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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/01/2013 | Economia
Lojas ainda têm carros a preços de 2012
Lojas ainda têm carros a preços de 2012
Quem está em busca do veículo zero-quilômetro pode aproveitar as cerca de 246 mil unidades que ainda estão com as alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido adotadas no ano passado, que deixou os preços menores em até 10%. No caso dos carros, de maio a dezembro os que têm motor 1.0 ficaram livres do imposto; de janeiro a março, porém, estão sendo cobrados 2% e, até junho, 3,5%, quando retornarão os 7%. Para caminhões, a desoneração (de 5% para zero) permanece.

A estimativa foi feita com base em dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgados ontem. De acordo com o vice-presidente da entidade, Luiz Moan, dezembro terminou com estoque de 24 dias, ou 295.305 veículos em montadoras e concessionárias de todo o País. E, desses, o equivalente a 20 dias ainda têm preços praticados em 2012.

A situação é melhor do que no fim do ano passado, quando o volume de produção encalhada chegou a 30 dias, ou 347 mil veículos. Também refresca os números de novembro, quando o estoque, com 33 dias, atingia 344 mil unidades.

Nas seis concessionárias do Grupo Vigorito, da General Motors, que têm unidades em Santo André e Mauá, há cerca de 700 carros com preços menores. "O Celta 2012 modelo 2013 básico, 1.0, é vendido por R$ 23,2 mil", conta o gerente de vendas da loja andreense Marcio Gozzi. Os mesmos modelos faturados neste ano custam R$ 25.270, diferença de R$ 2.070.

Segundo Gozzi, os automóveis que saíram da montadora em 2013 estão, em média, de 2,5% a 3% mais caros frente aos valores praticados em 2012. Conforme o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Flávio Meneghetti, estimou na semana passada, com a subida gradual do IPI os preços estão entre 3% e 4% maiores.

No Grupo Paulitália, da Fiat, com loja em Mauá, há em torno de 130 veículos com custos menores. "Em média, os carros que foram faturados desde o fim do ano passado estão 2% mais caros", conta o gerente geral Paulo Destro. Um Palio 1.0 que com o novo IPI sai a R$ 31.609, pelo preço antigo ainda pode ser encontrado por R$ 30.990, ou R$ 619 a menos.

Mesmo com alta nas vendas, produção amarga queda de 1,9%

Em 2012, o volume de vendas de veículos zero-quilômetro cresceu 4,6% frente a 2011, com 3.802.071 unidades. Considerando apenas automóveis e comerciais leves (pick ups e utilitários), a alta foi de 6,1%, para 3.634.115. Os dados foram divulgados ontem pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Mesmo com o aumento do comércio de autos, a produção não engrenou. O mercado encerrou o ano com a fabricação de 3.342.617, o que representa queda de 1,9% em relação a 2011. Desde 2002 não se via retração na fabricação de veículos. O mau desempenho foi puxado pelo cenário adverso gerado pelo dólar baixo, que embora desde maio tenha rompido a barreira dos R$ 2, e durante o ano tenha alcançado R$ 2,10, não foi suficiente para frear a entrada de itens importados (neste caso, é recomendado câmbio acima de R$ 2,30) nem melhorar a competitividade do produto nacional lá fora (a partir de R$ 2,50). "Temos um custo adicional de 60% frente à China, considerando gastos com máquinas e equipamentos, energia elétrica, juros e a competição com o dólar baixo", justificou o vice-presidente da Anfavea, Luiz Moan.

A produção de carros cresceu 1,2%, para 3.172.953 unidades. A de caminhões, porém, despencou 40,5%, com 132.820 veículos. As exportações amargaram queda de 20,1%, com 442.075 veículos - automóveis também não escaparam, com retração de 20,8%, com 410.755 unidades. Em valores, o recuo foi de 9,3%, para US$ 14,7 bilhões. Além de o produto nacional estar caro no Exterior, economias como as da zona do euro ainda sofrem com os impactos da crise internacional.

EMPREGO - A indústria automobilística contabilizou, em dezembro, 149.944 pessoas registradas. O montante é 0,1% inferior ao de novembro, porém, supera em 3,7% o de dezembro de 2011. Para 2013, Moan acredita que o retorno gradual do IPI não implicará redução de mercado. Nem do emprego.

Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
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