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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/05/2008 | Geral
Isabella: promotor denuncia e pede prisão preventiva do casal
O promotor Francisco Cembranelli, responsável no Ministério Público pelo Caso Isabella, entregou à Justiça, nesta terça-feira, a denúncia contra o casal Alexandre Nardoni, 29 anos, e Anna Carolina Jatobá, 24, pai e madrasta da menina. Nela, Cembranelli propõe a ação penal contra o casal e se diz favorável à prisão preventiva do casal. Isabella foi morta após cair do 6º andar do Edifico London, Zona Norte de São Paulo, na noite de 29 de março.

"Não só endossei (o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil) como elenquei outros argumentos no sentido de custodiar preventivamente o casal", assinalou o promotor. "Eu entendo que esta é a única medida aceitável do ponto de vista jurídico e social", acrescentou.

Cembranelli argumentou que, por ter alterado a cena do crime, o casal não está comprometido com o esclarecimento dos fatos. O casal é acusado de homicídio qualificado contra Isabella, com três agravantes - motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

Conforme Cembranelli, no inquérito, que conta com mais de 60 depoimentos, há provas contundentes de que, na noite do crime, houve "desentendimento bastante acalorado entre o casal" e, imediatamente depois, houve a agressão contra a menina.

O promotor confirmou que tanto Anna Carolina quanto Alexandre são responsáveis pela morte da menina. Segundo ele, provas periciais apontam que Anna Carolina asfixiou Isabella e Alexandre a jogou pela janela. O promotor afirmou ainda que a fraude processual é atribuída a ambos.

Próximos passos - O inquérito está nas mãos do juiz de direito, que terá um tempo de análise e depois irá se pronunciar quanto a uma ação penal e a um possível júri popular. "Estou absolutamente otimista quando a uma ação penal. Acredito, sim, num julgamento público, quando a sociedade poderá decidir quanto a culpa atribuída aos réus", informou o promotor.

Cembranelli expôs seu desejo de que a população tenha uma resposta até o final do ano, porém admitiu que uma sentença pode levar muito tempo."Estando eles soltos, não tenho dúvidas de que não teremos nenhum desfecho em quatro ou cinco anos", observou.

Pena - De acordo com Cembranelli, ainda é bastante prematuro falar em sanção, mas ele adiantou que a pena mínima para homicídio qualificado, conforme a lei, é de 12 anos de reclusão.

Protesto - Dez manifestantes vestidos de branco, com cartazes e fotos de Isabella Nardoni, aguardavam a chegada do promotor Francisco Cembranelli em frente ao prédio da Procuradoria Geral de Justiça no centro de São Paulo. Eles pediam que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá respondessem ao processo pela morte da menina na cadeia.

A vendedora Sandra Domingues, de 39 anos, uma das organizadoras da manifestação, disse que o objetivo era sensibilizar as autoridades para uma punição severa ao casal, que ela julga ser culpado. "A Isabella é como uma bandeira da violência contra todas as crianças no Brasil, por isso pedimos justiça", disse.

Os manifestantes se organizaram por meio de um site de relacionamento, em comunidade com 900 integrantes.

Defesa - Mesmo com seus clientes denunciados, os advogados de defesa do casal duvidam que o juiz Maurício Fossen, do Fórum de Santana, conceda a prisão preventiva dos acusados.

"Tanto não acreditamos nessa possibilidade que não impetramos um habeas-corpus preventivo", disse Ricardo Martins, um dos três defensores. "Não há motivos que ensejem a preventiva, assim como não havia na prisão provisória."

Por Diário Online
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