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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/05/2009 | Educação
''Jeitinho'' é importante quando a USP para
Alexandre Soares da Silva, 26, do sexto ano de jornalismo da USP, já viveu pelo menos quatro greves na universidade, em 2004, 2005, 2007 e agora, em 2009. "Existe uma lenda de que na USP a maioria das greves cai em ano ímpar, mas nem sempre isso é verdade", ri.

Ele e outros estudantes afirmam que é preciso ter jogo de cintura para lidar com os efeitos mais comuns das paralisações: o fechamento do bandejão (restaurante universitário a R$ 1,90), dos laboratórios de informática e das bibliotecas.

"Na véspera de a greve começar, os alunos pegam montes de livros nas bibliotecas, porque senão não tem como estudar. Se é apenas greve de funcionários, as aulas não param."

Quem está prestando uma faculdade pública deve estar preparado para, se aprovado, enfrentar greves ao longo dos quatro ou cinco anos de curso.

Quando os professores aderem à greve, as aulas são afetadas. Nessa hora, a desinformação é uma grande inimiga, principalmente nos cursos de humanas, onde a participação no protesto é maior.

A dica é procurar os docentes de curso para saber se eles aderiram e ter atenção aos dias de início e fim da greve, diz João Paulo Nanô, 22, do quarto ano de história da USP.

Ele conta que foi reprovado em uma disciplina de filosofia durante a greve de 2007. "Eu estava fazendo uma aula, quando meu curso [de história] parou. Alguns docentes da filosofia também pararam, e achei que todos eles fossem aderir. Quando procurei o professor, no fim do semestre, eu havia sido reprovado por faltas."

Alguns cursos parecem viver em um mundo paralelo ao da greve, onde nunca são afetados, é o caso de medicina, direito e economia. "O que mais atrapalha é o bandejão, porque tenho que comer em carrinho de lanche. Nunca tive um dia sem aula", diz Fernando Friaça, 22, do terceiro ano de economia.

Outros alunos, no entanto, mergulham fundo nos protestos. Camila Mattoso, 21, do terceiro ano de história, "estreou" no movimento estudantil em 2007, durante a ocupação da reitoria da universidade.

"Vários professores deram aula para nós dentro da ocupação para que não perdêssemos o semestre. O lugar se transformou no centro de discussão sobre os problemas da USP. Todo mundo se uniu", diz ela, que hoje é do DCE (diretório que representa os estudantes).

Mas há quem reclame muito das greves, como Ivy Leça, 24, ex-aluna de ciências sociais.

Em 2004, sua turma acompanhava uma professora de antropologia na busca por uma sala para ter aula. "Os grevistas haviam trancado todas. Na última sala, que estava aberta, a luz foi cortada no meio da aula."

Até a conclusão desta edição, professores e alunos ainda não haviam decidido se iriam aderir à greve iniciada pelos funcionários da USP e da Unicamp.

Por Rafael Sampaio - Folha de São Paulo
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