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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/03/2010 | Setecidades
Loja que explodiu era fábrica de fogos
A Cinco meses depois da explosão em uma loja que vendia fogos de artifício em Santo André, ocorrida em setembro último, o laudo do Instituto de Criminalistica (IC) confirma as suspeitas da Polícia Civil de que o imóvel no número 222 da rua Américo Guazelli funcionaria como fábrica clandestina de produtos pirotécnicos. O IC concluiu que o acidente que deixou dois mortos, 12 feridos e que atingiu 25 casas “se originou de pólvora branca em sua maior parte”. A constatação de que o local produzia fogos de artifício, no entanto, é negada pelo proprietário do depósito, Sandro Luiz Castellani.
Segundo o promotor do caso, Roberto Wider, foi encontrada grande quantidade de pólvora branca, o que indica que fogos eram fabricados no estabelecimento. “Não é comum esse tipo de produto para comercialização de fogos de artifício, o que aponta para a existência de uma fábrica clandestina”, explicou Wider.

À época, o dono da loja, Sandro Castellani, negou que os fogos fossem produzidos no local e reforçou que o estabelecimento apenas comercializava os produtos. Procurado pela reportagem do Diário regional, o proprietário não foi encontrado para comentar o assunto até o fechamento dessa edição.

A Secretaria de Habitação de Santo André afirmou que o estabelecimento funcionava irregularmente, já que não tinha alvará da prefeitura para funcionar. Ainda de acordo com a administração municipal, os proprietários do local chegaram a fazer o pedido, que foi indeferido pela prefeitura no mesmo mês em que aconteceu o acidente. A loja ficava em uma área residencial.

Apesar das diversas tentativas, os peritos não conseguiram definir a quantidade de pólvora branca que estaria estocada na loja de Castellani. O produto, de alto poder explosivo, é matéria-prima para a fabricação de fogos de artifício.

Como o local da explosão teve de ser revirado pelos bombeiros em busca de vítimas e eventuais sobreviventes sob os escombros, indícios importantes acabaram sendo perdidos, como a exata distância em que carros e blocos de concreto foram lançados. No fim do ano passado, o IC de Santo André chegou a encaminhar alguns dados ao Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar, para que fossem analisados por um programa de computador capaz de simular o espectro da explosão, mas os ensaios se mostraram imprecisos.

A solução encontrada pelo IC foi colocar técnicos debruçados sobre os resultados obtidos com base em detonações controladas, feitas no Aterro Sanitário de Santo André. Os peritos realizaram dois testes: um com pólvora branca e outro com fogos de artifício.

Os ensaios com a pólvora branca mostraram-se reveladores para a investigação. O “esfumaçamento” verificado pelos peritos foi compatível com o que se vê nas gravações feitas por policiais de Santo André, minutos depois do acidente. “Isso deu condições de comparativos de imagens em que se pode comprovar a existência de quantidade significativamente alta desse produto antes da explosão”, relata o laudo.

Por Diário Regional - Reportagem Local
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