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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/10/2012 | Cidade
Jacu-Pêssego isola bairros de Mauá
Passados dois anos da inauguração do prolongamento da Avenida Jacu-Pêssego, moradores dos bairros Santa Cecília e Jardim Oratório, em Mauá, localizados ao lado do viário, vivem isolados. A população reclama de problemas como falta de mobilidade, perturbação, sujeira, violência e abandono.

A dificuldade de locomoção de um bairro para o outro, e até para o Centro da cidade, é o que mais incomoda. "Tenho que fazer tudo de carro, com a ajuda do meu filho. É difícil pegar ônibus, a padaria é longe, o mercado também. Ficou ruim para fazer qualquer coisa, porque a maioria dos comércios foi embora", reclamou a aposentada Maria José Viana, 68 anos.

Ela vive a poucos metros do complexo viário e teme que a alta movimentação de veículos - estima-se que 40 mil circulem pelo trecho diariamente - resulte em algum desastre de grande proporção. "Nosso maior problema é esse viaduto ao lado de nossas casas. Temos medo de acontecer alguma coisa, porque há muitas carretas e nada garante que uma delas não possa cair aqui embaixo", afirmou Maria.

A residência do cozinheiro Mario Barbosa, 46, que mora há 40 anos no bairro Santa Cecília, fica a aproximadamente quatro metros das alças de acesso da Jacu-Pêssego que ainda não foram inauguradas e há cerca de 15 metros das pistas principais do trecho. "Ninguém dorme à noite. Até pedras jogam lá de cima. Acabou com a nossa paz. É dia e noite passando caminhão, fazendo muito barulho. Só não está pior porque essa parte mais perto não está liberada. Depois que abrir, o tormento ficará completo."

Com os problemas causados pela Jacu-Pêssego, a solução adotada pelos moradores foi se acostumar com o ‘vizinho' indesejado. "Tinham prometido tirar a gente, mas isso não aconteceu. Agora, tenho que conviver com esses problemas para sempre, porque não dá mais para sair. As casas perderam o valor e ninguém quer comprar. Já reclamamos, fizemos passeata e nada adiantou", disse Barbosa.

A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S. A.), responsável pelas obras do complexo viário, informou que não há mais necessidade de remoção de famílias em Mauá. Segundo a estatal, os moradores que permanecem no local estão em área de propriedade da Prefeitura. A administração foi procurada para falar das compensações no entorno da via, mas não se manifestou.

A Dersa informou ainda que as famílias que ocupavam áreas irregulares dentro do traçado foram retiradas por meio do Programa de Reassentamento Específico, parceria entre a Dersa e a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). No Jardim Oratório, foram removidas 1.929 famílias, das quais 1.695 optaram por indenização e 234 por unidades habitacionais. Nesse caso, recebem bolsa-aluguel até que as moradias sejam entregues.

Para cortar caminho, pedestres se arriscam na via

Por conta da falta de acesso entre os bairros Santa Cecília e Jardim Oratório, decorrente da construção do prolongamento da Avenida Jacu-Pêssego, pedestres que vivem no entorno do viário estão se arriscando para atravessar a via, onde circulam cerca de 40 mil veículos todos os dias.

"Não temos escolha. A única opção é passar por aqui. Como trabalho do outro lado (do trecho), sou obrigado a me arriscar entre os carros e caminhões. À noite é ainda mais perigoso, porque tem pouca iluminação", reclamou o auxiliar de produção Thiago Nascimento Veloso, 23 anos, que mora no Jardim Oratório.

A existência de um córrego abaixo da via dificulta a passagem a pé. Os moradores optam por esse caminho para encurtar o trajeto entre os bairros, utilizando as alças de acesso que ainda não foram inauguradas.

Segundo relatos dos pedestres, se não atravessassem pela Jacu-Pêssego, seriam obrigados a caminhar por cerca de 25 minutos. Ao se arriscarem passando pelo viário, o tempo é reduzido para aproximadamente cinco minutos.

A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) informou que o convênio assinado com a Prefeitura não prevê a implantação de passarelas entre os bairros Jardim Oratório e Santa Cecília. De acordo com a companhia, a inauguração das alças de acesso está prevista para o próximo mês. Após a abertura desses trechos ao tráfego, ficará ainda mais complicado atravessar no local.

Por Cadu Proieti - Diário do Grande ABC
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