DATA DA PUBLICAÇÃO 20/08/2013 | Cidade
Intervenção impede evolução de caso de tétano acidental no Hospital Nardini
Adolescente de 19 anos foi curado após identificação dos primeiros sintomas
Quem sofre acidentes de trânsito ou de trabalho com objetos perfurocortantes precisa estar atento a vários sintomas que podem ser associados ao tétano acidental. A doença, causada pela toxina do bacilo tetânico (Clostridium tetani) e não contagiosa, entra no organismo por meio de ferimentos, pode causar insuficiência respiratória e levar à morte em poucas horas.
Tão importante quanto o próprio paciente estar atento às informações de prevenção, é fundamental que médicos e enfermeiros liguem o alerta quanto à aparição da doença, já que o tétano não é comumente diagnosticado.
Os acidentes que demandam mais atenção são os que envolvem fratura exposta, caso do morador de Ribeirão Pires D.E.A.M, de 19 anos. O paciente deu entrada recentemente no Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, em Mauá, após sofrer acidente envolvendo moto e carro. O jovem apresentou fratura exposta no tornozelo direito e precisou de cirurgia para correção da tíbia e da fíbula com colocação de fixador externo. Um dia após a cirurgia, enquanto estava internado para recuperação, começou a apresentar rigidez mandibular e espasmos musculares – sintomas típicos da doença. “Quando ele saiu do banho percebi que estava tremendo e não tinha controle sobre os movimentos, mas não apresentava febre. Acalmamos a mãe dele e fomos verificar o que podia ser”, disse a enfermeira da clínica cirúrgica Lucimara da Silva, que acompanhou a evolução do caso.
Vinte minutos depois a temperatura do paciente, que era de 36,5°C, saltou para 40ºC. O adolescente foi medicado e a profissional consultou o ortopedista de plantão sobre a possibilidade de contágio por tétano. “Foi a primeira vez que lidei com essa situação, mas lembrei dos sintomas e resolvi tirar a dúvida.” A funcionária, então, consultou o NUVE (Núcleo de Vigilância Epidemiológica), coordenado pela enfermeira Sandra Barbosa de Andrade, que confirmou a suspeita: “Tudo indicava o contágio”.
No mesmo dia, o paciente, que havia declarado não ter tomado o reforço da vacina aos 15 anos, recebeu nova dose para imunização e permaneceu sob observação por duas horas. No dia seguinte, recebeu alta e todos os sintomas desapareceram. “Foi fundamental termos agido rapidamente, caso contrário os sintomas teriam se agravado”, conta Lucimara. O caso de tétano acidental já foi confirmado pelo departamento de Vigilância Epidemiológica de Mauá.
Entre os principais sintomas da doença, que causa grave infecção, estão a tensão muscular progressiva, rigidez da nuca e do abdômen e dificuldade de deglutição.
PREVENÇÃO FUNDAMENTAL
Casos semelhantes não surgem no hospital desde 2011. A incidência da doença é baixa, mas é preciso manter cuidados com prevenção. É importante que o esquema vacinal seja realizado com três doses e uma dose de reforço a cada 10 anos a partir da última dose. A vacina está disponível, gratuitamente, nos serviços públicos de saúde. Os soros antitetânicos e doses de reforço da vacina são armazenados em câmara especializada com temperatura entre 2 e 8ºC.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, as notificações por tétano acidental despencaram de 1.548 em 1990 para 300 no ano passado em todo Brasil. A redução de óbitos foi de 261 para 104 no mesmo período. A maioria dos casos ocorreu na Região Norte. Este ano, até abril, foram confirmadas oito mortes no país.
INFORMAÇÕES À POPULAÇÃO
- Como se transmite?
A doença não é transmitida de pessoa a pessoa. Geralmente, ocorre pela contaminação de um ferimento da pele ou mucosa com os esporos do bacilo.
- O que fazer quando se acidentar e tiver uma lesão na pele?
Sempre que houver lesão da pele ou mucosa, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e procurar o serviço de saúde para avaliar a necessidade de utilização de vacina ou soro. Se apresentar um dos sinais e sintomas característicos da doença, procure ajuda médica. Lembre-se de comunicar o que causou a lesão.
- Como tratar?
Sempre em unidade hospitalar, devido à gravidade da doença, das complicações e a necessidade de uma equipe treinada para assistência.
- Como se prevenir?
