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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/08/2007 | Cidade
Jovens são salvos após 73h no Vale da Morte
Dois jovens foram resgatados no fim da manhã de ontem após permanecerem por 73 horas no Vale da Morte, área de alto risco na Serra do Mar. Eles não tinham água e a comida que levaram para a trilha era suficiente para só mais um dia.

Desde terça-feira, homens do COE (Comando de Operações Especiais) da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros faziam as buscas. Cães farejadores e um helicóptero foram usados nos trabalhos.

O estudante de Ciências Contábeis Arivaldo Soares dos Santos Júnior, 23 anos, e o torneiro ferramenteiro Adriano Alvim, 22, são amigos de infância. Freqüentavam a mesma Igreja Batista desde os 11 anos. Era a primeira vez que acampavam juntos. Na segunda, eles seguiram de ônibus de Mauá, onde moram, para a estrada SP-122, que vai de Rio Grande da Serra a Paranapiacaba.

Desceram pouco antes de chegarem à vila. O acesso à trilha que leva ao Vale da Morte fica no km 38 da via. Após caminhar por cerca de 40 minutos até a Cachoeira da Fumaça, decidiram acampar sobre um plateau (área de planalto).

Subiram a escarpa com ajuda de uma corda, perdida no caminho. No dia seguinte, perceberam que a descida não poderia ser feita sem a corda.

Procura
Antes de tentar descer, na manhã de terça-feira, Santos Júnior ligou para os pais alertando-os sobre os problemas. “Ele não apareceu. Ficamos desesperados e pedimos ajuda”, diz o pai do jovem.

Eles procuraram caminhos alternativos, mas não encontraram uma saída segura do vale. Em pouco tempo, a água que carregavam acabou. Tiveram de abastecer os cantis na cachoeira. O celular descarregou.

O alivio só veio às 11h30 de ontem, quando uma equipe no helicóptero Águia localizou os jovens. Eles escutavam o barulho da aeronave, mas não conseguiam vê-la. O som era abafado pela queda d’água da cachoeira. Para conseguirem chamar atenção, trocaram as roupas que vestiam por outras, de cores chamativas.

Foram resgatados por terra. Após 1h30 de caminhada, reencontraram seus familiares, que os aguardavam na base de operações montada pela equipe de buscas na SP-122. Estavam sujos e cansados.

Antes de voltar para casa, passaram por um check-up no Pronto-Socorro de Rio Grande. “Achei que não sairia dessa”, comentou Alvim.

=> Série de acidentes fatais deu apelido ao lugar

“Antes de saber que eles tinham sido encontrados, estava pensando onde iria velar meu filho”, conta o pai de Arivaldo Soares dos Santos Júnior, o jovem que permaneceu por 73 horas na Serra do Mar.

O nome Vale da Morte se deve à série de acidentes registrada no local.

O último ocorreu em 2004, quando um garoto de 17 anos escorregou e caiu num penhasco. A trilha é coberta por líquen – tipo de lodo comum em rochas banhadas por rios.

O percurso é considerado um dos mais difíceis da Serra do Mar. O caminho é feito sobre uma espécie de canyon, que acompanha o rio que forma a cachoeira da fumaça. “Uma queda ali é fatal”, alerta o guia Elias Pereira, que trabalha no Parque Natural Nascentes de Paranapiacaba.

Por Rodrigo Cipriano - Diário do Grande ABC
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