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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/05/2013 | Tecnologia
Jovens e tecnologia juntos numa relação consolidada
Jovens e tecnologia juntos numa relação consolidada Bruna Carvalho (à direita), estudante de São Bernardo, com a amiga Julia Raymundo e o inseparável aparelho celular, do qual não desgruda nem na hora de dormir. Foto: Edmilson Magalhães
Bruna Carvalho (à direita), estudante de São Bernardo, com a amiga Julia Raymundo e o inseparável aparelho celular, do qual não desgruda nem na hora de dormir. Foto: Edmilson Magalhães
Primeira reportagem de série mostra que 74,1% dos jovens entre 15 e 17 anos usam internet

Bruna Carvalho, de 12 anos, estudante de São Bernardo, não desgruda do celular nem na hora de dormir. “Durmo com ele debaixo do travesseiro”. Marina Pavani, 12, também de São Bernardo, aproveita a noite para deixar seus aparelhos eletrônicos carregando, mas quando acorda é automático: “Já levanto procurando meu i-pod para entrar na internet e olhar meu Facebook”.

Em uma época de facilidade de acesso à tecnologia, é cada vez mais difícil quantificar o tempo que passamos ligados eletronicamente. Seja em casa, no trabalho ou no celular, que deixou de ser apenas um aparelho para efetuar e receber ligações, o número de internautas brasileiros cresceu vertiginosamente nos últimos anos.

Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2011 divulgados na última quinta-feira (16/05) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o uso da internet está consolidado entre o público jovem, fazendo parte da rotina de 74,1% entre pessoas de 15 a 17 anos. Quase 66% dos estudantes da rede pública utilizam a tecnologia com certa frequência. Já entre os alunos da rede privada, o número é de 96,2%.

Nove horas conectado

O estudante Giovanni Pachon, 14, enquadra-se neste perfil. O garoto passa por volta de nove horas do dia conectado, seja em redes sociais como Facebook ou vendo notícias. “Gosto principalmente de esporte”. Oliver Bighetti, 15, gosta de jogos on-line e redes sociais, mas garante que consegue ficar sem internet. “Se tiver outra coisa pra fazer, como sair, ir ao cinema, consigo ficar sem, não tem problema.”

Doroty Mellero, professora do curso de Psicologia da Fundação Santo André, destaca que a relação dos jovens de hoje com a internet é natural, já que essa é uma geração que nasceu em uma era tecnológica. “Eles são muito rápidos, têm atenção flutuante, são mais visuais. Os professores mais tradicionais têm dificuldade em lidar com eles, mas é uma questão de proporcionar uma prática educativa dentro dessas tecnologias.”

A professora ressalta a importância da supervisão de pais e responsáveis para evitar a superexposição e a dependência, o que pode afetar as relações sociais. “Não acho que a dependência tenha a ver com idade, se a pessoa tiver carência acabará utilizando essas novas ferramentas como uma espécie de compensação. Se o adolescente é bem relacionado, tem amigos e outras atividades, é mais difícil isso acontecer. Tudo é uma questão de dosagem, de ter tempo para outras atividades.”

Modo de lidar com conteúdo é diferente, revela estudo

A maneira como jovens lidam com a informação foi objeto de estudo de professores do programa de mestrado em Comunicação da USCS (Universidade de São Caetano do Sul). Por quatro anos, cerca de 700 alunos das últimas séries do ensino fundamental da rede pública utilizaram jornal impresso em atividades em sala de aula. O relatório final foi entregue no ano passado e mostrou uma mudança na forma de assimilação do conteúdo.

“É uma geração que bate o olho no jornal como se estivesse olhando na tela do computador. É uma leitura escaneada, a pessoa olha o texto e vai direto ao que interessa”, observou o professor do mestrado, Arquimedes Pessoni.

Um questionário aplicado no final do estudo apontou que 75% dos alunos acham diferente a leitura de impresso e internet, sendo que 33% avaliam que os textos de sites são mais fáceis de ler, já que são mais curtos e proporcionam mais interação com comentários e enquetes. “Embora prefiram ler pela internet, a maioria acha que não tem tanta credibilidade quanto o impresso”, afirmou o pesquisador.

Apesar de o perfil das escolas de São Caetano ser diferente de outras da Região – a maioria dos alunos tem acesso à internet em casa e nas escolas –, Pessoni avalia que é possível adotar certos hábitos apontados na pesquisa como tendência.

“É iminente a migração dos jornais para a internet. Não que o impresso irá acabar, mas o que temos hoje é uma convergência de mídia, cada vez mais os portais terão de oferecer opções de plataforma. É preciso adaptar e tornar o conteúdo mais atrativo, com infográficos, opções multimídia e segmentadas.”

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
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