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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/01/2013 | Economia
Lista básica escolar pode variar de R$ 60 a R$ 700
Lista básica escolar pode variar de R$ 60 a R$ 700 Hora de ir às compras: lojas da Região com movimento intenso e preços podem subir ainda mais com aumento da demanda. Foto: Luciano Vicioni
Hora de ir às compras: lojas da Região com movimento intenso e preços podem subir ainda mais com aumento da demanda. Foto: Luciano Vicioni
Compras antecipadas e itens menos sofisticados ajudam a equilibrar melhor a conta com a despesa

Aviso aos pais que já lotam as lojas e bazares da Região, neste início de ano, para comprar o material escolar: uma lista básica de produtos com cerca de 20 itens pode ter variação de preços entre R$ 60 até R$ 700. É evidente que a quantia está diretamente ligada a alguns fatores como marcas dos produtos e acessórios que não interferem diretamente na utilidade do produto. Vale o exemplo: uma caneta esferográfica simples pode custar de R$ 0,50 até R$ 6,80, apenas pelo simples motivo de que a mais cara está equipada com capinhas de personagens animados ou tem um desenho mais arrojado. Mas também se antecipar e pesquisar são atalhos para economizar.

Alguns estabelecimentos inclusive já oferecem promoções para atrair o consumidor. O ABCD MAIOR percorreu seis lojas da Região para identificar oportunidades e elaborar tabela de preços para orientar os pais. Nos itens pesquisados, verificou-se lista com os mesmos produtos que podem chegar a R$ 59,91 ou bater na casa dos R$ 709,18.

Outro caminho para evitar uma conta elevada é deixar as crianças em casa na hora de comprar o material. Não foi difícil ver os filhos com produtos ícones da moda nas mãos, enquanto pais já optavam pelos itens com valores que se encaixavam melhor no bolso. Era necessário muito diálogo e paciência. Esse clima encontrado nas lojas da Armarinhos Fernando, de São Bernardo e Santo André, da Nivalmix, também nos dois municípios, e em dois bazares dessas cidades pesquisadas.

Os gerentes das lojas explicaram que um dos fatores que encarecem o produto são mesmo os personagens nas mochilas, lancheiras e cadernos, entre outros itens. Na papelaria de São Bernardo, por exemplo, a mochila chega a R$ 280 por ser 3D e possuir lancheira térmica. No mesmo local, um lápis preto fantasia é R$ 7,50 e a caneta divertida, R$ 6,80. Porém, um lápis preto comum pode ser encontrado por R$ 0,20 e a caneta esferográfica por apenas R$ 0,50.

Compras antecipadas

O movimento nos bazares se intensifica mais no final do mês de janeiro, mesmo assim, a gerente da Papelaria dos Estudantes de São Bernardo, Viviane Ramos Ferrarezi, explica que a tendência é que o fluxo de pessoas seja triplicado daqui algumas semanas e ela já se previne ao abastecer as lojas em setembro para não faltar material. “É um movimento esperado. Tem bastante gente se antecipando, não só na cotação como na compra. As pessoas não deixam mais para a última hora”, afirma Viviane.

Enquanto as grandes lojas estão com foco em outros eventos no período de final de ano, como Natal e Ano Novo, os bazares colocam nas prateleiras produtos do segmento escolar para atrair o consumidor. A proprietária da Papelaria Paula, de Santo André, Ana Paula Barbosa, explica que, em dezembro, não há muita procura por esse tipo de produto e estratégias como promoções chamam a atenção dos pais. “Aqui uma lista simples varia de R$ 110 a R$ 135. A mais completa chega a R$ 200. Além disso, mantive o mesmo preço do ano passado em vários produtos”, reforça.

Carla Torsoni, secretária escolar, pesquisou os preços em dezembro nos estabelecimentos e percebeu a diferença de valores. “Essa época do ano os preços estão mais caros. Aumentou, no mínimo, 5% com relação ao mês de dezembro. Na Capital, mochilas e lancheiras são mais em conta. Boa parte de folha de almaço, quadriculado e milimetrado, entre outros, não se encontra muito em magazines maiores. Acredito que estejam mais disponíveis em papelarias de bairro”, acredita.

As lojas como Armarinhos Fernando e Nivalmix contam com fluxo mais intenso em janeiro. O gerente da Armarinhos Fernando de São Bernardo, Marildo Pelegrin Machado, está otimista com as vendas de 2013. “A expectativa de aumento é de 8% em relação ao ano passado”.

Lição de casa para os pais

O economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas, orienta para que os pais se organizem em grupos e comprem em maior quantidade para reduzir o custo do material. Ainda incentiva os consumidores a pesquisar os preços pela internet antes de efetuar a compra, até mesmo pela variação de preço de um estabelecimento para outro, além de evitar gastos desnecessários e endividamentos. “Capas com desenho, mochila com ícone infantil do momento normalmente são mais caros. Os pais devem evitar esses produtos e customizar o material adquirido. A própria criança vai personalizar e satisfazer seus anseios”, detalha o economista, que sugere ainda que itens do ano passado sejam reaproveitados, caso estejam em bom estado.

De acordo com o economista, de janeiro a dezembro de 2012, o aumento médio do material escolar foi de 5,30%, índice que está abaixo da inflação medida pelo IPC/FGV de 5,74%. Ou seja, o preço do produto não subiu, pois foi um valor menor do que a inflação. Entretanto, isso não impede que o preço suba em janeiro, já que nesta época do ano é normal o aumento do valor, consequência também do aumento da procura pelos itens. É a regra básica da economia: aumento da demanda e baixa na oferta é igual a escalada nos preços. Os pais precisam fazer bem a lição de casa.

Por Paola Cruvinel - ABCD Maior
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