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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/04/2011 | Educação
Interior de SP concentra escolas estaduais com bom nível
As poucas escolas estaduais paulistas com bom nível de ensino estão fora da capital, aponta exame do próprio governo.

Entre os mais de 3.500 colégios com nono ano do ensino fundamental, apenas cinco estão no patamar considerado ideal pela Secretaria da Educação, com nível de países como a Finlândia (líder de rankings internacionais). Todos estão no interior.

No ensino médio, quatro escolas atingiram o nível ideal, nenhuma na capital. A cidade também fica fora se considerado o grupo de 20 melhores escolas do Estado em cada nível.

Os dados estão em levantamento da Folha, com base no desempenho dos colégios no Idesp, índice oficial que considera a atuação dos alunos em exames de português e matemática, além da quantidade de aprovados.

A meta é que até 2030 a rede seja equivalente aos países desenvolvidos, objetivo já alcançado pela escola Rizzieri Poletti, em Cândido Rodrigues (352 km da capital).

Para a vice-diretora Vera Maria Momesso, turmas pequenas, com até 30 alunos, são um dos seus pontos fortes. "Falam que a escola é como se fosse particular."

Surpresa

Professora da Faculdade de Educação da PUC-SP, Neide Noffs se disse surpresa com o desempenho da capital. "Mas percebo que no interior há melhor acompanhamento da educação, até por serem cidades menores."

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) diz que ainda analisa os dados. Segundo a pasta da Educação, o que já está definido é a necessidade de ampliar o número de professores concursados.

Hoje, quase metade do corpo docente não é efetivo, o que aumenta a rotatividade, problema agudo na capital. O governo nomeou neste ano 9.000 docentes e promete chamar mais 25 mil.

Menos bônus

Com os novos efetivos, o governo espera reverter a queda das notas dos alunos do final do fundamental e do médio, situação antecipada pela Folha no mês passado. Devido aos recuos, a proporção de escolas que receberam bônus por desempenho caiu de 90% para 75%, assim como o valor gasto (R$ 655 milhões para R$ 340 milhões).

O pagamento é proporcional à nota no Idesp. Quem atinge a meta pode receber até 2,4 salários adicionais.

A Apeoesp (sindicato dos docentes) protestou. "Milhares estão indignados com os valores irrisórios. Há casos de profissionais que receberão R$ 0,48. É a gota-d'água."

Colaboraram ANDRESSA TAFFAREL, MARINA MESQUITA, PAOLA CARVALHO, VANESSA CORRÊA DA SILVA e ARARIPE CASTILHO

Por Fábio Takahashi e André Monteiro - Folha Online, São Paulo
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