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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/11/2008 | Cidade
Leonel Damo afirma que levará cadeira do gabinete
O prefeito de Mauá, Leonel Damo (PV), não deixará para seu sucessor, Oswaldo Dias (PT), a cadeira onde se sentou durante os três anos em que administrou a cidade. "No dia em que deixar o gabinete, vou levar a cadeira que uso. Ela é minha, não é da Prefeitura. Fui eu que comprei".

A afirmação foi feita minutos após ele se reunir com o futuro chefe do Executivo para discutir como será feita a transição de governo.

A decoração do gabinete também terá um quadro a menos. "Eu trouxe ele de casa e custa cerca de R$ 1.500. Vou levar de volta", completou Damo, que encerra seu mandato no dia 31 de dezembro. Mas ele afirmou que pretende esvaziar a sala espaçosa que ocupa no segundo andar do prédio do Executivo - quando também deverá levar porta-retratos - alguns dias antes.

A cadeira do prefeito é ergonômica, de cor preta e com encosto até a altura dos ombros. E se assemelha a peças usadas em escritórios.

Segundo o chefe de gabinete, Wilson Carlos de Campos, o Xoxa, a cadeira encontrada por Damo no gabinete no dia de sua posse estava mal conservada e "velha". Por isso ela foi levada até o setor de patrimônio da administração. "Ela está lá guardada", explica.

O vereador Diniz Lopes (sem partido), que administrou interinamente o município entre janeiro e dezembro de 2005, garante que deixou a cadeira em bom estado de conservação. "Ela era muito confortável, estava inteirinha e deixei para o próximo prefeito. Nunca ouvi uma história parecida com esta, mas se ele comprou, pode levar. O mínimo que ele deve fazer é deixar uma cadeira digna de um prefeito sentar e comandar a cidade".

Oswaldo Dias encara o assunto com bom humor. "É esquisito ele querer levar a cadeira, mas ela deve ser muito especial. Eu não tenho nada a ver com isso".

Sem espírito público - O professor de Ciências Políticas da Fundação Santo André, Marco Antônio Carvalho Teixeira, afirma que a atitude do chefe do Executivo demonstra "ausência de espírito público". "É algo bem incomum porque normalmente equipamentos como este pertencem à administração pública. Ele deveria estar mais preocupado em concluir a gestão com transparência e fazer a transição".

O especialista em marketing político Sávio Ximenes Hackradt vai além: "A não ser que o objeto tenha um valor inestimável, o gesto do prefeito é de um radicalismo bobo e um destempero. Mesmo que ele tenha comprado no início da gestão, hoje a cadeira não vale nada. Ele deveria se preocupar em deixar a cidade organizada para quem vier. Faz parte da democracia. Não existe pessoa eterna, nem partido eterno para ficar preso ao poder".

O cientista político e professor da Fesp (Fundação Escola de Sociologia e Política) Rui Tavares Maluf tem opinião contrária. "É natural que ele leve a cadeira para casa, desde que não seja patrimônio público. Ela compõe um ambiente montado para ser agradável. As pessoas acabam levando objetos pessoais para o trabalho", analisa.

Superstição - Em São Bernardo, o prefeito eleito Luiz Marinho (PT), que assumirá o Paço no lugar de William Dib (PSB), não diz se irá herdar a cadeira do adversário político. "Não sei, não conheço a cadeira. Preciso vê-la primeiro. Mas não tenho essa superstição", brinca o petista.

(Colaborou Beto Silva)

Por Cristiane Bomfim - Diário do Grande ABC / Foto: mauanews.wordpress.com
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