DATA DA PUBLICAÇÃO 10/02/2011 | Cidade
Leonel Damo diz que teria visitado locais da tragédia
Ex-prefeito de Mauá por duas gestões (1983 a 1988, e 2005 a 2008) Leonel Damo (sem partido) afirma que se ainda estivesse no poder teria visitado os locais em áreas de risco afetados por enchentes e deslizamentos de terra em janeiro. A declaração é alfinetada ao prefeito, Oswaldo Dias (PT), que em entrevista após a tragédia disse que não havia necessidade de ir até o morro do Macuco, no Jardim Zaíra, um dos principais palcos da destruição.
"Não que minha presença mudaria o que aconteceu, mas teria prestado solidariedade às famílias", garante.
A inércia do governo petista no caso também o incomodou. Damo recomenda que o seu sucessor no comando da cidade recorra ao governo do Estado para auxiliá-lo na remoção de moradores das áreas de risco. "É o que eu teria feito no lugar dele. Se ainda não fez, falhou", analisa.
Para embasar sua tese, o ex-prefeito reforça que Mauá não possui dívidas que impeçam parcerias com o governo estadual, tendo então sinal verde para obter financiamentos para obras. Em matéria publicada na segunda-feira, o Diário revelou que as três gestões de Oswaldo Dias (além do atual mandato o petista capitaneou o Paço entre 1997 e 2004) não concederam um terreno sequer para a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) do Estado. O fato explica o elevado deficit de 20 mil moradias no município.
Em sua reaparição, Damo evitou imprimir críticas mais duras ao petista por dois motivos. Primeiro para não soar oportunista. Segundo, e mais importante, para não atribuir a maior parte da responsabilidade pela tragédia à classe política, isentando automaticamente sua administração de culpa pela ocupação irregular em áreas de risco.
Os deslizamentos de terra e enchentes provocados pelas chuvas ocasionaram seis mortes e deixaram cerca de 500 pessoas desabrigadas.
O sorriso de Oswaldo em rede nacional ao admitir que não tinha ideia de quantas pessoas foram afetadas pela tragédia foi classificado como falta de sensibilidade. "Ele deveria saber que as famílias atingidas estavam assistindo."
"Não que minha presença mudaria o que aconteceu, mas teria prestado solidariedade às famílias", garante.
A inércia do governo petista no caso também o incomodou. Damo recomenda que o seu sucessor no comando da cidade recorra ao governo do Estado para auxiliá-lo na remoção de moradores das áreas de risco. "É o que eu teria feito no lugar dele. Se ainda não fez, falhou", analisa.
Para embasar sua tese, o ex-prefeito reforça que Mauá não possui dívidas que impeçam parcerias com o governo estadual, tendo então sinal verde para obter financiamentos para obras. Em matéria publicada na segunda-feira, o Diário revelou que as três gestões de Oswaldo Dias (além do atual mandato o petista capitaneou o Paço entre 1997 e 2004) não concederam um terreno sequer para a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) do Estado. O fato explica o elevado deficit de 20 mil moradias no município.
Em sua reaparição, Damo evitou imprimir críticas mais duras ao petista por dois motivos. Primeiro para não soar oportunista. Segundo, e mais importante, para não atribuir a maior parte da responsabilidade pela tragédia à classe política, isentando automaticamente sua administração de culpa pela ocupação irregular em áreas de risco.
Os deslizamentos de terra e enchentes provocados pelas chuvas ocasionaram seis mortes e deixaram cerca de 500 pessoas desabrigadas.
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