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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/04/2010 | Cidade
Instituto Henfil investe em cultura e realiza documentário sobre a vida de Betinho em Mauá
Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil, anunciou durante a semana os novos projetos que estão sendo desenvolvidos pelo instituto para valorizar e ampliar o acesso dos seus alunos à cultura.

O primeiro deles é a implantação de um minicentro cultural que funcionará junto à Unidade Tatuapé, em São Paulo, e que disponibilizará vídeos de arte para alunos dos cursos oferecidos pelo Henfil. A videoteca reunirá filmes que são considerados por cinéfilos e pela crítica especializada, como filmes de arte. São filmes que dificilmente são encontrados nas locadoras comerciais. O objetivo central do Instituto Henfil é reunir uma grande coleção desses filmes de arte e garantir o acesso a este acervo para todos os seus alunos.

Além da implantação da videoteca cultural, o Instituto Henfil está financiando e produzindo a realização de um documentário sobre a vida de Betinho, o mais famoso dos irmãos de Henfil, que durante alguns anos, durante a ditadura militar, morou em Mauá para realizar trabalho de base junto aos trabalhadores do ABC.

Herbert José de Souza, o Betinho, nasceu em Bocaiuva, uma pequena cidade nas proximidades de Montes Claros, norte de Minas Gerais. Junto com seus dois irmãos, o cartunista Henfil e o músico Chico Mário, herdou a hemofilia por transmissão genética. Betinho e seus irmãos foram criados em ambientes inusitados, como penitenciária e funerária, onde o pai trabalhava. Durante sua formação sofreu grande influência dos padres dominicanos. Por conta dessa influência, Betinho integrou a Juventude Estudantil Católica (JEC), depois a Juventude Universitária Católica (JUC) e foi um dos fundadores da Ação Popular (AP), um dos mais expressivos grupos políticos de oposição ao regime militar durante os anos 60 e 70.

Betinho formou em Sociologia e foi assessor do Ministério da Educação e Cultura durante o governo João Goulart, de 1962 até o golpe de 1964. A partir de então, Betinho mobilizou-se na luta contra a ditadura militar sem nunca esquecer as causas sociais. Nesse período, já na clandestinidade, transferiu-se para a cidade de Mauá para realizar trabalhos de base junto aos trabalhadores do parque industrial do ABC. Em 1971, Betinho foi exilado e depois, no final dos anos 90, poucos anos antes de sua morte, notabilizou-se como proponente e coordenador da Ação Brasileira Contra a Fome, a mais importante iniciativa de mobilização da sociedade contra a fome e as desigualdades sociais no Brasil.
Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil, disse que a iniciativa de produzir o documentário tem o objetivo de resgatar essa trajetória do Betinho. “Além de levar esses fatos ao conhecimento do grande público, pretendemos dar projeção ao município de Mauá e prestar uma homenagem a este grande brasileiro”, disse Mateus Prado. Prado informou também, que o documentário sobre a passagem de Betinho em Mauá será o primeiro de uma série de documentários que serão produzidos para documentar e resgatar o trabalho de pessoas que deram importantes contribuições ao desenvolvimento do ABC paulista.

Por Renato Eliseu
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