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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2008 | Cidade
João Avamileno assume o Consórcio
Por unanimidade, o prefeito João Avamileno (PT-Santo André) foi escolhido ontem presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, em substituição a Adler Kiko Teixeira (PSDB-Rio Grande da Serra).

É a primeira vez, em quatro anos, que um petista assume o comando da entidade, cuja função é defender os interesses em comum das sete cidades da região. Leonel Damo (PV), chefe do Executivo de Mauá, é o vice-presidente.

Ao contrário do que chegou a ser especulado, os seis prefeitos do Grande ABC – William Dib (PSB-São Bernardo), José Auricchio Júnior (PTB-São Caetano), José de Filippi Júnior (PT-Diadema) e Clóvis Volpi (PV-Ribeirão Pires), além de Kiko e Damo – mantiveram o acordo firmado no início do ano passado e votaram em Avamileno.

A eleição do chefe do Executivo andreense chegou a ficar ameaçada após os problemas ocorridos no PT local no final de 2007, quando o partido rachou em função das disputas internas pelas indicações do candidato a prefeito e do presidente municipal.

Outro fator ventilado foi uma suposta resistência ao nome de Avamileno por ele ser do PT – especulou-se que alguns prefeitos temiam deixar a presidência do Consórcio nas mãos de um petista em ano eleitoral. Os prefeitos negaram os boatos.

Apesar da eleição, Avamileno deve encontrar resistência interna em uma de suas bandeiras para a gestão: a da abertura do Consórcio para representantes de segmentos da sociedade civil discutirem e opinar a respeito de problemas envolvendo a região (leia mais nesta página).

Readequação - Mas, no geral, o prefeito andreense deve ter o respaldo dos demais chefes de Executivo da região para tocar projetos. E uma das prioridades é a obrigação de o Consórcio se adaptar às novas regras impostas pelo governo federal para receber verba da União.

Segundo decreto assinado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a entidade teria de se adequar às exigências para conseguir recursos, tornando-se pública. No entanto, uma interpretação dúbia da matéria está preocupando os prefeitos.

“Fizemos diversas consultas e até agora não temos garantia sobre futuros problemas. O temor é que, uma vez adaptado, os sete municípios virem uma coisa só e uma cidade que esteja em débito com o governo federal complique a vida das demais”, ressalva Avamileno. “Queremos segurança de que não teremos problemas jurídicos depois. Por outro lado, podemos inviabilizar o recebimento de recursos e projetos em parceria com a União.”

Kiko está reticente quanto ao assunto. “É melhor perdermos dinheiro do governo federal, nada muito vultoso, do que comprometermos a administração dos demais municípios por conta dessa união jurídica das contas das sete cidades”, avalia o agora ex-presidente da entidade.

Abertura para a sociedade pode ser o primeiro problema

O novo presidente do Consórcio pode ter de enfrentar o primeiro embate com os demais prefeitos neste início de mandato. Isso porque ele não deve conseguir levar adiante o projeto de abrir espaço para representantes da sociedade civil participarem das discussões acerca dos problemas da região na entidade.

Os chefes de Executivo presentes à coletiva de imprensa da nova direção não demonstraram tanta disposição no assunto. “Esse tipo de abertura expõe discussões que deveriam ser feitas internamente, entre os prefeitos. Existem outros organismos para discussões individualizadas e participação da sociedade. Não sou favorável a essa abertura, a não ser que o assunto em discussão envolva um segmento específico da sociedade civil”, argumenta Clóvis Volpi (PV-Ribeirão Pires).

Adler Kiko Teixeira (PSDB-Rio Grande da Serra) concorda. “A Câmara Regional já tem esse espaço para a sociedade. Além disso, o Consórcio tem a maior legitimidade no tocante à participação popular, pois os sete prefeitos aqui, eleitos democraticamente, representam a maioria da sociedade das respectivas cidades.”

Um dos únicos a destoar foi Leonel Damo (PV-Mauá). “Sou favorável à participação porque o povo tem muito a ensinar, mais do que os próprios prefeitos”, explica.

“É importante ouvir as pessoas. Mas é claro que essa abertura precisa ser limitada, respeitando a autonomia dos prefeitos”, reforça Avamileno.

Vice, Leonel Damo faz duas cobranças ao novo presidente

Escolhido por consenso para ser o vice de João Avamileno na presidência do Consórcio, o prefeito Leonel Damo (PV-Mauá), já na primeira entrevista coletiva da nova direção da entidade, fez dois pedidos públicos para o prefeito de Santo André.

Damo solicitou agilidade do Consórcio em reunir os responsáveis pela “estrada de ferro” para cobrar a construção de um viaduto para desviar o fluxo de veículos da região onde está localizada a estação de trem de Capuava, na divisa com Santo André.

“É uma vergonha o trânsito ter de esperar mais de 40 minutos, especialmente em horários de pico, para atravessar a linha de trem, separada por uma cancela. Temos de cobrar atitude do Estado”, reclama.

Ainda na opinião do chefe do Executivo mauaense, a entidade deveria começar a pensar uma “grande exposição industrial” na região.

“As maiores indústrias estão no Grande ABC. Por isso, acredito que temos de organizar uma feira industrial para mostrar ao País e até ao mundo o que produzimos na região”, explicou Damo.

Por Leandro Laranjeira - Diário do Grande ABC
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