NOTÍCIA ANTERIOR
Antes da posse, novo ministro do MEC diz que teve ''semana intensa''
PRÓXIMA NOTÍCIA
Alunos da Fundação Santo André reclamam da falta de segurança
DATA DA PUBLICAÇÃO 08/04/2015 | Educação
Internet faz pessoas se acharem mais inteligentes do que são, diz estudo
Depois de buscas na rede, pessoas superestimam o próprio conhecimento.

Há confusão entre conhecimento real e o que se pode buscar na internet.


A possibilidade de pesquisar na internet leva as pessoas a pensarem que têm mais conhecimentos do que de fato possuem. Uma série de experimentos feitos por pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, mostrou que, depois de um tempo de buscas na internet sobre determinado tema, voluntários tendem a superestimar seu conhecimento sobre outros assuntos.

Os resultados do estudo foram publicados no fim de março em um artigo no “Journal of Experimental Psychology: General”. Para os pesquisadores, as pessoas confundem o conhecimento que elas realmente têm com o conhecimento que podem acessar quando estão online.

Para testar essa hipótese, foram feitos nove experimentos com voluntários americanos. Um deles pediu para que um grupo de participantes buscasse na internet a resposta para várias perguntas. Para um segundo grupo, não foi dada a possibilidade de usar a internet nesta parte do teste.

Uma segunda etapa do experimento solicitou que os dois grupos avaliassem sua capacidade de responder por conta própria outras questões, não relacionadas com os primeiros temas. O grupo que pôde acessar a internet no começo foi muito mais otimista ao medir seus próprios conhecimentos sobre o assunto em comparação ao grupo que não teve acesso à internet.

"A internet é um recurso maravilhoso que torna o aprendizado sobre o mundo mais fácil de várias maneiras", disse ao G1, em entrevista por e-mail, o pesquisador Matthew Fisher, estudante de PhD de Yale e principal autor do estudo. "Isso pode ter um preço inerente, no entanto. Nossos resultados sugerem que as pessoas estão falhando em distinguir onde seu conhecimento acaba e onde começa o conhecimento externo."

Inteligência superestimada
A série de testes mostrou que os participantes que tiveram acesso à internet superestimaram sua capacidade de responder às questões propostas mesmo quando elas eram tão difíceis que as respostas não puderam ser encontradas na internet.

“Os efeitos cognitivos de ‘estar no modo pesquisa’ na internet podem ser tão poderosos que as pessoas ainda se sentem mais espertas mesmo quando suas pesquisas online não revelam nada", diz o professor de psicologia Frank Keil, um dos autores do estudo.

Na conclusão do artigo, os pesquisadores afirmam que "ao situar erroneamente o conhecimento externo dentro das próprias cabeças, as pessoas podem involuntariamente exagerar sobre quanto trabalho intelectual conseguem desempenhar em situações em que estão de fato por conta própria".

Por Mariana Lenharo - G1, em São Paulo
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Educação
21/09/2018 | Ensino superior cresce no País, mas graças à modalidade a distância
19/09/2018 | Em crise financeira, UFABC tenta definir objetivos para 2019
18/09/2018 | Cidade francesa muda pátio de pré-escola para favorecer a igualdade de gênero
As mais lidas de Educação
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7709 dias no ar.