US$ 591 milhões. Entretanto, o governo também informou que vai preparar outra lista, até 23 de março, que depois será posta em consulta pública, para uma possível retaliação em propriedade intelectual.

O presidente disse que o país não está fazendo uma política de retaliação.

"Estamos dizendo aos Estados Unidos: não importa o tamanho de cada um de nós, não importa a riqueza de cada um de nós. Todos somos países soberanos, todos somos tratados em igualdade de condições e queremos ser respeitados e queremos que a OMC seja respeitada."

Rodada de Doha

De acordo com o presidente, o governo americano poderia ter evitado a decisão da OMC se tivesse feito um acordo na Rodada de Doha em 2008.

"Obama, os Estados Unidos são muito ricos e podem fazer o que quiserem na economia. Se os Estados Unidos tivessem, junto com o Brasil, feito um acordo na rodada de Doha, em 2008, se tivessem assinado conosco a proposta, nós não estaríamos brigando agora. O povo africano estaria vendendo seu algodão na Europa e nos Estados Unidos", disse Lula.

O presidente argumentou ainda que, quando uma decisão de um organismo multilateral não é respeitada, o mundo fica desgovernado.

Lula terminou seu discurso fazendo um apelo aos produtores de algodão dos países desenvolvidos para que transfiram a tecnologia de produção para os países africanos e, dessa forma, "darem uma chance" aos pequenos produtores do continente.

Por Maria Angélica Oliveira - G1, em São Paulo
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