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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/07/2014 | Veículos
IPI menor pode vender 5% a mais de veículos
IPI menor pode vender 5% a mais de veículos Pátios seguem lotados; sem redução de IPI, vendas seriam 10% menores no ano. Foto: Amanda Perobelli
Pátios seguem lotados; sem redução de IPI, vendas seriam 10% menores no ano. Foto: Amanda Perobelli
Revendas esperam elevar vendas no segundo semestre, mas menos no ano

As vendas no setor automotivo devem apresentar aumento de 5% nos próximos seis meses. Essa é a expectativa da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) após divulgar na tarde desta quarta-feira (02/07) a queda de 7,5% no número de emplacamentos no primeiro semestre no ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. As concessionárias venderam 1.662.903 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, 136 mil a menos que no período anterior.

De acordo com o presidente da entidade, Flávio Meneghetti, a expectativa de reversão é atribuída à manutenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido até dezembro, além da realização do Salão do Automóvel em outubro, que pode contar com mais 15 modelos novos no mercado.

“A decisão do governo federal [manter IPI reduzido] não melhora a situação, mas evita um desempenho ainda mais negativo da indústria, que poderia recuar tranquilamente 10% nas vendas no fechamento do ano caso essa medida não fosse adotada”, aponta o executivo.

Contadas à parte, as vendas do segmento de automóveis registraram 1.186.814 unidades no acumulado do ano, o que representa retração de 10,22% em relação ao mesmo período passado. O melhor desempenho ficou para a Fiat, seguida pela Volkswagen e General Motors. No caso dos caminhões as vendas recuaram 12,2% no mesmo período, com total de 65.296 unidades emplacadas nos primeiros seis meses do ano.

Para Meneghetti, os resultados não estão atendendo a previsão projetada para este ano, que foi revisada de 3,2% para 8% a menos em comparação ao fechamento do ano passado. Entre as atribuições para o atual cenário, a principal é a restrição ao crédito pelos bancos. “Estamos trabalhando com o governo federal para revisar a legislação e beneficiar os bons pagadores, sem que haja tanta restrição e a roda da economia gire”, disse o dirigente.

Também ajudaram a derrubar as vendas a Copa do Mundo, que afastou os consumidores das lojas, a antecipação de compra de cerca de 300 mil veículos no ano passado com o anúncio de aumento do IPI e incremento de tecnologia aos novos modelos (airbag e freios ABS) que encareceram os modelos.

Menor produção de veículos afeta setor industrial - A queda na produção de veículos (caminhões inclusos) mexeu para baixo em diversos setores industriais, afirmou André Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A produção de veículos recuou 3,9% em maio, na comparação com abril, conforme pesquisa do Instituto apresentada nesta quarta-feira (02/07). Foi o terceiro mês consecutivo de queda do setor, que acumulou baixa de 10,8% no período.

O IBGE concorda com o diagnóstico da Fenabrave sobre restrição do crédito e antecipação de compra e encarecimento por tecnologia. Já a fabricação de caminhões, acrescenta Macedo, enfrenta problemas de exportação e menor disposição de investimento dos frotistas.

Para ele, o resultado do setor de veículos é muito importante pelo peso que este tem na indústria em geral. “O setor representa cerca de 10% da indústria nacional. Apenas os automóveis representam 52% dos bens duráveis. O setor de transportes, em bens de capital, tem peso de 30%, sendo o caminhão seu principal componente”, enfatizou.

Metalúrgicos pedem mais medidas - A manutenção das atuais alíquotas (reduzidas) do Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, para carros, anunciada pelo governo federal, deveriam estar associadas a medidas que tornem a indústria automotiva mais robusta. “A prorrogação do IPI por si só não resolve a situação do setor”, diagnosticou Wagner Santana, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Para ele, o reaquecimento da indústria automotiva pode acontecer se as medidas que os metalúrgicos reivindicam há algum tempo também forem adotadas.

“O programa de renovação de frota de caminhões e ônibus; a regulamentação que ainda falta ao novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, para garantir a utilização de peças nacionais; o programa de incentivos para as autopeças, o Inovar-Peças; e o Sistema de Proteção ao Emprego são as nossas principais propostas”, destacou o dirigente.

“Nosso foco é manter postos de trabalho, o crescimento e o fortalecimento da categoria, com uma indústria estruturada para absorver trabalhadores cada vez mais qualificados”, afirmou.

O imposto dos carros vai ficar entre 3% e 25%, dependendo do motor, até o fim do ano. “Essa medida contribui para as nossas expectativas para um segundo semestre melhor este ano”, concluiu o dirigente.

O novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, estabelece estímulos fiscais à produção de carros e a nacionalização de autopeças, porém não definiu ainda normas de fiscalização para o conteúdo nacional nas peças utilizadas pelas montadoras.

O Sindicato defende programa semelhante para as autopeças e a renovação de frota de caminhões e ônibus (em análise pelo governo) e, por fim, o Sistema de Proteção ao Emprego, inspirado em experiência alemã, que desde o final da segunda guerra mundial adota um fundo que garante os postos de trabalho durante períodos de baixa na produção industrial.

Por Iara Voros - ABCD Maior
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