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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/08/2012 | Turismo
Lesoto busca turistas através da única estação de esqui da África Subsaariana
A 200 quilômetros da savana e a três mil metros de altitude, o Reino do Lesoto abriga a única estação de esqui da África Subsaariana, um complexo que procura atrair o turismo para um dos países mais pobres do continente.

No Lesoto, um reino incrustado nas montanhas Drakensberg da África do Sul, podemos presenciar uma dezena de carros 4x4 que percorrem as precárias rodovias do país rumo a serra de Maluti.

Pastores envolvidos em cobertores de lã grossa cuidam do gado nas encostas da montanha, salpicada de povoados onde ainda se podem ver as modestas e tradicionais casas circulares com telhados de palha que servem de abrigo aos aldeões.

A três mil metros de altura, no entanto, se encontra uma moderna estação de esqui, com chalés no estilo alpino, restaurantes e canhões de neve.

A estação foi fundada há dez anos, embora a prática do esporte nestas encostas remonte à década de 1970.

O complexo turístico AfriSki é a única estação da África Subsaariana após o fechamento das instalações de Tiffindell (África do Sul), e a segunda do continente junto com as pistas do monte Atlas, no Marrocos.

Além disso, conta com cerca de 200 vagas de hospedagem e quatro quilômetros de neve adequada para a prática do esqui.

Encontrar alojamento na estação durante os fins de semanas do inverno é praticamente impossível, e é necessário reservar com semanas de antecedência.

As baixas temperaturas do inverno austral garantem neve nas montanhas do Lesoto, que são invadidas a cada fim de semana por centenas de sul-africanos e turistas estrangeiros atraídos pelo exotismo de se esquiar na África nos meses de julho e agosto.

O sol africano aquece ao meio-dia na cafeteria da estação, onde se misturam famílias sul-africanas brancas, bandos de "snowboarders" e jovens negros com botas de borracha que vêem a neve pela primeira vez.

Austríacos, franceses, espanhóis, italianos e até japoneses, a maioria trabalhadores expatriados na África, gostam de deslizar pelas pistas do AfriSki.

"É algo inesperado. A maioria das pessoas de outros continentes não tem nem ideia de que se pode esquiar na África, inclusive muitos sul-africanos não sabem que podem esquiar perto de seu próprio país", explica à agência Efe o eslovaco Jan Krivan, diretor da estação.

O complexo atrai, a cada ano, dez mil turistas ao Lesoto, um dos países mais pobres da África, onde quase a metade da população sobrevive com menos de R$ 2,50 por dia e que vê no turismo uma nova fonte de renda.

A Corporação de Desenvolvimento Turístico do Lesoto identificou outros dois lugares, Koti-sephola, junto à passagem de Sani (leste), e Letseng-a-Letsie (sudeste) para a construção de outros dois complexos de inverno.

"Este esporte é um dos produtos mais singulares do Lesoto. A neve é um novo nicho de mercado com enorme potencial de crescimento", afirmou à agência Efe, Lineo Tlapana, diretora de relações públicas de Turismo do Lesoto.

"Toda a zona de Butha Buthe (comarca na qual fica o AfriSki) está se beneficiando. Empregamos, além disso, uma centena de trabalhadores locais, quase a totalidade dos funcionários", afirma Krivan.

A estação espera duplicar a superfície da pista de esqui para até oito quilômetros de neve, além de dobrar o número de vagas de hospedagem, como parte de um projeto que conta com o apoio da Corporação de Turismo do Lesoto.

Para a maioria dos habitantes de Butha Buthe, no entanto, a neve ainda é um contratempo, pois cobre os campos que servem de alimento para o gado, o principal sustento da comarca.

Só 5% dos visitantes do Afriski vêm do Lesoto, um país onde o esqui é ainda um esporte minoritário.

"Nosso objetivo é chegar a 30% de clientes locais, em colaboração com o departamento de Turismo", garante Krivan.

A promoção do esqui é também um dos objetivos da estação, onde um dos instrutores, Alex Heath, participou três vezes nos Jogos Olímpicos pela África do Sul e treina dois esquiadores que tentam competir na próxima edição dos Jogos em 2014.

No entanto, o sonho de uma equipe olímpica de esqui que possa representar o Lesoto em competições internacionais terá que esperar.

"É um projeto a muito longo prazo. Mas, Por que não? Talvez um dia vejamos esquiadores africanos de primeiro nível nos Jogos Olímpicos de inverno", afirmou Krivan.

Por Folha Online - Efe
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