O tétano acidental é uma doença imunoprevenível. O meio mais eficaz de proteção é a vacina antitetânica.
Quem sofre acidentes de trânsito ou de trabalho com objetos perfurocortantes precisa estar atento a vários sintomas que podem ser associados ao tétano acidental. A doença, causada pela toxina do bacilo tetânico (Clostridium tetani) e não contagiosa, entra no organismo por meio de ferimentos, pode causar insuficiência respiratória e levar à morte em poucas horas.
Tão importante quanto o próprio paciente estar atento às informações de prevenção, é fundamental que médicos e enfermeiros liguem o alerta quanto à aparição da doença, já que o tétano não é comumente diagnosticado.
Os acidentes que demandam mais atenção são os que envolvem fratura exposta, caso do morador de Ribeirão Pires D.E.A.M, de 19 anos. O paciente deu entrada recentemente no Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, em Mauá, após sofrer acidente envolvendo moto e carro. O jovem apresentou fratura exposta no tornozelo direito e precisou de cirurgia para correção da tíbia e da fíbula com colocação de fixador externo. Um dia após a cirurgia, enquanto estava internado para recuperação, começou a apresentar rigidez mandibular e espasmos musculares – sintomas típicos da doença. “Quando ele saiu do banho percebi que estava tremendo e não tinha controle sobre os movimentos, mas não apresentava febre. Acalmamos a mãe dele e fomos verificar o que podia ser”, disse a enfermeira da clínica cirúrgica Lucimara da Silva, que acompanhou a evolução do caso.
Vinte minutos depois a temperatura do paciente, que era de 36,5°C, saltou para 40ºC. O adolescente foi medicado e a profissional consultou o ortopedista de plantão sobre a possibilidade de contágio por tétano. “Foi a primeira vez que lidei com essa situação, mas lembrei dos sintomas e resolvi tirar a dúvida.” A funcionária, então, consultou o NUVE (Núcleo de Vigilância Epidemiológica), coordenado pela enfermeira Sandra Barbosa de Andrade, que confirmou a suspeita: “Tudo indicava o contágio”.
No mesmo dia, o paciente, que havia declarado não ter tomado o reforço da vacina aos 15 anos, recebeu nova dose para imunização e permaneceu sob observação por duas horas. No dia seguinte, recebeu alta e todos os sintomas desapareceram. “Foi fundamental termos agido rapidamente, caso contrário os sintomas teriam se agravado”, conta Lucimara. O caso de tétano acidental já foi confirmado pelo departamento de Vigilância Epidemiológica de Mauá.
Entre os principais sintomas da doença, que causa grave infecção, estão a tensão muscular progressiva, rigidez da nuca e do abdômen e dificuldade de deglutição.
PREVENÇÃO FUNDAMENTAL
Casos semelhantes não surgem no hospital desde 2011. A incidência da doença é baixa, mas é preciso manter cuidados com prevenção. É importante que o esquema vacinal seja realizado com três doses e uma dose de reforço a cada 10 anos a partir da última dose. A vacina está disponível, gratuitamente, nos serviços públicos de saúde. Os soros antitetânicos e doses de reforço da vacina são armazenados em câmara especializada com temperatura entre 2 e 8ºC.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, as notificações por tétano acidental despencaram de 1.548 em 1990 para 300 no ano passado em todo Brasil. A redução de óbitos foi de 261 para 104 no mesmo período. A maioria dos casos ocorreu na Região Norte. Este ano, até abril, foram confirmadas oito mortes no país.
INFORMAÇÕES À POPULAÇÃO
- Como se transmite?
A doença não é transmitida de pessoa a pessoa. Geralmente, ocorre pela contaminação de um ferimento da pele ou mucosa com os esporos do bacilo.
- O que fazer quando se acidentar e tiver uma lesão na pele?
Sempre que houver lesão da pele ou mucosa, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e procurar o serviço de saúde para avaliar a necessidade de utilização de vacina ou soro. Se apresentar um dos sinais e sintomas característicos da doença, procure ajuda médica. Lembre-se de comunicar o que causou a lesão.
- Como tratar?
Sempre em unidade hospitalar, devido à gravidade da doença, das complicações e a necessidade de uma equipe treinada para assistência.
- Como se prevenir?
O tétano acidental é uma doença imunoprevenível. O meio mais eficaz de proteção é a vacina antitetânica.
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