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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/01/2008 | Informática
Internautas marcam protesto em SP contra proibição do Counter Strike
Blogueiros marcaram para o próximo sábado (2) uma manifestação em São Paulo contra a medida judicial que proibiu a venda dos jogos Counter Strike e EverQuest no Brasil. O evento está previsto para ocorrer no vão do livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), localizado na avenida Paulista, às 11h. O objetivo dos manifestantes é fazer com que a decisão seja revertida.

A venda dos jogos Counter Strike e EverQuest foi proibida em todo território nacional. A decisão foi tomada por um juiz da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais em outubro e começou a ser cumprida em meados de janeiro, em Goiás, pelo Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).

Reprodução

De acordo com o juiz, os jogos "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o Estado democrático e de direito e contra a segurança pública, impondo sua proibição e retirada do mercado".

Na últim terça-feira (22), atendendo a decisão judicial, a distribuidora EA (Electronic Arts) suspendeu as vendas no Brasil das versões Counter Strike Source e Counter Strike Anthology. O EverQuest não é comercializado oficialmente no Brasil.

Liberdade

Em um manifesto que circula na rede, disponível no blog Liberdade Gamer, internautas classificam a decisão do juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz como "arbitrária", e que "visa tirar a sua liberdade de escolha".

"Alegam que esses jogos são nefastos e podem causar danos a crianças e adolescentes, mas atroz mesmo é tirar dos pais o poder de decidir o que é melhor para os seus filhos e quando. Alegam que os jogos fazem mal e, portanto, devem ser retirados do mercado. E quanto ao cigarro? E quanto à bebida? E quanto à venda de armas de fogo, não pudemos votar em plebiscito se teríamos ou não esse direito?", afirma o manifesto.

Pacífico

Diante desses argumentos, os blogueiros pedem que as pessoas participem do "manifesto pacífico contra proibição de jogos, o manifesto pela liberdade gamer", chamando inclusive pais e responsáveis para o "ato de cidadania pró-democracia".

"Queremos que as pessoas entendam o nosso lado. Como cidadãos temos o direito de decidir sobre o que nós compramos", afirma um dos organizadores do evento, o blogueiro Gustavo Lanzetta, que tem 17 anos --idade inferior à classificação etária estabelecida para o jogo (18 anos).

De acordo com o texto, o manifestante que desejar pode levar placas ou ir vestido "a caráter" --uma camiseta com o símbolo do CS ou do EverQuest ou qualquer tipo de roupa que lembre os games.

Apesar de a medida proibir apenas a venda dos jogos --o que não exige que as lan houses os deletem--, Lanzetta considera que a medida prejudica os jogadores. "Já deu resultado. A EA [Electronic Arts, distribuidora do CS] já tirou das lojas. Tem como as pessoas comprarem, mas não é bom que elas comprem por meio não tão legais, que o governo não sabe que existem", afirma.

Os jogos

O Counter Strike surgiu como "filhote" de outro game, o Half-Life, no final da década de 90. Sua trama divide os jogadores em equipes. É preciso eliminar os adversários à bala.

Apesar de ser menos conhecido, EverQuest é considerado um clássico. Nos moldes do RPG ("role playing game"), o jogo on-line se passa num mundo fictício com ares de Idade Média. Para os jogadores, esses games servem também como ponto de encontro, numa espécie de rede de relacionamentos com disputas.

Por Felipe Maia - Folha Online
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