DATA DA PUBLICAÇÃO 19/02/2011 | Cultura
LCD Soundsystem mostra que ainda tem gás em seu último show em SP
Será que James Murphy sabe o que está fazendo? Depois do show desta sexta-feira (18), em São Paulo, muitos vão deitar a cabeça no travesseiro se fazendo essa pergunta. É mesmo hora de ele aposentar o LCD Soundsystem? Se Murphy cumprir seu recente anúncio, esta terá sido a última apresentação ao vivo à frente da banda nova-iorquina na cidade.
Ao menos foi boa o suficiente para se guardar na lembrança.
Esta é a quarta vinda do LCD ao Brasil. O show foi realizado num espaço anexo ao clube noturno Pacha, em evento que teve ainda a banda inglesa Turbogeist (do filho de Mick Jagger) mais a dupla de produtores The Twelves e outros DJs.
James Murphy e banda subiram ao palco pouco depois da 1h da madrugada do sábado (19), sem toda a parafernália de iluminação que marcam seus shows no exterior. Mas, aparentemente, ninguém sentiu falta dela.
LCD Soundsystem anuncia quatro shows em NY antes da despedida Perto do show de despedida, LCD Soundsystem reclama dos cambistas Com fim da banda, líder do LCD Soundsystem diz que quer fazer café Logo na abertura, com “Dance yrself clean”, de “This is happening” (2010), o público que lotava a casa já estava entregue: cantava junto e pulava freneticamente nos momentos em que a música irrompe numa sequência de percussão e teclados distorcidos.
A partir daí, seguiu-se uma fila de hits: “Drunk girls”, do mesmo disco, “Get innocuous”, de “Sound of silver” (2007), e “Daft Punk is playing at my house”, de “LCD Soundsystem”.
Sobre o palco, o grupo justifica o rótulo electro-rock. As canções, que soam mais comportadas em estúdio, transformam-se em bombas barulhentas. Murphy, que parece um nerd bitolado (e inofensivo) à primeira vista, pula e canta como um verdadeiro rock-star – comportamento provado em “All my friends”, momento mais agitado da noite.
Na parte final do show, antes do encerramento com “New York, i Love you but you’re bringin me down”, houve ainda espaço para a faixa-símbolo do LCD Soundsystem e de seu problema com o envelhecimento (que aparentemente está levando ao fim da banda): “Losing my edge”.
Hoje, ouvir Murphy cantando que está perdendo espaço para a juventude da França e de Londres soa quase como uma profecia do fim (a faixa foi lançada nove anos atrás). Na época, o LCD era uma novidade. Agora, parece realmente inclinado a deixar a música para entrar no ramo do café (como falou em entrevista recente na TV americana).
Se isso realmente ocorrer, será uma pena. A impressão é que Murphy e seus colegas teriam fôlego para mais dez anos de shows.
Ao menos foi boa o suficiente para se guardar na lembrança.
Esta é a quarta vinda do LCD ao Brasil. O show foi realizado num espaço anexo ao clube noturno Pacha, em evento que teve ainda a banda inglesa Turbogeist (do filho de Mick Jagger) mais a dupla de produtores The Twelves e outros DJs.
James Murphy e banda subiram ao palco pouco depois da 1h da madrugada do sábado (19), sem toda a parafernália de iluminação que marcam seus shows no exterior. Mas, aparentemente, ninguém sentiu falta dela.
LCD Soundsystem anuncia quatro shows em NY antes da despedida Perto do show de despedida, LCD Soundsystem reclama dos cambistas Com fim da banda, líder do LCD Soundsystem diz que quer fazer café Logo na abertura, com “Dance yrself clean”, de “This is happening” (2010), o público que lotava a casa já estava entregue: cantava junto e pulava freneticamente nos momentos em que a música irrompe numa sequência de percussão e teclados distorcidos.
A partir daí, seguiu-se uma fila de hits: “Drunk girls”, do mesmo disco, “Get innocuous”, de “Sound of silver” (2007), e “Daft Punk is playing at my house”, de “LCD Soundsystem”.
Sobre o palco, o grupo justifica o rótulo electro-rock. As canções, que soam mais comportadas em estúdio, transformam-se em bombas barulhentas. Murphy, que parece um nerd bitolado (e inofensivo) à primeira vista, pula e canta como um verdadeiro rock-star – comportamento provado em “All my friends”, momento mais agitado da noite.
Na parte final do show, antes do encerramento com “New York, i Love you but you’re bringin me down”, houve ainda espaço para a faixa-símbolo do LCD Soundsystem e de seu problema com o envelhecimento (que aparentemente está levando ao fim da banda): “Losing my edge”.
Hoje, ouvir Murphy cantando que está perdendo espaço para a juventude da França e de Londres soa quase como uma profecia do fim (a faixa foi lançada nove anos atrás). Na época, o LCD era uma novidade. Agora, parece realmente inclinado a deixar a música para entrar no ramo do café (como falou em entrevista recente na TV americana).
Se isso realmente ocorrer, será uma pena. A impressão é que Murphy e seus colegas teriam fôlego para mais dez anos de shows.
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