DATA DA PUBLICAÇÃO 02/06/2016 | Setecidades
Limite na Lions passa para 50 km/h
Foto: Denis Maciel/DGABC
A pista expressa da Avenida Lions, em São Bernardo, terá a velocidade máxima de circulação permitida reduzida de 60 km/h para 50 km/h a partir do dia 11 de julho. A mudança realizada pela Prefeitura, sem apresentação de nenhum estudo técnico para a população, é criticada por especialista por não atender requisitos básicos que justificariam a necessidade de diminuir pela segunda vez, em período de três anos, o limite da via.
Seguindo modelo adotado na Capital pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), a Prefeitura de São Bernardo implantou no ano passado reduções repentinas na velocidade de corredores da cidade.
Embora o modelo da Capital tenha apresentado resultados positivos na queda dos índices de acidentes – levantamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) aponta queda de 30% nas marginais –, as mudanças adotadas pela gestão do prefeito Luiz Marinho (PT) têm causado dúvidas por parte dos motoristas que trafegam pelo sistema viário da cidade.
Sem apresentar resultados obtidos com a redução de velocidade em corredores do município, São Bernardo intensificou neste ano o número de vias que tiveram seus limites diminuídos e, conforme o Diário noticiou ontem, tem surpreendido motoristas com alta no número de multas geradas por radares da cidade.
“O sistema viário de outros países mostra que a redução de velocidade nas vias impacta diretamente na gravidade dos acidentes. Isso significa, na prática, que eles tendem a ocorrer em menor frequência e também gerar menos feridos. Entretanto, quando trata-se de uma via expressa, não existe a necessidade de reduzir a velocidade justamente porque ela foi feita para fluir, até porque não existem semáforos nem interferência de pedestres. A redução no limite, neste caso, pode interferir nas vias paralelas”, destaca o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Luiz Vicente Figueira de Mello, especialista em Mobilidade Urbana e engenharia automotiva.
Em abril de 2013, a Avenida Lions já havia passado por uma redução de velocidade de 70 km/h para 60 km/h. Na época, a Prefeitura afirmou que a mudança tinha como objetivo reduzir o índice de acidentes. Entretanto, o que se viu de lá para cá foi que, com o aumento do fluxo de veículos da via, a mudança só intensificou os congestionamentos.
Para agravar a situação, a presença de um radar eletrônico na via tem feito com que mesmo em horários mais tranquilos a avenida registre tráfego intenso em decorrência da freada de última hora que motoristas fazem próximo ao aparelho para não serem autuados.
LIONS
Responsável por ligar a Avenida Preste Maia à Via Anchieta e ter um dos maiores fluxos de veículos de São Bernardo, a Lions passou por grande intervenção nos últimos anos.
Em 2012, com objetivo de diminuir os congestionamentos do Anel Viário Metropolitano e otimizar a capacidade do corredor, a Prefeitura inaugurou a pista rebaixada, com três faixas de rolamento em cada sentido. A remodelação foi feita em 25 meses e custou R$ 39 milhões, sendo parte financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Seguindo modelo adotado na Capital pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), a Prefeitura de São Bernardo implantou no ano passado reduções repentinas na velocidade de corredores da cidade.
Embora o modelo da Capital tenha apresentado resultados positivos na queda dos índices de acidentes – levantamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) aponta queda de 30% nas marginais –, as mudanças adotadas pela gestão do prefeito Luiz Marinho (PT) têm causado dúvidas por parte dos motoristas que trafegam pelo sistema viário da cidade.
Sem apresentar resultados obtidos com a redução de velocidade em corredores do município, São Bernardo intensificou neste ano o número de vias que tiveram seus limites diminuídos e, conforme o Diário noticiou ontem, tem surpreendido motoristas com alta no número de multas geradas por radares da cidade.
“O sistema viário de outros países mostra que a redução de velocidade nas vias impacta diretamente na gravidade dos acidentes. Isso significa, na prática, que eles tendem a ocorrer em menor frequência e também gerar menos feridos. Entretanto, quando trata-se de uma via expressa, não existe a necessidade de reduzir a velocidade justamente porque ela foi feita para fluir, até porque não existem semáforos nem interferência de pedestres. A redução no limite, neste caso, pode interferir nas vias paralelas”, destaca o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Luiz Vicente Figueira de Mello, especialista em Mobilidade Urbana e engenharia automotiva.
Em abril de 2013, a Avenida Lions já havia passado por uma redução de velocidade de 70 km/h para 60 km/h. Na época, a Prefeitura afirmou que a mudança tinha como objetivo reduzir o índice de acidentes. Entretanto, o que se viu de lá para cá foi que, com o aumento do fluxo de veículos da via, a mudança só intensificou os congestionamentos.
Para agravar a situação, a presença de um radar eletrônico na via tem feito com que mesmo em horários mais tranquilos a avenida registre tráfego intenso em decorrência da freada de última hora que motoristas fazem próximo ao aparelho para não serem autuados.
LIONS
Responsável por ligar a Avenida Preste Maia à Via Anchieta e ter um dos maiores fluxos de veículos de São Bernardo, a Lions passou por grande intervenção nos últimos anos.
Em 2012, com objetivo de diminuir os congestionamentos do Anel Viário Metropolitano e otimizar a capacidade do corredor, a Prefeitura inaugurou a pista rebaixada, com três faixas de rolamento em cada sentido. A remodelação foi feita em 25 meses e custou R$ 39 milhões, sendo parte financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
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