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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/04/2009 | Internacional
Irã condena jornalista iraniano-americana a oito anos de prisão
A jornalista iraniano-americana Roxana Saberi, julgada em Teerã por espionagem a favor dos Estados Unidos, foi condenada a oito anos de prisão, apesar dos pedidos de Washington por sua libertação. Agora, o advogado de defesa da mulher, Abdolsamad Joramshahi, tem 20 dias para apresentar uma apelação.

O pai da repórter denunciou que a filha foi enganada para que confessasse, em troca da promessa, não cumprida, de ser liberada. "Roxana nos disse que nada do que confessou era verdade, mas que a intimidaram e disseram que se cooperasse seria liberada", afirmou Reza Saberi, sem informar quando aconteceu a conversa com a filha.

O julgamento teve início na segunda-feira passada no tribunal revolucionário da capital, mas durou apenas um dia. "A jornalista foi autorizada a falar no tribunal para sua defesa", declarou na terça-feira o porta-voz do poder judiciário, Ali Reza Jamshidi.

A mulher, de 31 anos, nascida nos Estados Unidos, está detida desde o fim de janeiro na penitenciária de Evin, zona norte de Teerã. Roxana Saberi é cidadã americana e irananiana, mas o governo do Irã não reconhece o princípio de dupla cidadania.

A condenação foi anunciada apesar das iniciativas diplomáticas do presidente Barack Obama e da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em relação ao Irã.

Hillary informou no fim de março que uma delegação americana entregou a uma delegação iraniana uma carta com o pedido de libertação para três americanos detidos no Irã, incluindo Roxana Saberi, durante uma conferência sobre o Afeganistão em Haia.

O porta-voz da chancelaria iraniana, Hassan Ghashghavi, negou a existência de uma reunião e que a carta tenha sido entregue pelos americanos.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Robert Wood, afirmou no início da semana que as acusações contra a jornalista não tinham fundamento e que estava preocupado, já que para ele o julgamento não parecia transparente.

Os pais de Saberi, que vivem nos Estados Unidos, desembarcaram em Teerã na semana passada e pediram para visitar a filha pela primeira vez na prisão de Evin.

Depois da visita, o pai afirmou que a filha havia pensado em iniciar uma greve de fome, mas desistiu da ideia.

Segundo o procurador assistente de Teerã, Hassan Hadad, Roxana Saberi "não tinha credencial de imprensa e realizava atividades de espionagem sob a cobertura do jornalismo".

A jornalista, colaboradora da rádio pública americana NPR, da BBC britânica e do canal de televisão americano Fox News, foi detida inicialmente por comprar bebida alcoólica (vinho), o que é proibido na República Islâmica.

Ela mora no Irã desde 2003. As autoridades iranianas afirmaram que retiraram a credencial de imprensa dela em 2006.

Vários iraniano-americanos, fundamentalmente universitários radicados nos Estados Unidos, foram detidos no Irã nos últimos anos, acusados de atentar contra a segurança nacional. Mas nenhum deles foi julgado e todos conseguiram deixar o país.

Por Diário Online - AFP
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