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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/03/2016 | Política
Lideranças políticas saem em defesa de Lula
Lideranças políticas saem em defesa de Lula Marcelo Mauad, Guilherme Boulos e Gilberto Maringoni, entre outros, defendem ex-presidente Lula. Fotos: Edu Guimarães e Oswaldo Corneti/Fotos Públicas
Marcelo Mauad, Guilherme Boulos e Gilberto Maringoni, entre outros, defendem ex-presidente Lula. Fotos: Edu Guimarães e Oswaldo Corneti/Fotos Públicas
Ministério Público pediu prisão preventiva do ex-presidente nesta quinta-feira (10/03)

“Ataque ao estado democrático de direto”, “ofensas infundadas”, “medo de um possível derrota”. São essas as expressões apresentadas por líderes políticos do ABCD diante do pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizado nesta quinta-feira (10/03) pelo Ministério Público Estadual.

Mesmo diante dos ataques, a visão do jurista e reitor da Faculdade Direito de São Bernardo, Marcelo Mauad, é que novamente o setor judiciário está cometendo excessos. “Não há condenação, não há motivação alguma para que peçam a prisão preventiva do ex-presidente e, mais, de qualquer outro cidadão”, frisou o advogado.

O pedido tem como base a investigação sobre o triplex no Guarujá (SP), que seria de Lula. O ex-presidente nega veementemente a acusação. Em coletiva de imprensa mais cedo, o promotor responsável pelo caso, Cássio Conserino, admitiu que não tem provas concretas de que Lula seja dono do imóvel.

Para o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), a linha mais radical da direita brasileira mostra seu interesse em um golpe político. “O Lula já mostrou e comprovou que não está ligado a nenhum processo de corrupção. O que estão querendo é macular a imagem dele na especulação de que Lula pode sair candidato a presidente novamente em 2018.”

O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, também foi enfático em criticar a ação do Ministério Público. “É absurda esse pedido. É uma ação da mais baixa politicagem do Ministério Público. É uma forma de criar um factoide para inflar as manifestações de domingo.”

Já o coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, se manifestou contra a atitude do Ministério Público. “O mesmo Ministério Público que não indiciou os políticos envolvidos no caso do trensalao, que investiga como tartaruga a máfia das merendas e que nunca pediu a prisão de nenhum político tucano em 20 anos de governo em São Paulo, pediu hoje a prisão de Lula baseado em indícios. Escandaloso! Querem incendiar o País”, frisou.

O ex-ministro de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, pediu a união da militância. “A hora é de trabalhar pela unidade de todos os que querem que a Constituição e os direitos humanos sejam respeitados. Com essa força, podemos ter mudanças de governo, trocas de partido, mas sem golpismo, sem a regressão aos tempos de um regime ditatorial que ainda deixa profundas marcas no Brasil”, conclui Vannuchi.

ELEIÇÕES 2018

Para muitas figuras políticas, a chance de Lula disputar a presidência novamente em 2018 pode estar motivando a avalanche de recentes acusações. “Isso é um conluio. A direita deste País nunca aceitou o Lula como presidente e agora querem atacá-lo diante da possibilidade de ele voltar a ser presidente. Eles (a direita) temem que isso possa acontecer”, disparou o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT).

O deputado Teonílio Barba (PT) acrescentou que as acusações não serão suficientes para manchar a imagem de Lula. “Isso é um linchamento político, uma tentativa de golpe. Mas o Lula já passou por isso em outras épocas e conseguiu ser presidente e eleger a Dilma Rousseff”, comentou.

O professor da UFABC (Universidade Federal do ABC) e filiado ao PSOL, Gilberto Maringoni, ressaltou o cunho político por trás do pedido de prisão preventiva. “É uma ação política feita na quinta-feira antes de fechar as edições semanais das revistas e para inflar as manifestação de domingo. Está tudo articulado com a grande mídia. É uma ação antidemocrata.”

Desde a semana passada, quando a Polícia Federal cumpriu com o depoimento coercitivo de Lula, mais ataques surgiram na mídia e, para o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), o pedido de prisão preventiva agride a Constituição Federal. “O pedido de prisão preventiva é absurda. Há uma semana estávamos surpresamos com o depoimento coercitivo ao Lula. Agora é ainda pior, porque os promotores nem se deram ao trabalho de ouvir a defesa do ex-presidente. Nunca vi isso. Apresentar uma denúncia com pedido de prisão sem ouvir o suspeito. Estão rasgando à Constituição Federal e o MP-SP quer aparecer mais que o juiz Sérgio Moro”.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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