DATA DA PUBLICAÇÃO 09/05/2012 | Setecidades
Lojistas do Jardim Santo André têm de deixar estabecimentos
Bairro passa por obras de urbanização e construção de moradias. Foto: Amanda Perobelli
Ordem é que imóveis estejam vazios até esta quinta-feira (10/05), quando haverá reintegração
Mais de 20 estabelecimentos comerciais localizados na rua dos Dominicanos, no Jardim Santo André, em Santo André, estão na lista de imóveis que serão desocupados nesta quinta-feira (10/05). A determinação é que todos os locais sejam reintegrados até as 6h. De acordo com os proprietários, a ordem partiu da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) na última sexta-feira (04/05).
O problema alegado pelos comerciantes é que não foram notificados com antecedência, como aconteceu com outras reintegrações no bairro, e não têm para onde levar toda a mercadoria dos estabelecimentos. “Não nos comunicaram que teríamos de desocupar nossos comércios. E agora? Como faço com os produtos? Esse é o meu ganha-pão”, afirmou Luzinete Francisca da Silva, 53 anos, dona de uma quitanda há mais de 15 anos na rua dos Dominicanos.
Mãe de sete filhos, Luzinete depende exclusivamente dos cerca de R$ 650 que ganha mensalmente com a quitanda para sobreviver. “Não tenho outra renda. Se me tirarem daqui, não sei o que vou fazer”, disse.
Notificação - Presidente da Associação Beneficente do Jardim Santo André, Jhonatan Martins da Silva, disse que um dos comerciantes recebeu uma ligação da CDHU na sexta-feira e foi avisado da desocupação. “Oficialmente, eles não receberam notificação. Mas soubemos que no mesmo dia houve uma reunião na sede do 41º Batalhão da Polícia Militar para tratar de como seria feita a desocupação”, afirmou.
Indignados com a forma como estão sendo tratados pela CDHU, os comerciantes prometem fazer uma passeata na manhã desta terça-feira (08/05) até a Prefeitura de Santo André para reivindicar uma posição da administração municipal. “Entendemos que a área é da CDHU, mas é obrigação da Prefeitura cuidar de seus munícipes”, disse Silva.
Em setembro de 2011, a CDHU realizou a reintegração de posse de 111 imóveis no Jardim Santo André. A ação contou com o apoio da Polícia Militar, mas o despejo aconteceu de maneira pacífica. A rua dos Missionários e Dominicanos, locais onde ocorreu a reintegração, foram classificadas pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) como áreas de alto risco de deslizamento.
Em nota, a CDHU informou que todos os comerciantes e moradores foram convocados em julho de 2011, quando foram emitidos os laudos da Defesa Civil que interditou o local, e receberam esclarecimentos sobre a remoção. Portanto, todos já tinham conhecimento que deveriam desocupar o local.
Uma comissão de comerciantes foi recebida nesta segunda-feira (07/05) pela CDHU. Na reunião foi reiterada a data da reintegração e novamente explicitado que não haverá atendimento a estabelecimentos comerciais. Os comerciantes foram informados também sobre a necessidade de retirar os produtos perecíveis com antecedência, uma vez que não haverá arrolamento desses itens, conforme informou o oficial de justiça aos representantes.
Urbanização começou em 2011 - As obras de urbanização do bairro começaram em junho de 2011. Ao todo serão construídas 3,9 mil moradias, urbanização de 2,3 mil lotes e regularização fundiária para 2,6 mil famílias. O projeto contará com investimento de R$ 400 milhões. A parceria atenderá 9 mil famílias e as obras beneficiarão cerca de 40 mil pessoas que residem no bairro.
Entre as intervenções, o projeto ainda contempla saneamento básico, paisagismo, iluminação de ruas, equipamentos de lazer e outro campo de futebol com medidas oficiais, além de implantação e recuperação de 51 mil m² de sistema viário e preservação de 447 mil m² de área verde.
Mais de 20 estabelecimentos comerciais localizados na rua dos Dominicanos, no Jardim Santo André, em Santo André, estão na lista de imóveis que serão desocupados nesta quinta-feira (10/05). A determinação é que todos os locais sejam reintegrados até as 6h. De acordo com os proprietários, a ordem partiu da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) na última sexta-feira (04/05).
O problema alegado pelos comerciantes é que não foram notificados com antecedência, como aconteceu com outras reintegrações no bairro, e não têm para onde levar toda a mercadoria dos estabelecimentos. “Não nos comunicaram que teríamos de desocupar nossos comércios. E agora? Como faço com os produtos? Esse é o meu ganha-pão”, afirmou Luzinete Francisca da Silva, 53 anos, dona de uma quitanda há mais de 15 anos na rua dos Dominicanos.
Mãe de sete filhos, Luzinete depende exclusivamente dos cerca de R$ 650 que ganha mensalmente com a quitanda para sobreviver. “Não tenho outra renda. Se me tirarem daqui, não sei o que vou fazer”, disse.
Notificação - Presidente da Associação Beneficente do Jardim Santo André, Jhonatan Martins da Silva, disse que um dos comerciantes recebeu uma ligação da CDHU na sexta-feira e foi avisado da desocupação. “Oficialmente, eles não receberam notificação. Mas soubemos que no mesmo dia houve uma reunião na sede do 41º Batalhão da Polícia Militar para tratar de como seria feita a desocupação”, afirmou.
Indignados com a forma como estão sendo tratados pela CDHU, os comerciantes prometem fazer uma passeata na manhã desta terça-feira (08/05) até a Prefeitura de Santo André para reivindicar uma posição da administração municipal. “Entendemos que a área é da CDHU, mas é obrigação da Prefeitura cuidar de seus munícipes”, disse Silva.
Em setembro de 2011, a CDHU realizou a reintegração de posse de 111 imóveis no Jardim Santo André. A ação contou com o apoio da Polícia Militar, mas o despejo aconteceu de maneira pacífica. A rua dos Missionários e Dominicanos, locais onde ocorreu a reintegração, foram classificadas pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) como áreas de alto risco de deslizamento.
Em nota, a CDHU informou que todos os comerciantes e moradores foram convocados em julho de 2011, quando foram emitidos os laudos da Defesa Civil que interditou o local, e receberam esclarecimentos sobre a remoção. Portanto, todos já tinham conhecimento que deveriam desocupar o local.
Uma comissão de comerciantes foi recebida nesta segunda-feira (07/05) pela CDHU. Na reunião foi reiterada a data da reintegração e novamente explicitado que não haverá atendimento a estabelecimentos comerciais. Os comerciantes foram informados também sobre a necessidade de retirar os produtos perecíveis com antecedência, uma vez que não haverá arrolamento desses itens, conforme informou o oficial de justiça aos representantes.
Urbanização começou em 2011 - As obras de urbanização do bairro começaram em junho de 2011. Ao todo serão construídas 3,9 mil moradias, urbanização de 2,3 mil lotes e regularização fundiária para 2,6 mil famílias. O projeto contará com investimento de R$ 400 milhões. A parceria atenderá 9 mil famílias e as obras beneficiarão cerca de 40 mil pessoas que residem no bairro.
Entre as intervenções, o projeto ainda contempla saneamento básico, paisagismo, iluminação de ruas, equipamentos de lazer e outro campo de futebol com medidas oficiais, além de implantação e recuperação de 51 mil m² de sistema viário e preservação de 447 mil m² de área verde.
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