DATA DA PUBLICAÇÃO 11/02/2009 | Internacional
Irã está pronto para dialogar com EUA, diz presidente
O presidente Mahmud Ahmadinejad declarou nesta terça-feira que o Irã está pronto para dialogar com os Estados Unidos em uma condição de igualdade e respeito mútuo, durante um discurso pelo 30º aniversário da Revolução Islâmica.
"O novo governo americano declarou que deseja a mudança e iniciar a abertura ao diálogo, mas a mudança deve ser fundamental, e não tática. O povo iraniano está disposto ao diálogo, mas dentro de um clima de igualdade e de respeito mútuo", afirmou Ahmadinejad diante de milhares de pessoas reunidas no centro de Teerã.
O presidente iraniano lançou, no entanto, uma advertência aos Estados Unidos. "O mundo não deseja a repetição do período negro do (ex-presidente George W.) Bush (...) Se procurarem repetir os mesmos métodos de novo, devem saber que seu destino será o que teve Bush", afirmou.
Na véspera, em sua primeira entrevista coletiva como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama declarou esperar por "aberturas" para o diálogo entre Washington e Teerã já nos próximos meses, "quando poderemos começar a sentar em uma mesa e conversar cara a cara".
"Acho que há uma chance, pelo menos, de um relacionamento de respeito mútuo e progresso", afirmou Obama. "Está na hora de o Irã enviar alguns sinais de que quer agir de maneira diferente".
Na noite de domingo, o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, disse que está disposto a negociar "sem condições prévias" sobre política nuclear com os EUA, desde que Washington apresente uma "oferta concreta", de acordo com uma entrevista ao jornal alemão "Süddeutsche Zeitung".
"É importante que, mesmo que nos relacionemos por meio da diplomacia direta, sejamos muito claros a respeito de profundas preocupações que temos enquanto país, que o Irã compreenda que nós achamos inaceitável o financiamento de organizações terroristas, e que sejamos claros quanto ao fato de que um Irã nuclear pode dar início a uma corrida armamentista na região que seria extremamente desestabilizadora", destacou Obama.
Durante o discurso de Ahmadinejad, os manifestantes exibiam cartazes com os tradicionais ataques do tipo "Morte à América" e "Morte a Israel".
Inúmeros manifestantes também exibiam uma faixa com a inscrição: "30 anos de liberdade e 30 anos de orgulho".
A televisão estatal difundiu imagens de manifestações idênticas ao longo do país para celebrar a vitória da revolução.
O presidente iraniano destacou ainda os inúmeros êxitos científicos e tecnológicos do país, em particular no domínio nuclear e o recente lançamento de um satélite ao espaço. "Eu declaro oficialmente que o Irã se tornou uma grande e verdadeira potência", afirmou.
A Revolução iraniana foi marcada pelo retorno do exílio, em 1º de fevereiro de 1979, do aiatolá Ruhollah Khomeiny, fundador da República Islâmica, e a queda do xá Reza Pahlev.
Khomeini voltou ao país convidado pelos líderes da revolução desencadeada contra o Xá e que rapidamente afastou os elementos mais moderados, criando uma república islâmica onde se tornou o líder supremo.
A vitória da revolução aconteceu no dia 10 de fevereiro de 1979.
Já o ex-presidente reformista Mohamma Khatami, candidato às eleições presidenciais de 12 de junho, foi vítima de uma tentativa de agressão durante as manifestações em Teerã, informou a página de sua fundação Baran na Internet.
Os agressores, armados com pedaços de pau, "quiseram atacar Khatami, mas as pessoas impediram".
"O novo governo americano declarou que deseja a mudança e iniciar a abertura ao diálogo, mas a mudança deve ser fundamental, e não tática. O povo iraniano está disposto ao diálogo, mas dentro de um clima de igualdade e de respeito mútuo", afirmou Ahmadinejad diante de milhares de pessoas reunidas no centro de Teerã.
O presidente iraniano lançou, no entanto, uma advertência aos Estados Unidos. "O mundo não deseja a repetição do período negro do (ex-presidente George W.) Bush (...) Se procurarem repetir os mesmos métodos de novo, devem saber que seu destino será o que teve Bush", afirmou.
Na véspera, em sua primeira entrevista coletiva como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama declarou esperar por "aberturas" para o diálogo entre Washington e Teerã já nos próximos meses, "quando poderemos começar a sentar em uma mesa e conversar cara a cara".
"Acho que há uma chance, pelo menos, de um relacionamento de respeito mútuo e progresso", afirmou Obama. "Está na hora de o Irã enviar alguns sinais de que quer agir de maneira diferente".
Na noite de domingo, o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, disse que está disposto a negociar "sem condições prévias" sobre política nuclear com os EUA, desde que Washington apresente uma "oferta concreta", de acordo com uma entrevista ao jornal alemão "Süddeutsche Zeitung".
"É importante que, mesmo que nos relacionemos por meio da diplomacia direta, sejamos muito claros a respeito de profundas preocupações que temos enquanto país, que o Irã compreenda que nós achamos inaceitável o financiamento de organizações terroristas, e que sejamos claros quanto ao fato de que um Irã nuclear pode dar início a uma corrida armamentista na região que seria extremamente desestabilizadora", destacou Obama.
Durante o discurso de Ahmadinejad, os manifestantes exibiam cartazes com os tradicionais ataques do tipo "Morte à América" e "Morte a Israel".
Inúmeros manifestantes também exibiam uma faixa com a inscrição: "30 anos de liberdade e 30 anos de orgulho".
A televisão estatal difundiu imagens de manifestações idênticas ao longo do país para celebrar a vitória da revolução.
O presidente iraniano destacou ainda os inúmeros êxitos científicos e tecnológicos do país, em particular no domínio nuclear e o recente lançamento de um satélite ao espaço. "Eu declaro oficialmente que o Irã se tornou uma grande e verdadeira potência", afirmou.
A Revolução iraniana foi marcada pelo retorno do exílio, em 1º de fevereiro de 1979, do aiatolá Ruhollah Khomeiny, fundador da República Islâmica, e a queda do xá Reza Pahlev.
Khomeini voltou ao país convidado pelos líderes da revolução desencadeada contra o Xá e que rapidamente afastou os elementos mais moderados, criando uma república islâmica onde se tornou o líder supremo.
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Já o ex-presidente reformista Mohamma Khatami, candidato às eleições presidenciais de 12 de junho, foi vítima de uma tentativa de agressão durante as manifestações em Teerã, informou a página de sua fundação Baran na Internet.
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