DATA DA PUBLICAÇÃO 03/01/2013 | Cidade
Leblon congestiona terminal de Mauá
Foto: tudodeonibus.com
Operadora de parte das linhas municipais de Mauá, a viação Leblon descumpriu ordem da Prefeitura para dividir Lote 2 dos itinerários com a empresa Estrela de Mauá. No fim do mês passado, a administração determinou que a área fosse compartilhada até que a Justiça julgue em definitivo a vencedora da licitação para concessão do serviço. Até então, a primeira companhia tinha exclusividade de atuação.
Ontem, a Leblon colocou nas ruas 100% da frota exigida pelo contrato, assinado com o município em abril de 2010, para um dia útil em período de férias escolares. O problema é que, com outra empresa operando as linhas, o terminal central da cidade ficou sobrecarregado. Para que a operação conjunta fosse feita de forma adequada, as duas empresas deveriam reduzir pela metade o número de veículos.
Na tarde de ontem, a equipe do Diário presenciou cerca de 30 ônibus na estação, que tem apenas quatro plataformas. Foram vistos motoristas estacionando em fila dupla e desembarcando os passageiros fora do ponto determinado.
Com o congestionamento, veículos das três empresas - a viação Cidade de Mauá opera o Lote 1 - tinham pouco espaço para manobras e deslocamento. A situação fez com que diversos coletivos formassem fila na Avenida Governador Mário Covas Júnior para conseguir entrar no terminal, prejudicando o fluxo na via. O acúmulo de carros também provocou pequenas discussões entre funcionários das companhias.
A Leblon argumenta que colocou toda a frota em circulação para atender à determinação feita no contrato assinado com a Prefeitura em abril de 2010 e legitimado em decisões do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A companhia diz não ter assinado novo contrato emergencial e, por isso, não irá promover alterações de tráfego. Já o presidente da Estrela de Mauá, David Barioni Neto, não foi encontrado para comentar a operação da empresa.
O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Paulo Eugênio Pereira Júnior, foi procurado pela reportagem para esclarecer a situação, mas não retornou os contatos. Ele assumiu o cargo na terça-feira, ao lado do prefeito Donisete Braga (PT). O antigo titular da Pasta, Renato Moreira dos Santos, foi contatado ao longo de duas semanas, mas nunca comentou publicamente a divisão do lote.
A modificação na gestão das linhas foi possível em razão de mudança na lei 3.996 de 2006 - aprovada pela Câmara Municipal no início de dezembro. Foi revogado artigo que garantia a permanência da empresa com contrato vigente até que seja finalizado novo processo de licitação.
Julgamento final segue sem data para ser realizado
O julgamento sobre a empresa vencedora da licitação para as 18 linhas municipais do Lote 2 de Mauá segue sem data para ser realizado no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A divisão da área será mantida até a decisão final, segundo o ex-prefeito Oswaldo Dias (PT).
O certame foi lançado em 2008 e, após diversos recursos, a Leblon foi considerada habilitada e assinou contrato com a Prefeitura, iniciando as operações em novembro de 2010. Em julho do ano passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reabilitou as empresas Estrela de Mauá e Trans Mauá. Em seguida, a administração assinou contrato com a Estrela. Duas semanas depois, o presidente Ari Pargendler suspendeu a decisão até o julgamento definitivo.
Ontem, a Leblon colocou nas ruas 100% da frota exigida pelo contrato, assinado com o município em abril de 2010, para um dia útil em período de férias escolares. O problema é que, com outra empresa operando as linhas, o terminal central da cidade ficou sobrecarregado. Para que a operação conjunta fosse feita de forma adequada, as duas empresas deveriam reduzir pela metade o número de veículos.
Na tarde de ontem, a equipe do Diário presenciou cerca de 30 ônibus na estação, que tem apenas quatro plataformas. Foram vistos motoristas estacionando em fila dupla e desembarcando os passageiros fora do ponto determinado.
Com o congestionamento, veículos das três empresas - a viação Cidade de Mauá opera o Lote 1 - tinham pouco espaço para manobras e deslocamento. A situação fez com que diversos coletivos formassem fila na Avenida Governador Mário Covas Júnior para conseguir entrar no terminal, prejudicando o fluxo na via. O acúmulo de carros também provocou pequenas discussões entre funcionários das companhias.
A Leblon argumenta que colocou toda a frota em circulação para atender à determinação feita no contrato assinado com a Prefeitura em abril de 2010 e legitimado em decisões do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A companhia diz não ter assinado novo contrato emergencial e, por isso, não irá promover alterações de tráfego. Já o presidente da Estrela de Mauá, David Barioni Neto, não foi encontrado para comentar a operação da empresa.
O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Paulo Eugênio Pereira Júnior, foi procurado pela reportagem para esclarecer a situação, mas não retornou os contatos. Ele assumiu o cargo na terça-feira, ao lado do prefeito Donisete Braga (PT). O antigo titular da Pasta, Renato Moreira dos Santos, foi contatado ao longo de duas semanas, mas nunca comentou publicamente a divisão do lote.
A modificação na gestão das linhas foi possível em razão de mudança na lei 3.996 de 2006 - aprovada pela Câmara Municipal no início de dezembro. Foi revogado artigo que garantia a permanência da empresa com contrato vigente até que seja finalizado novo processo de licitação.
Julgamento final segue sem data para ser realizado
O julgamento sobre a empresa vencedora da licitação para as 18 linhas municipais do Lote 2 de Mauá segue sem data para ser realizado no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A divisão da área será mantida até a decisão final, segundo o ex-prefeito Oswaldo Dias (PT).
O certame foi lançado em 2008 e, após diversos recursos, a Leblon foi considerada habilitada e assinou contrato com a Prefeitura, iniciando as operações em novembro de 2010. Em julho do ano passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reabilitou as empresas Estrela de Mauá e Trans Mauá. Em seguida, a administração assinou contrato com a Estrela. Duas semanas depois, o presidente Ari Pargendler suspendeu a decisão até o julgamento definitivo.
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