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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/09/2009 | Economia
Internet elétrica será vendida neste ano
A internet elétrica deve virar realidade em São Paulo ainda neste ano. Enquanto as agências reguladoras analisavam como e quando o acesso à web pela tomada poderia ser feito, as empresas de energia faziam experiências. A Aneel (Agência Nacional e Energia Elétrica) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) acabam de dar o sinal verde para as operadoras começarem a trabalhar o produto.

"Todas as distribuidoras de energia já estão autorizadas", afirma Paulo Henrique Silvestre, superintendente de regulação da distribuição da Aneel. "O regulamento permite que o aluguel dos fios seja feito, desde que não haja prejuízo de qualidade para o consumidor."

A Anatel é responsável pela fiscalização das provedoras de internet, incluindo a questão de velocidade fornecida e preço ao consumidor. Cabe à Aneel as regras para não criar concorrência das empresas do setor de energia com as empresas de telecomunicações.

As distribuidoras de eletricidade não podem prestar o serviço diretamente, mas podem alugar a infraestrutura para operadoras de internet. Se houver uma empresa de telecomunicações do mesmo grupo que a distribuidora, ela pode oferecer a internet. Mas, para que não seja dada preferência, a Aneel exige que a distribuidora divulgue amplamente no mercado, por três dias consecutivos em jornais de grande circulação, que abrirá concorrência para a locação de sua rede às operadoras interessadas.

Na internet tradicional, os fios de telefonia são condutores das informações para acesso à internet. Na nova opção, os fios elétricos são os condutores e também precisam de modem para captar o sinal da rede e converter dados, imagens e voz. A grande vantagem é a capilaridade - hoje 65% dos lares brasileiros utilizam energia elétrica -, o que pode ampliar em muito o acesso do País à banda larga.

Agora que as regras foram definidas, as operadoras começam a avaliar a viabilidade comercial do serviço. Segundo a Anatel, nenhuma empresa se habilitou ainda, mas o grupo AES Eletropaulo já demonstrou interesse, através da Eletropaulo Telecom. A empresa solicitou licença temporária à Anatel e, ao fim de 2007, começou a fazer testes de fornecimento de internet banda larga pela rede elétrica.

Segundo Nicolas Maheroudis, diretor de projetos BPL (Broadband over Power Lines, banda larga por linhas de energia) da Eletropaulo Telecom, o fornecimento tem sido feito para 150 apartamentos em Moema, na Capital paulista, o que já representou um investimento de R$ 20 milhões em 2007 e 2008.

"Ainda em 2009, queremos estender esse atendimento aos bairros Cerqueira César e Pinheiros. O mapa inicial para comercializar o serviço é de 300 prédios, universo de 15 mil apartamentos", conta Maheroudis. A Eletropaulo não vai criar um provedor próprio, mas atuará com parceiros para a oferta de internet das marcas já existentes, como Vírtua e Speedy.

Outras empresas podem demorar um pouco mais a oferecer o serviço, ou mesmo optar por não incluí-lo na carteira. A CPFL Energia, por exemplo, não demonstra interesse, no momento, em explorar a internet banda larga pela rede elétrica.

Por Maria Luíza Filgueiras - Diário do Grande ABC
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