NOTÍCIA ANTERIOR
Odebrecht Ambiental lança aplicativo gratuito para prestação de serviços
PRÓXIMA NOTÍCIA
Donisete deixa o Paço em meio às denúncias sobre merenda
DATA DA PUBLICAÇÃO 11/08/2016 | Cidade
Keiper ameaça fechar e demitir 400 operários
Keiper ameaça fechar e demitir 400 operários Foto de divulgação
Foto de divulgação
A Keiper Metalls do Brasil, fabricante de bancos automotivos com unidade em Mauá, avisou, extraoficialmente, que se a Volkswagen não voltar atrás na decisão de encerrar o contrato com a fabricante, terá de fechar as portas e demitir seus 400 trabalhadores na região.

Ao todo, a Keiper possui 950 funcionários, sendo outros 400 em planta de Araçariguama, no Interior, e 150 na Capital – são profissionais da Fameq, que produz componentes para os bancos, e que demitiu 30 pessoas recentemente, devido a dificuldades financeiras, já que enfrenta processo de recuperação judicial. Todos os empregos estão em risco.

Na segunda-feira, a Volkswagen informou que rescindiu o contrato com o Grupo Prevent, de origem bósnia e detentor da Keiper, da Fameq, da Cavelagni e da Mardel, e que foi à Justiça para requerer a retomada de seus ferramentais, que estão em comodato com essas firmas. As medidas se devem ao fato de a companhia, por diversas vezes, ter suspendido a entrega de bancos e peças estampadas à montadora alemã.

A Keiper alega que 80% de seu faturamento provém das vendas à Volkswagen. E que, sem o acordo de fornecimento para a montadora, conforme o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, não conseguiria manter os empregados.

Ontem, seus 400 colaboradores, que estão em licença-remunerada há duas semanas, se reuniram em frente à fábrica da Keiper em Mauá para protestar contra a situação.

“Nessa disputa entre duas multinacionais, quem paga o pato é o trabalhador. Entendemos que é difícil a negociação com a Volks, que determina o preço e não o reajusta. Tanto que a Keiper foi a única fornecedora da montadora que a ‘peitou’. E disse: ou ajusta o preço ou não fornecemos mais. Porém, até o momento isso não surtiu efeito. Ao contrário, agora existe o risco da perda do emprego e o medo de não receber verbas rescisórias”, afirma o secretário-geral do sindicato, Sivaldo Silva Pereira, o Espirro.

Durante o protesto, o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), compareceu ao local, a fim de entender o drama dos operários. “Eles se ofereceu para ajudar e envolver a Agência de Desenvolvimento e o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC”, conta Espirro. Donisete é presidente da Agência e, embora amanhã saia de férias do Paço mauaense, se colocou à disposição da Keiper e disse que levará a questão à reunião dos prefeitos, realizada todas as segundas-feiras, na sede do Consórcio, presidido pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), cidade em que a Volkswagen está sediada.

DIREITOS - A fim de garantir os direitos dos operários, foi agendada para amanhã audiência na Delegacia Regional do Trabalho de Santo André, reunindo representantes da Keiper, do sindicato e advogados em mesa-redonda. “Vamos documentar, por escrito, o que essa decisão da Volks implica no emprego dessas 400 pessoas, e protocolar todos os direitos delas caso a empresa feche. Queremos garantias”, explica Adilson Torres Santos, o Sapão, diretor do sindicato. O receio é ainda maior porque, na Fameq, os 30 trabalhadores demitidos ainda não receberam as verbas rescisórias, e os 150 empregados estão em licença-remunerada.

Procurada, a Keiper manteve posicionamento de que a decisão da Volks foi arbitrária e unilateral, e que pegou a empresa de surpresa. “Todas as paradas ocorridas recentemente foram sempre precedidas de comunicados de aviso e alertas, no estrito cumprimento dos contratos, os quais também exigiram da montadora de honrar com a compra das quantidades mínimas de peças exigidas para produção dos lotes econômicos”, diz nota da metalúrgica. “A Keiper lamenta profundamente o acontecido, principalmente pelos efeitos danosos que esta decisão pode causar no ambiente de trabalho e risco aos colaboradores da empresa.”

De acordo com a Volks, desde março do ano passado foram contabilizados 120 dias parados em suas três fábricas, em São Bernardo, Taubaté (Interior) e São José dos Pinhais (Paraná). Com isso, mais de 100 mil veículos deixaram de sair da linha de produção.

Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7718 dias no ar.