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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/05/2011 | Saúde e Ciência
Jeitinho abre as portas de hospitais estaduais no ABCD
Estudo feito pelo GT (Grupo de Trabalho) de Saúde do Consórcio Intermunicipal mostra que grande parte das vagas dos hospitais estaduais do ABCD é ocupada por pacientes que recorrem a meios informais para garantir acesso ao atendimento de saúde.

O objetivo do estudo, que levou em consideração informações dos sete municípios em março de 2010, é fazer levantamento de como funciona o sistema de transferências de urgência e emergência na Região sob o ponto de vista das centrais de regulação – setores responsáveis por organizar o atendimento, levando em consideração avaliações médicas e a gravidade de cada paciente.

O responsável pelo estudo, Flávius Albieri, diretor de Regulação, Auditoria, Avaliação e Controle da Secretaria de Saúde de Diadema, destacou que quando as solicitações são feitas diretamente pelas centrais municipais de regulação aos hospitais estaduais do ABCD, o índice de aceitação dos pacientes é baixo. Quando a solicitação é feita pela CRUE (Central de Regulação de Urgência e Emergência do Estado), esse índice é mais baixo ainda.

Na ocasião do estudo, verificou-se que, dos 285 pacientes de Diadema que tentaram uma vaga nos equipamentos estaduais da Região, 189 foram atendidos por meio de contato direto, sendo que 26 (14%) foram encaminhados para o Hospital Estadual Diadema (Serraria), cinco (13%) para o Hospital Estadual Mário Covas e 158 (84%) para outros locais.

Foram encaminhados para o CRUE 28 casos, dos quais quatro foram aceitos ou em hospitais do ABCD ou de outras regiões, 10 foram negados e desse restante cinco foram a óbito. O restante foi atendido em outros equipamentos da rede de saúde pública.

Albieri salientou que foi possível verificar que, quando a central de regulação estadual negou o pedido de vaga, o paciente deu entrada no hospital de maneira informal. “Isso mostra que a vaga existia, mas que só foi acessada pelo ‘disque amigo’. É arriscado afirmar que essa realidade se reflete na Região, mas é um problema que precisa ser enfrentado”, disse.

Conhecidos - O secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, destacou que a estrutura de regulação estadual não funciona como deveria. “Os acessos são feitos ou porque o plantonista de uma unidade conhece o plantonista do hospital do Estado ou porque o paciente procurou algum deputado da Região que consegue a vaga.”, explicou.

Chioro foi categórico ao afirmar que este tipo de procedimento está errado. “Quem deve ter prioridade no acesso às vagas das unidades de saúde são os pacientes que estão em estado grave, com câncer, precisam de uma cirurgia e passaram por avaliações técnicas dos médicos”, exemplificou.

Apesar deste problema, o secretário disse que está esperançoso quanto à equação desses problemas, pois há mais proximidade de equipes da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde com a realidade do ABCD. “É inegável que quem está à frente do ministério e da secretaria estadual vem para o processo de discussão da gestão regional do SUS com postura diferente, pois estão mais parceiros e reconhecendo a sobrecarga que os municípios estão vivendo”, afirmou.

O diretor do Hospital Mário Covas, Geraldo Reple, afirmou que desconhece a prática de acesso informal a vagas nos equipamentos estaduais da Região. “Em um primeiro momento o CRUE faz busca por vagas no ABCD. Quando não é possível, os pacientes são enviados para outras cidades”, explicou.

Reple destacou que atualmente o ABCD possui um déficit de 227 vagas e que são necessários hospitais de retaguarda tanto para os equipamentos municipais como para os estaduais. “Um paciente crônico, que precisa de medicação intravenosa ou que necessita da troca de um curativo, por vezes tem de ficar na UTI por falta de leitos para atender esses casos”, disse.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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