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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/01/2008 | Economia
Lojas de R$ 1,00 movimentaram R$ 3,3 bilhões
As lojas de produtos populares – em que os preços variam de R$ 1 a R$ 20 – movimentaram R$ 3,3 bilhões em 2007. A expectativa é que neste ano, o mercado cresça 15%, elevando o faturamento para R$ 3,79 bilhões, de acordo com levantamento feito pela ABIPP (Associação Brasileira dos Importadores de Produtos Populares).

Segundo a mesma instituição, os produtos importados representam hoje 30% dos comercializados no País. São cerca de cinco mil itens vindos especialmente da China. No total, são cerca de 130 milhões de unidades vendidas. Com a manutenção do dólar abaixo dos R$ 2 e o aumento de poder aquisitivo das classes C, D e E, a previsão é que a importação cresça 10% em 2008 e sejam comercializados 180 milhões de unidades.

“Os importados populares são na maioria das vezes produtos sem concorrência nacional”, explica o presidente da ABIPP, Gustavo Dedivitis. Entre os itens mais procurados estão as utilidades domésticas (como pratos, copos e talheres), que representam 30%; artigos de decoração (porta-retratos, vasos, entre outros), respondem por 25%.

Os produtos de época, como Carnaval e Natal representam 25% dos itens mais vendidos durante o ano. Segundo o atacadista de produtos populares, Rodrigo Mouwad, que possui lojas populares na Capital e muitos clientes do Grande ABC, no Carnaval, a maioria dos produtos são nacionais. “Enquanto isso, no Natal mais de 90% do que comercializamos é importado”, explica.

Brinquedos representam 15% das vendas e ferramentas, cerca de 8%.

Ele afirma que as vendas em 2007 superaram as expectativas. “Foi um ano muito bom e acredito que em 2008 teremos crescimento de 30%”, comemora.

Qualidade - De acordo com Gustavo Dedivitis, a venda de produtos nacionais terá crescimento entre 10% e 15%. “Será um bom ano para este segmento. Os produtos populares que antes eram vistos como de qualidade ruim hoje estão sendo mais bem aceitos pela população”, afirma.

Ele garante que produtos importados encontrados em lojas a partir de R$ 1 tem qualidade. “É fácil checar. Eles têm que ter gravado na embalagem um selo de qualidade e origem da ABIPP, além da certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).”

De acordo com a ABIPP há no País cerca de 50 mil lojas de variedades populares. Juntas, elas empregam 250 mil pessoas. O estado de São Paulo detém metade dos pontos de venda.

Comércio popular muda perfil e atrai classes A e B

Ímas de geladeira, potes plásticos, canetas, talheres, objetos de decoração, utensílios domésticos, brinquedos, ferramentas e doces... Diversidade é o que não falta nas lojas a partir de R$ 1. De acordo com lojistas, o perfil deste tipo de comércio mudou e hoje atrai não somente as classes C, D e E – que ainda é o público alvo – mas também as ditas classes A e B.

“Este tipo de comércio não é mais visto como o de ‘quinquilharias’, mas sim de variedades”, explica o proprietário da loja de presentes Chan, Gorman Chiu Chan, 26 anos. No estabelecimento, que fica no centro de Santo André, é possível encontrar tudo para casa e até para beleza e higiene pessoal.

“Temos na loja objetos que o cliente não vai encontrar em outros lugares. É isso que nos diferencia”, conta.

Pouco mais adiante, também em Santo André, o Lojão do Real comemora as vendas. “2007 foi o melhor ano para os negócios. As vendas aumentaram em torno de 30%”, conta a gerente Aparecida Carvalho Silva. “Até contratamos mais gente”, completa. No início do ano passado, o comércio empregava 5 funcionários. Hoje são nove.

Para manter a clientela e atrair cada vez mais consumidores, Aparecida investiu no treinamento dos empregados. “Eles sempre perguntam se os clientes encontraram o que procuravam e se a resposta foi negativa corremos atrás do produto”, explica.

Nas duas lojas os utensílios domésticos são os mais procurados. “As pessoas gostam de novidade e por isso vêm aqui. Isso não te classe social”, afirma. Aparecida. “O preconceito com este tipo de comércio está muito menor”, concorda Chan.

Preço justo e variedade atraem consumidores

Na hora da precisão, é nas lojas populares, com preços a partir de R$ 1 que se encontra aquele objeto raro. “Aqui eu acho de tudo. Hoje estou comprando duas capas para liqüidificador e puxadores de armário”, conta o funcionário público Rubens Custódio, de 65 anos.

Adepto a este tipo de comércio, ele conta que a vida ficou muito mais fácil com as lojas de R$ 1. “Antes tinha que ir de loja em loja perguntando se tinha o que queria, Agora venho aqui e compro mais do que preciso”, brinca.

Os preços mais acessíveis é o grande chamariz desse tipo de comércio. “é muito mais barato e não perde em nada para lojas mais chiques”, conta a dona de casa Rosemara Aparecida Villela, 48 anos.

A variedade que vai da decoração da casa até produtos de beleza, como xampus e estojos de maquiagem também atrai clientes. “Tem tanta coisa que a gente até se perde na hora de procurar”, conta o estudante Alex dos Reis, 26 anos.

“A nossa intenção é essa mesmo. Oferecer muitos produtos a preços justos”, explica Gorman Chiu Chan, proprietário da loja de Presentes Chan, em Santo André.

Por Cristiane Bomfim - Diário do Grande ABC / Foto: Edmilson Magalhães
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