DATA DA PUBLICAÇÃO 19/09/2017 | Economia
Lei que elimina o terceiro dígito da gasolina é enviada hoje a Alckmin
Foto: Celso Luiz/DGABC
Será enviado hoje para apreciação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) o PL (Projeto de Lei) 460/2016, que propõe a eliminação do terceiro dígito dos centavos no valor dos combustíveis. A informação é da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que, após a realização de emendas, aprovou na quinta-feira o texto da proposta. O governador terá 15 dias úteis para avaliar o projeto e decidir se o sanciona, ou não. Ou seja, o prazo vence em 9 de outubro.
O PL determina que os proprietários dos postos arredondem os valores repassados aos consumidores. E, se aprovado, os moradores do Grande ABC economizarão cerca de R$ 800 mil por mês.
É importante ressaltar que, após a aprovação do projeto no dia 22, na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), a expectativa inicial do gabinete do deputado estadual e autor da iniciativa, Ricardo Madalena (PR), era de que o envio do documento ocorresse no dia 28, e a sua sanção fosse obtida até ontem. O deputado acredita que o governador sancionará o PL porque trará benefícios aos motoristas do Estado, além de não onerar os cofres públicos.
Segundo o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do ABCDMRR), na região são comercializados em torno de 80 milhões de litros de combustíveis por mês – entre gasolina, etanol e diesel. Considerando o preço médio de R$ 3,066 do litro vendido na região, ele poderia ser arredondado para R$ 3,06. Neste panorama, o total desembolsado pelos motoristas giraria em torno de R$ 244,8 milhões nas sete cidades. Caso o posto opte por cobrar R$ 3,07, o montante gasto seria de R$ 245,6 milhões – diferença de R$ 800 mil. Ao levar em conta a frota de 2,09 milhões de carros nas sete cidades, na prática, seria como se cada um deles tivesse economizado R$ 0,38 por mês.
O presidente da entidade, Wagner de Souza, porém, avalia que para a lei ter efeito significativo, “toda a cadeia deveria ser alterada para esse padrão, inclusive usinas e refinarias.”
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), entre os dias 10 e 16, a gasolina saía das bombas dos postos do Grande ABC por R$ 3,59, em média, enquanto que, o diesel, por R$ 3,12, já o etanol era vendido por cerca de R$ 2,47 o litro. Em levantamento realizado no dia 25 de agosto, os valores eram, respectivamente, de R$ 3,55, R$ 3,06 e R$ 2,45.
FURACÕES - Desde o início do mês, a Petrobras vem anunciando reajustes constantes nos preços dos combustíveis por conta, dentre outros fatores, do furacão Harvey – responsável por devastar cidades do Texas e da Louisiana e deixar inoperantes as refinarias e oleodutos. Com isso, a gasolina já subiu 11,4% e, o diesel, 10,4%.
Os impactos atingem o Brasil devido à nova política da estatal adotada em junho, de balizar os preços praticados por aqui aos cobrados no Exterior. E, embora o País produza derivados do petróleo, o tipo mais utilizado em veículos é importado.
No entanto, esses aumentos também atingem quem mora nos Estados Unidos, com maior intensidade após a passagem de outro furacão, o Irma, que causou estragos na Flórida.
É o caso da jornalista Virginia Silveira, que antes da temporada de furacões gastava US$ 18 (R$ 56,34, com o dólar a R$ 3,13) para encher o tanque de seu carro e, agora, US$ 24 (R$ 75,12). “Em 16 de julho, eu pagava US$ 1,99 pelo galão, que contém 3,6 litros. No dia 5 de setembro, já estava em US$ 2,69”, conta. Trata-se de aumento de 35,1%.
“E tinha subido mais uma vez, uma semana antes de o furacão chegar, mas como a população denunciou o abuso, e isso funciona aqui, os postos recuaram na alta”, relata.
O PL determina que os proprietários dos postos arredondem os valores repassados aos consumidores. E, se aprovado, os moradores do Grande ABC economizarão cerca de R$ 800 mil por mês.
É importante ressaltar que, após a aprovação do projeto no dia 22, na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), a expectativa inicial do gabinete do deputado estadual e autor da iniciativa, Ricardo Madalena (PR), era de que o envio do documento ocorresse no dia 28, e a sua sanção fosse obtida até ontem. O deputado acredita que o governador sancionará o PL porque trará benefícios aos motoristas do Estado, além de não onerar os cofres públicos.
Segundo o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do ABCDMRR), na região são comercializados em torno de 80 milhões de litros de combustíveis por mês – entre gasolina, etanol e diesel. Considerando o preço médio de R$ 3,066 do litro vendido na região, ele poderia ser arredondado para R$ 3,06. Neste panorama, o total desembolsado pelos motoristas giraria em torno de R$ 244,8 milhões nas sete cidades. Caso o posto opte por cobrar R$ 3,07, o montante gasto seria de R$ 245,6 milhões – diferença de R$ 800 mil. Ao levar em conta a frota de 2,09 milhões de carros nas sete cidades, na prática, seria como se cada um deles tivesse economizado R$ 0,38 por mês.
O presidente da entidade, Wagner de Souza, porém, avalia que para a lei ter efeito significativo, “toda a cadeia deveria ser alterada para esse padrão, inclusive usinas e refinarias.”
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), entre os dias 10 e 16, a gasolina saía das bombas dos postos do Grande ABC por R$ 3,59, em média, enquanto que, o diesel, por R$ 3,12, já o etanol era vendido por cerca de R$ 2,47 o litro. Em levantamento realizado no dia 25 de agosto, os valores eram, respectivamente, de R$ 3,55, R$ 3,06 e R$ 2,45.
FURACÕES - Desde o início do mês, a Petrobras vem anunciando reajustes constantes nos preços dos combustíveis por conta, dentre outros fatores, do furacão Harvey – responsável por devastar cidades do Texas e da Louisiana e deixar inoperantes as refinarias e oleodutos. Com isso, a gasolina já subiu 11,4% e, o diesel, 10,4%.
Os impactos atingem o Brasil devido à nova política da estatal adotada em junho, de balizar os preços praticados por aqui aos cobrados no Exterior. E, embora o País produza derivados do petróleo, o tipo mais utilizado em veículos é importado.
No entanto, esses aumentos também atingem quem mora nos Estados Unidos, com maior intensidade após a passagem de outro furacão, o Irma, que causou estragos na Flórida.
É o caso da jornalista Virginia Silveira, que antes da temporada de furacões gastava US$ 18 (R$ 56,34, com o dólar a R$ 3,13) para encher o tanque de seu carro e, agora, US$ 24 (R$ 75,12). “Em 16 de julho, eu pagava US$ 1,99 pelo galão, que contém 3,6 litros. No dia 5 de setembro, já estava em US$ 2,69”, conta. Trata-se de aumento de 35,1%.
“E tinha subido mais uma vez, uma semana antes de o furacão chegar, mas como a população denunciou o abuso, e isso funciona aqui, os postos recuaram na alta”, relata.
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