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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/06/2017 | Cidade
Lama ou poeira atrapalham vida em área de mananciais
Lama ou poeira atrapalham vida em área de mananciais Foto de Google Maps
Foto de Google Maps
“Cresci vendo meu pai falando que iam asfaltar a rua, mas não fizeram nada.” A frase do lavrador Márcio Monteiro do Nascimento, 30 anos, exemplifica a dificuldade de quem vive a partir do número 1.600 da Estrada do Carneiro, em Mauá.

A ausência de asfalto traz diversas complicações a comerciantes e moradores. Quando chove, o espaço é tomado pela lama. Quando a lama seca, a poeira toma conta e invade comércios e residências. Asfalto provisório foi colocado em parte da estrada, no entanto, não funciona devido ao lençol freático e a área ser de manancial.

Os incontáveis buracos encontrados dificultam também o tráfego de ônibus, de pedestres – em especial, de alunos de escola localizada a cerca de 600 metros de distância do início dos transtornos.

“As crianças caem, o ônibus passa devagar e, mesmo assim, suja de barro. O pessoal não tem vontade de trazer parente aqui porque eles terão de passar o domingo lavando o carro”, relata Márcio.

Motivados pela falta de medidas, munícipes fizeram manifestação no local na última semana, inclusive, queimando pneus. “De tanto marcar reuniões, os moradores cansaram e resolveram protestar. Não teve vandalismo. Foi uma forma de trazer os representantes da Prefeitura para cá”, afirma o eletricista Carlos Alberto Lira da Silva, 32.

Quando o sol é intenso, os motoristas descem a estrada de máscara devido à poeira. Quem vive e protesta por melhorias não vê a questão de ser área de manancial, mas reclamam que os deveres da administração foram esquecidos. “Sou morador desde 1989, e a gente vive nessa situação. Entra prefeito e sai prefeito e nada. Temos uma escola com 580 crianças, quando chove vira um pandemônio e fica intransitável. Estive no Nordeste há 15 dias e nenhuma cidade lá no interior está nesta situação”, reclama o comerciante Gilvan Severino da Silva, 44.

Segundo ele, a pavimentação ecológica é uma alternativa ao local, assim como a instalação de blocos intertravados sextavados. “Na semana passada fomos obrigados a fechar tudo para ver se chamamos a atenção dos administradores da cidade. As ruas são em aclive, então quando chove abre buracos e crateras que a Prefeitura tem de gastar honorário de máquina em uma coisa desnecessária”, conta.

A dona de casa Sirlene Maria da Silva, 56, aguardava o ônibus enquanto conversava com a equipe de reportagem do Diário. Para acessar a parada do coletivo é preciso saltar o acúmulo de lama que beira as calçadas. Pedaços de concreto foram utilizados para improvisar passagem entre a rua e o ponto de ônibus. “Quando chove faz mais buracos. Para pegar o ônibus, ele tem de parar no meio da rua porque não tem condições de as pessoas entrarem. Você vê do jeito que está, só tem buracos”, considera a moradora que vive no local há 30 anos.

“A minha moto foi para o pátio por conta desta buracada, quebrou o lacre (da placa). Mesmo estando com o vale placa no bolso, pararam-me no comando e a levaram. Em um dia que ela ficou no pátio gastei R$ 320 e me deram mais de R$ 200 de multa”, conta o motorista Reginaldo de Freitas, 32, que há oito reside no local.

Em nota, o poder público afirmou que a Estrada do Carneiro está em “área de mananciais que não permite que seja feito asfalto. A Prefeitura tem investido em serviços para melhorar o acesso, que consiste em realizar colocação de cascalho e brita na estrada e utilizar máquinas para acertar o acesso e corrigir buracos. As intervenções começam ainda nesta semana”, informa o texto. De fato, ontem mesmo equipe do governo estava colocando cascalho em parte da via.

Por Matheus Angioleto - Especial para o Diário
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