DATA DA PUBLICAÇÃO 01/05/2008 | Geral
Isabella: defesa aponta irregularidades no inquérito
Um dos advogados do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Marco Pólo Levorin, declarou, em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira, que houve falhas no trabalho da Polícia Civil na investigação do assassinato da menina Isabella, cinco anos, em 29 de março. Segundo Levorin, a defesa irá contratar um perito para esclarecer determinados aspectos dos laudos feitos pelo IC (Instituto de Criminalística) e pelo IML (Instituto Médico Legal).
O advogado afirmou que causou muita estranheza à defesa o fato do pedreiro de uma casa que fica aos fundos do Edifício London ter negado, em depoimento, que o imóvel havia sido arrombado - antes de falar à polícia, o pedreiro e mais duas pessoas haviam descrito o arrombamento em uma entrevista a Folha de S. Paulo.
Levorin também questionou a afirmação de que a tia de Isabella teria feito declarações comprometedoras acerca do irmão em um suposto bar onde estaria na noite do crime. Segundo ele, o fato foi negado veementemente por Cristiane, por testemunhas que estavam com ela, além de um garçon do estabelecimento ‘Engenho da Vila’, onde Cristiane realmente estava.
Por último, o advogado ressaltou que os laudos não confirmam que o sangue encontrado no carro de Alexandre era de Isabella, como a polícia havia dito no dia em que interrogou o pai da menina.
Corregedoria - Depois de adiarem por uma semana a entrega de uma representação na Corregedoria da Polícia Civil contra irregularidades no inquérito do caso Isabella, os advogados de defesa do casal disseram que ainda avaliam essa possibilidade.
"Pelo que veio à tona nos últimos dias, a representação ganha ainda mais força", afirmou o advogado Ricardo Martins. "Ela não está descartada", acrescentou.
Os defensores justificaram o adiamento pela necessidade de buscar argumentos para a reclamação e dizem episódios recentes serão acrescidos ao documento.
Prisão preventiva – Levorin afirmou que a defesa não acredita na prisão preventiva do casal. "Para se decretar uma prisão preventiva são indispensáveis vários requisitos que não se fazem presentes neste caso", argumentou.
O advogado ressalltou, porém, que caso o pai e a madrasta de Isabella tenham a prisão preventiva decretada, eles não hesitarão em se apresentar à Justiça e a defesa fará "nova impetração de uma ordem de hábeas corpus".
Terceira pessoa - Os defensores do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá insistiram na tese de que uma terceira pessoa entrou no apartamento da família e matou a menina Isabella.
Marco Polo Levorin levantou a hipótese de que uma pessoa estivesse no apartamento no momento em que Alexandre lá entrou com a filha no colo. Isabella, segundo Levorin, poderia ter reconhecido essa pessoa.
Os advogados negaram, no entanto, que tenham uma relação de suspeitos ou desafetos do pai da menina e destacaram que muitas pessoas, desde setembro (quando foram entregues as chaves do apartamento ao casal), tiveram acesso às chaves uma vez que o apartamento estava em reforma.
Levorin voltou a apontar falhas na segurança do Edifício London. Ele reafirmou que houve um arrombamento em um sobrado que está em construção, localizado atrás do prédio e se disse surpreso com a negativa do pedreiro que trabalhava na obra sobre o incidente. "Esse arrombamento foi confirmado por um mestre-de-obras e uma enfermeira que mora próximo ao local", contou. O advogado argumentou ainda que, no dia do crime, "muitas pessoas" entraram no edifício por uma porta lateral, sem passar pelo controle da portaria.
O advogado afirmou que causou muita estranheza à defesa o fato do pedreiro de uma casa que fica aos fundos do Edifício London ter negado, em depoimento, que o imóvel havia sido arrombado - antes de falar à polícia, o pedreiro e mais duas pessoas haviam descrito o arrombamento em uma entrevista a Folha de S. Paulo.
Levorin também questionou a afirmação de que a tia de Isabella teria feito declarações comprometedoras acerca do irmão em um suposto bar onde estaria na noite do crime. Segundo ele, o fato foi negado veementemente por Cristiane, por testemunhas que estavam com ela, além de um garçon do estabelecimento ‘Engenho da Vila’, onde Cristiane realmente estava.
Por último, o advogado ressaltou que os laudos não confirmam que o sangue encontrado no carro de Alexandre era de Isabella, como a polícia havia dito no dia em que interrogou o pai da menina.
Corregedoria - Depois de adiarem por uma semana a entrega de uma representação na Corregedoria da Polícia Civil contra irregularidades no inquérito do caso Isabella, os advogados de defesa do casal disseram que ainda avaliam essa possibilidade.
"Pelo que veio à tona nos últimos dias, a representação ganha ainda mais força", afirmou o advogado Ricardo Martins. "Ela não está descartada", acrescentou.
Os defensores justificaram o adiamento pela necessidade de buscar argumentos para a reclamação e dizem episódios recentes serão acrescidos ao documento.
Prisão preventiva – Levorin afirmou que a defesa não acredita na prisão preventiva do casal. "Para se decretar uma prisão preventiva são indispensáveis vários requisitos que não se fazem presentes neste caso", argumentou.
O advogado ressalltou, porém, que caso o pai e a madrasta de Isabella tenham a prisão preventiva decretada, eles não hesitarão em se apresentar à Justiça e a defesa fará "nova impetração de uma ordem de hábeas corpus".
Terceira pessoa - Os defensores do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá insistiram na tese de que uma terceira pessoa entrou no apartamento da família e matou a menina Isabella.
Marco Polo Levorin levantou a hipótese de que uma pessoa estivesse no apartamento no momento em que Alexandre lá entrou com a filha no colo. Isabella, segundo Levorin, poderia ter reconhecido essa pessoa.
Os advogados negaram, no entanto, que tenham uma relação de suspeitos ou desafetos do pai da menina e destacaram que muitas pessoas, desde setembro (quando foram entregues as chaves do apartamento ao casal), tiveram acesso às chaves uma vez que o apartamento estava em reforma.
Levorin voltou a apontar falhas na segurança do Edifício London. Ele reafirmou que houve um arrombamento em um sobrado que está em construção, localizado atrás do prédio e se disse surpreso com a negativa do pedreiro que trabalhava na obra sobre o incidente. "Esse arrombamento foi confirmado por um mestre-de-obras e uma enfermeira que mora próximo ao local", contou. O advogado argumentou ainda que, no dia do crime, "muitas pessoas" entraram no edifício por uma porta lateral, sem passar pelo controle da portaria.
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