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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/05/2014 | Economia
Item de estação gera economia
Item de estação gera economia Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Ficar de olho nas estações do ano rende economia no orçamento doméstico. Exemplo disso são as frutas. No outono a dica é abusar do caqui, maça fuji, mamão e mexerica. Isso porque estão sendo colhidas até o fim de junho, principalmente. Com a grande oferta, o preço baixa, além de o item ser fresco e mais nutritivo. De acordo com feirantes da região, se optar por esses alimentos, a economia de, pelo menos, 50% em comparação com a aquisição de produtos que estão fora de época.

Por outro lado, a manga e o morango são vendidos mais caros com o tempo mais frio. Para se ter ideia, o valor da caixinha de morango nas feiras livres da região é de R$ 6, em média. Entre julho e agosto o cenário muda, e a fruta vermelha volta aos preços normais, abaixando para até R$ 1,50.

Já a manga tommy só começa a ficar mais barata entre setembro e outubro. Hoje, os feirantes comercializam cada uma por R$ 2, ou pacote com três por R$ 6. No fim do ano esse valor baixa para até R$ 2 por quatro mangas, ou seja, R$ 0,50 cada.

A equipe do Diário foi a algumas feiras livres e constatou que a caixa com cerca de oito caquis (cerca de dois quilos) sai por R$ 3, em média; com dez maças gala é vendida por R$ 3,50; a bacia com quatro mamões é comprada a R$ 3, em média, e a mexerica cravo, por R$ 5 (a dúzia).

“Conseguimos estipular preços melhores quando a fruta é da época”, diz Neide Ferraioli, proprietária de uma barraca de frutas há 25 anos.

Com pesquisa, a aposentada Marlene do Carmo, 67 anos, consegue gastar R$ 25 na feira enchendo o carrinho. “Sempre aproveito para levar o que está mais em conta. Dessa forma, acabo diversificando os alimentos que consumo, o que também é bastante saudável.”

No caso dos legumes o destaque é para o chuchu (R$ 2 pacote com três), a beterraba (cada uma sai por R$ 1), a berinjela japonesa (R$ 2 o pacote com três) e a cenoura (seis por R$ 4). Quem gosta de incluir esses quatro produtos nos pratos do dia a dia deve aproveitar até o fim deste mês, porque em junho já começam a encarecer, devido à entressafra.

Outras opções são a batata-doce e a mandioquinha, e os maços de brócolis e espinafre, que saem por R$ 3 (quilo), R$ 7 (quilo), R$ 5 e R$ 4, respectivamente. “São ingredientes ótimos para sopas, que caem muito bem nesse frio. É a hora de aproveitar”, conta o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto.

QUEDA NO CONSUMO

Por conta dos dias mais gelados, é normal que o consumidor coloque uma quantidade menor de salada no prato, optando pela comida mais quente. Segundo os feirantes, a redução na venda de hortaliças, como alface, rúcula e agrião chega a ser de 30%. A bacia de alface é vendida hoje por R$ 4. Já os maços de agrião e rúcula, por R$ 3. “Se lavo as folhas e as conservo em saquinhos secos, a alface misturada com mais uma verdura, dá para a semana toda. Então, o preço supercompensa”, analisa a professora de inglês Elisa Rodrigues, 42.

Arroz e feijão: dupla deve manter preços nas prateleiras

O tempo mais gelado do outono e inverno não deve influenciar nos preços de dois alimentos bastante presentes na mesa dos brasileiros: o arroz e o feijão. De acordo com o engenheiro agrônomo da Craisa Fábio Vezzá De Benedetto, o cereal não sofre alteração, normalmente, porque a colheita foi feita em março. “Daqui para o fim do ano vamos consumir o estoque, a produção que já foi colhida em março.” No caso do segundo item, os valores também não devem subir. “Estamos na segunda safra do ano e o valor do grão está dentro do esperado. Baratear, não vai, até porque, se isso acontece, muitos produtores deixam de plantar, o que cria um cliclo vicioso, de altas e baixas de preços”, explica o especialista.

A pesquisa semanal da Craisa mostra que o pacote de arroz de cinco quilos custa, em média, R$ 9,19 entre as redes supermercadistas do Grande ABC. Já o quilo do feijão-carioquinha está mais barato que na semana passada, passando de R$ 2,80 para R$ 2,63.

CARNES

Dentre os itens básicos que compõem a cesta básica estão as carnes bovina e de frango. Esses itens tendem a ficar mais caros durante as estações mais frias, já que os pastos (que servem de alimento para o gado, por exemplo) ficam secos e os produtores gastam mais com rações. Obviamente, esses custos adicionais são repassados para os consumidores. “Já o valor do frango tende a acompanhar os aumentos da carne vermelha”, diz o engenheiro agrônomo da Craisa.

Nesta semana, o quilo da carne de primeira (como o coxão mole) é vendido a R$ 18,25, em média. O corte de segunda (como acém) sai por R$ 12,98. O frango resfriado é comprado nos mercados por R$ 4,87.

Banana-prata é um dos vilões atuais da dona de casa

Percorrendo feiras livres do Grande ABC, a equipe do Diário constatou que grande parte dos consumidores ouvidos tem uma mesma reclamação: o preço alto da banana-prata.

A fruta é encontrada o ano todo e quase não tem variação de preços, mas neste ano, em específico, por conta da seca, a produção ficou prejudicada.

O preço pago por uma dúzia é encontrada por até R$ 7, enquanto o valor habitual é R$ 4, em média. A banana-nanica está mais barata: paga-se entre R$ 4 e R$ 5. A boa notícia é que, a partir de agosto, a colheita aumenta e os preços tendem a começar a cair.

Tomate encarece 7,25% na semana

Principal ingrediente dos molhos e peça importante da salada, o tomate, aos poucos, está alcançando os patamares do ano passado, quando entre abril e maio chegou a custar R$ 15 em sacolões da região. Hoje, o quilo é vendido a até R$ 9 nas feiras, no caso dos italianos.

Nos mercados, o produto é encontrado a R$ 5,03 o quilo, de acordo com pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Essa opção é mais barata para a dona de casa do que nas feiras, mas, na semana passada, as redes vendiam o item por R$ 4,69, o que resulta em alta de 7,25%.

Mais uma vez, o tempo frio e seco prejudica o processo de cultivo e colheita. Nas feiras livres, por exemplo, o valor do quilo do tomate mais barato pode ser encontrado a R$ 6, mas verdes e pequenos. “É um produto muito perecível, muito frágil. O tempo frio agrava isso. A opção é deixar de comprar ou apenas colocar nas saladas, em pouca quantidade”, indica o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto – responsável por este levantamento.

O preço do leite também pesa no bolso. O litro é comercializado a R$ 2,30 – 2,22% a mais no prazo de sete dias. A pesquisa é baseada numa família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.

TOTAL

Com essas altas, o valor da cesta básica passou de R$ 461,72 para R$ 463,82, acréscimo de R$ 2,10 a mais ou alta de 0,45%. Itens dos grupos de higiene pessoal, limpeza doméstica e de hortifrutigranjeiros (frutas, verduras, legumes e ovos) também favoreceram pelo encarecimento do conjunto de itens.

Por Tauana Marin - Diário do Grande ABC
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