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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/11/2013 | Cultura
Lojista deve se planejar para o Black Friday, dia de ofertas ao consumidor
 Lojista deve se planejar para o Black Friday, dia de ofertas ao consumidor Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
Importada dos Estados Unidos, a Black Friday é um evento do varejo que está rapidamente conquistando os brasileiros porque traz a oportunidade de comprar com descontos significativos produtos que os lojistas precisam fazer circular para liberar espaço no estoque e gerar caixa para novidades que podem atrair os consumidores na época do Natal.

Nos Estados Unidos, a Black Friday surgiu como uma forma dos varejistas tirarem proveito de um dia de emenda de feriado e movimentarem suas lojas. A mecânica é a seguinte: o Dia de Ação de Graças, feriado que é tão levado a sério pelos norte-americanos quanto o Natal, sempre cai numa quinta-feira. Porque as pessoas viajam para ver suas famílias, geralmente a sexta-feira é emendada com o fim de semana. Ou seja, nessa data as pessoas tem tempo para ir fazer compras e muitas até decidem antecipar a compra de presentes. Mas, para fazer o povo sair de casa depois de ingerir grandes quantidades de peru e torta de abóbora, só incentivando com descontos. Rapidamente, os varejistas perceberam que essa era a oportunidade de ouro para se livrar das mercadorias encalhadas e passaram a oferecê-las com descontos estonteantes. O resultados destas ações pode ser observado em filmes de Hollywood, naquelas cenas em que uma onda humana invade uma loja ainda de madrugada e que as pessoas brigam por produtos em liquidação.

TROPICALIZADO

No Brasil, a data não faz tanto sentido. Afinal, é um dia comum em que todo mundo trabalha. Mas, como sua função comercial de resolver os erros de avaliação de quem comprou produtos que não giram permanece, ele vem sendo abraçado por lojas e consumidores.

Aqui, como a Black Friday nasceu atrelada a uma ação virtual coordenada pelo site www.blackfriday.com.br, o fato de não ser feriado não causou tanto impacto. Afinal, ninguém precisa sair correndo para uma loja física como nos filmes.

“Muita gente ainda não sabe que a Black Friday existe. Mas os que ficam sabendo percebem o seu valor para a dinâmica do seu negócio”, diz o consultor do escritório regional do Sebrae no Grande ABC. Leandro Reale Peres. “Além disso, uma promoção como essa permite que o lojista tenha um gancho para entrar em contato com seu cliente e fazer seu marketing de relacionamento”, diz Reale.

Aconselhada pelos profissionais do Sebrae, a dona da multimarcas Anna Ka, de São Bernardo, Ana Carolina Coelho, resolveu abraçar a promoção gringa na sua loja e já está anunciando o evento nas redes sociais da sua loja. “Minha expectativa é desafogar o meu estoque e fazer dinheiro para reforçar as compras para a coleção de alto verão”, conta Ana, que vem seguindo a cartilha do Sebrae para o Black Friday direitinho. “Só estou com dificuldade para gerar descontos de mais de 50%. Como inaugurei a loja em abril, só tem uma coleção para liberar, não tem nada tão desatualizado assim”. diz a empresária. “Minhas clientes já estão entusiasmadas e se preparando para o Black Friday. Eu também estou preparando a loja e vou abrir em horário especial, até 22h”, conta Ana, que é advogada de formação.

Chegar a um desconto que emocione o comprador – aqueles de 70%, 80% – é tarefa dura e depende muito da política de precificação da loja para ser viável, mas é o que justifica essa promoção. “Como o período é curto, o empresário tem condição de ir além dos percentuais de desconto habituais de liquidação”, diz Reale.

O que justifica os altos descontos da Black Friday é a rapidez com que o dinheiro entra, o que compensa o custo financeiro de ter a mercadoria parada ou de ter de recorrer a empréstimo bancário para viabilizar mais compras para a loja.

RACIONAL

Pense no perigo: parcela do 13º salário no bolso, Natal e Ano Novo chegando e descontos alucinantes. Essa combinação pode gerar fogos de artifício ou grandes e dolorosas explosões do orçamento. Por isso, os especialistas advertem o consumidor a ser criterioso.

“A primeira providência é fazer uma lista de desejos. O segundo é estudar essa lista”, aconselha o consultor do Sebrae Leandro Reale Peres. “Por exemplo, o sujeito está querendo comprar uma televisão para o quarto. Ele tem de saber de antemão qual é a tecnologia que vai satisfazer as suas necessidades. O preço pode ser baixo, mas se o equipamento não atender ao seu objetivo em termos de definição de imagem ou conectividade, o desembolso deixa de fazer sentido”, explica Reale.

O consultor lembra que, se o lojista for sério, os produtos que vão aparecer com o mega desconto serão os mais antigos. “Ninguém vai queimar lançamento”, observa o especialista.

Nos anos anteriores houve entre os varejistas quem não entendesse bem a filosofia do dia promocional e, para participar, aumentou os preços nas vésperas para reduzir na sexta-feira. “Esse tipo de expediente é rapidamente percebido pelos clientes – afinal, quem quer alguma coisa costuma pesquisar o preço – e acaba prejudicando a imagem do estabelecimento e afastando a clientela.”

Por Andréa Ciaffone - Diário Online
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