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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/09/2009 | Setecidades
Lei Antifumo obriga bares da região a se adaptarem
É cada vez mais comum se deparar com fumantes nas ruas ou em áreas criadas especialmente para eles dentro de bares e restaurantes. Há um mês, balada sem fumaça de cigarro não era balada. Hoje já é realidade. Isso prova que a Lei Antifumo no Estado de São Paulo realmente pegou.

"É pequeno o número de estabelecimentos que desrespeitam a lei", informou a diretora do Centro de Vigilância Sanitária do Estado, Cristina Megid. Segundo ela, dos cerca de 12 mil lugares fiscalizados nas primeiras duas semanas de vigência, 71 foram autuados. A maioria das multas foi aplicada em bares e restaurantes. A secretaria promete divulgar novo balanço amanhã.

Para escapar da advertência, os donos de estabelecimentos estão se adaptando. Um dos proprietários do Mezzanine, de Santo André, Nivaldo Dallaqua, 39 anos, criou área temática com cinzeiros e painel que isola o ambiente externo do interno.

O lugar já foi visitado três vezes por fiscais, que aprovaram. "Como nosso bar é fechado e com comanda, ficava difícil toda vez que algum fumante precisava sair. Agora, ele se dirige à nova área", disse o proprietário. Os funcionários foram os primeiros a sentir a diferença, literalmente, no ar. "Não chego mais em casa com a roupa cheirando cigarro. Meu pulmão também agradece", contou o barman David Chedid, 25.

Pulseiras - Na Choperia Internacional, em São Caetano, a saída foi utilizar pulseiras para que os fumantes circulem livremente entre o bar e a rua, onde vão fumar. "Os clientes estão respeitando sim. Nunca tivemos problema com ninguém", garante o gerente Adailton Alves, 39. O estudante Fernando Fernandes, 20, não se incomoda em fumar na rua. "A gente acaba conhecendo mais pessoas assim. Principalmente nos lugares que têm aquelas cabines fechadas."

O gerente do Bar Central, em São Bernardo, Célio Paiva, 42, acredita que a Lei Antifumo mudou tudo para melhor. "Como trabalhamos com comida, a fumaça incomodava muito. Ninguém mais reclama."

Para se adaptar à lei, foram retirados todos os cinzeiros, placas de aviso obrigatórias foram providenciadas e há alguns guarda-chuvas disponíveis para os fumantes. "Pelo menos não nos molhamos quando vamos fumar lá na rua", ameniza a gerente de vendas Nádia Moura, 42. (Colaborou Guilherme Russo)

Quem fuma tem opiniões divididas

Entre os fumantes, a opinião sobre a Lei Antifumo varia. Para Raquel Rodrigues, 26 anos, de Santo André, o exagero da fumaça do cigarro sufoca também quem está acostumado. "O ambiente ficou mais suave, mais limpo."
Núria Pol, 48, de São Bernardo, disse que diminuiu o número de cigarros, mas se sente discriminada. "Parece que o fumante tem alguma doença. As pessoas olham torto." A colega Patrícia Cintra, 25, vai além. Para ela, o Estado deveria se preocupar com assuntos mais urgentes "Tem tanta coisa para melhorar."

Eduardo Vidiri, 34, acredita que a lei só está funcionando porque é recente. "Acho que a fiscalização não vai durar muito, como aconteceu com a Tolerância Zero."

Por Marcela Munhoz - Diário do Grande ABC
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