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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/04/2014 | Setecidades
Jovem morreu estrangulado por causa de um retrovisor, dizem amigos
 Jovem morreu estrangulado por causa de um retrovisor, dizem amigos Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Era para ser um dia de comemoração, mas a tristeza prevaleceu na casa da família de Jefferson de Souza Meves, que, ontem, completaria 20 anos. O jovem era morador do Parque Miami, em Santo André, e foi morto na madrugada de domingo após se envolver em uma briga. A confusão ocorreu na saída de um baile funk próximo de onde ele morava, na Estrada Cata Preta.

Segundo amigos, Jefferson havia ido à festa para comemorar o aniversário de forma antecipada. Na saída, o rapaz teria se envolvido em tumulto ao defender um colega que teve o retrovisor de seu veículo quebrado por um motociclista. Cerca de 20 pessoas participaram da agressão.

“O Jefferson foi defender nosso amigo e empurrou o motoqueiro. Em seguida, veio um grupo enorme para cima dele. Tentamos protegê-lo, mas estávamos em oito ”, lembrou o amigo Paulo César dos Santos Ferreira, 20. A confusão foi encerrada depois que outros conhecidos da vítima chegaram ao local. Jefferson foi levado pelos colegas à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Santo André, mas morreu a caminho. Laudo do IML (Instituto Médico-Legal) apontou diversas causas para a morte, entre elas estrangulamento. Até o fechamento desta edição, nenhum agressor foi identificado.

Admirador do funk, Jefferson costumava ir todos os fins de semana aos bailes realizados nas redondezas. Durante a semana, vendia doces nos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na companhia do pai, Valter Meves, 41, que é deficiente físico.

Mais do que um companheiro de trabalho, o filho era protetor. “Ele me falava sempre: ‘pai, nunca vou te abandonar’. Mas ele não cumpriu. O certo era ele me enterrar, e não o contrário”, lamentou, aos prantos.

O garoto morava com a tia Rubiana Aparecida de Souza, 31, ao lado da casa do pai. A mãe de Jefferson vive em São Bernardo e, segundo a avó, Alzira de Souza, 64, que criou o menino até os 13, a filha está à base de medicamentos.

O choro da família se mistura a sorrisos quando a alegria do rapaz é lembrada. “Ele tinha uma felicidade contagiante, não tinha lugar para tristeza em casa”, disse a tia, que acrescentou: “Que a justiça seja feita. A daqui e a de Deus. E que a nossa não seja falha, como a gente vê muitas vezes. Que ele não seja mais uma vítima para as estatísticas”.

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios de Santo André. De acordo com o delegado Paulo Rogério Dionízio, seis testemunhas começarão a ser ouvidas a partir de hoje.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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