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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/08/2008 | Cidade
Jardim Zaíra é a ''bola da vez'' em Mauá
Com um terço do eleitorado de Mauá, a região do Jardim Zaíra é a ‘bola da vez' entre os candidatos. São mais de 97 mil votos em jogo, o equivalente ao total de eleitores de São Caetano. A força da periferia faz os políticos reforçarem a campanha. Nas principais vias, bandeiras e carros de som lembram a todo momento o compromisso das urnas. O local é o que mais entrou no clima eleitoral na região. Para completar, um dos candidatos carrega o nome do bairro.

Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), tem o rosto estampado em placas por toda a Avenida Presidente Castello Branco, principal ligação do bairro com o Centro de Mauá. O apelido nasceu quando o prefeiturável - que chegou ao bairro aos 2 anos - era vereador e precisava se diferenciar de outro ‘Chiquinho'. Hoje, porém, assim como seus concorrentes, o ‘político local' não mora mais no bairro.

O comprovante de residência, porém, é o que menos interessa nessa campanha. A briga é pela domínio da 365ª zona eleitoral, a terceira em quantidade de eleitores do Grande ABC - acima estão apenas as zonas 222ª, de Diadema, e 174ª, de São Bernardo.

A importância dos números está nas propostas do candidato. Quase todos têm projetos ligados à área da Saúde, apesar de nenhum afirmar que pretende priorizar a região. Mas, basta rodar pela área, para perceber que o discurso não condiz com a prática. Desde o início da campanha, todos intensificam o dia-a-dia nas ruas do bairro, seja em carreatas, caminhadas ou panfletagem.

Para o tucano Diniz Lopes, o trabalho é necessário porque, apesar de o Chiquinho afirmar que é do bairro, o candidato não mora mais lá. "Ele não tem vantagem sobre nós. A população está dividida", afirma. O petista Oswaldo Dias, que já chegou de ônibus à região nesta campanha, divide a mesma opinião. "Somos muito bem recebidos no Zaíra e vamos fazer ainda mais pelo bairro." Mateus Prado (Psol) defende propostas genéricas. "Vou governar para toda a cidade", promete o prefeiturável.

Já o candidato local avisa: "Os moradores terão orgulho em ter um prefeito do Zaíra. Aqui cresci, estudei e trabalhei. Amo o Zaíra e vou lutar por ele", garante Chiquinho. Em 5 de outubro, as urnas ditarão o resultado. Até lá, os moradores não terão sossego.

Feiras são os pontos mais disputados

Aos finais de semana, os pontos mais concorridos pela militância dos candidatos são as entradas e saídas das feiras populares. Bandeiras, panfletos e carros de som disputam a atenção dos eleitores e chegam a esconder as barracas dos feirantes. No final da Avenida Presidente Castello Branco, o barulho, aos sábados, prejudica o comércio e irrita os moradores do Zaíra, além de deixar as ruas e bueiros entupidos de sujeira eleitoral.

Guardadores de carros que fazem ponto no local comentam que a movimentação política já espanta os fregueses. "Tem gente que prefere ficar em casa ou fazer compras em outro lugar do que vir aqui. As pessoas acabam saindo com o carrinho lotado de papel, não de frutas ou verduras", reclama o flanelinha Sérgio Francisco de Barros, que trabalha na entrada da feira do Zaíra 4 há cinco anos.

O clima de campanha aumenta a poluição visual e sonora da cidade, que já sofre com a falta de políticas específicas para a propaganda. Este ano, os partidos até mostraram disposição em restringir a pintura de muros, por exemplo, mas o acordo não saiu.

O ambulante ‘Déo' conta que são tantas músicas de políticos - prefeituráveis ou candidatos a vereador - que a população não consegue sequer identificar de quem é o recado. "Fica tudo misturado na nossa cabeça e atrapalha o movimento. As pessoas querem ir embora logo", diz.

Domingo, nem a chuva conseguiu silenciar a propaganda política. Em busca dos votos da maior zona eleitoral de Mauá, alguns candidatos a vereador levaram carros às ruas. O volume, porém, foi mais baixo. No final da tarde, o barulho do Zaíra ficou restrito aos tradicionais cultos evangélicos. Sem comício marcado para o bairro, movimento de eleitores somente dentro das igrejas.

Por Adriana Ferraz - Diário do Grande ABC
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