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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/05/2010 | Política
Lula defende fim de arsenais nucleares e critica ações pós-crise
Em um discurso duro na abertura do 3º Fórum Mundial de Aliança de Civilizações na manhã desta sexta-feira (28) , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil manterá seus esforços pela paz no Oriente Médio, iniciativa que foi criticada pela diplomacia americana na quinta-feira (27). Lula também fez nova análise do comportamento dos países desenvolvidos durante e após a crise financeira mundial.

"A existência de armas de destruição em massa torna o mundo mais inseguro", disse Lula, cujo pronunciamento vai na direção oposta aos comentários da secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton. Na quinta-feira (27), ela disse que as ações tomadas por países para ajudar a encontrar uma solução diplomática para a crise nuclear iraniana tornaram o mundo mais perigoso.

Lula começou seu pronunciamento criticando as afirmações de que existam diferenças inconciliáveis entre nações. Para ele, essas teses só servem de pretextos para ações bélicas preventivas, enquanto a diplomacia brasileira aposta no "entendimento que faz calar as armas".

"O mundo precisa de um Oriente Médio em paz. O Brasil não está alheio a essa necessidade. Defendemos um planeta livre de armas e o cumprimento do Tratado de Não-Proliferação (Nuclear)", disse Lula na abertura do evento.

Lula diz que mundo precisa de Oriente Médio em pazLula critica política do 'ou dá ou desce' ao falar de possíveis sanções ao IrãLula recebeu carta de apoio de Obama antes de acordo com Irã, diz agênciaO presidente lembrou que recentemente esteve no Irã com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, onde mediaram um acordo de troca de combustível nuclear com Teerã. No entanto, o acordo não impediu que potências ocidentais, que suspeitam que o Irã busca armas atômicas, seguissem pressionando por novas sanções ao país.

"Esse é um conflito que ameaça muito mais a estabilidade de uma região importante do planeta. Acreditamos que a energia nuclear deve ser um instrumento para promoção do desenvolvimento e não uma ameaça", disse.

Crise financeira
O presidente foi duro também ao falar dos países desenvolvidos que, para ele, resistem a promover mudanças que deem maior protagonismo ao mundo em desenvolvimento após a crise financeira global.

"A crise financeira que se abateu sobre todos mostrou o quão necessário será contar com organizações multilaterais poderosas, à altura de um mundo cada vez mais diverso e multipolar. Mas constatamos grande resistência à mudança", disse.

"Incapazes de assumir seus próprios erros, alguns governantes buscam transferir o ônus da crise para os mais fracos. Adotam medidas protecionistas que oneram bens e serviços e, ao mesmo tempo, se mostram lenientes com os paraísos fiscais, responsabilizam imigrantes pela crise social. A comunidade internacional precisa reagir". disse.

Ele defendeu mais oportunidade para os países em desenvolvimento para que haja crescimento econômico num mundo globalizado. Segundo o presidente, este fórum é a oportunidade para reformar mentalidades.

"É necessário oferecer oportunidade de crescimento econômico para quem já não tem esperanças", disse o presidente que lamentou que ainda existam governos resistentes às mudanças e atribuem o ônus da crise mundial aos países mais fracos, em desenvolvimento.

Para Lula, a tolerância e a igualdade de oportunidades são fundamentais para um ambiente de concórida e de paz. "A exclusão, o preconceito e a pobreza só alimentam cenários de tensão e de conflito", disse o presidente.

Por G1, com informações da Reuters
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