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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/01/2018 | Setecidades
Instituto descarta febre amarela como causa da morte de pedreiro
Instituto descarta febre amarela como causa da morte de pedreiro Munícipe de Santo André, Eli José de Oliveira Silva, 56, morreu no dia 14, no Hospital Bartira. Foto: Celso Luiz/DGABC
Munícipe de Santo André, Eli José de Oliveira Silva, 56, morreu no dia 14, no Hospital Bartira. Foto: Celso Luiz/DGABC
Laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, descartou a febre amarela como causa da morte do pedreiro Eli José de Oliveira Silva, 56 anos. A informação foi confirmada ontem pela Prefeitura de Santo André durante lançamento de campanha de vacinação para prevenção da doença.

Morador de Santo André, o pedreiro morreu no dia 14, no Hospital Bartira, localizado na mesma cidade, onde profissionais de Saúde haviam cogitado diagnóstico de febre amarela no paciente. A suspeita era a de que o vírus teria sido contraído durante viagem ao município de Dourados, no Mato Grosso do Sul, entre os dias 23 de dezembro e 6 de janeiro, quando foi pescar com a mulher e o sobrinho em área de mata fechada. Nenhum dos três havia tomado a vacina.

Embora o atestado de óbito alegasse que a morte foi decorrente de infarto agudo e ruptura de parede do miocárdio (coração), médicos da unidade de Saúde chegaram a colher exame de sangue do paciente após o óbito para investigar se a vítima estava com a doença. No entanto, laudo divulgado ontem, pelo Instituto Adolfo Lutz, descartou a presença do vírus.

Até o momento, 81 casos autóctones de febre amarela silvestre foram confirmados no Estado, nenhum deles em municípios do Grande ABC. Destes, 36 evoluíram para óbito.

Com a finalidade de proteger a população preventivamente do vírus, municípios da região iniciam na quinta-feira campanha de vacinação contra a febre amarela. A meta é imunizar, até 17 de fevereiro, 2,3 milhões de moradores – o equivalente a 84,7% da população total do Grande ABC. Durante a campanha, todas as 130 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região funcionarão das 8h às 17h.

CAMPANHA

Com o slogan Não Vacile. Vacine-se! Quem tem o Brasão Amarelo no Peito Não Tem a Amarela no Sangue, a Prefeitura de Santo André apresentou, ontem, as diretrizes que irão reger a campanha de vacinação contra a febre amarela. A imunização será oferecida, a partir do dia 25, em todas as 27 unidades básicas de Saúde da cidade, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

“A cidade já recebe a partir de quarta-feira (amanhã) o primeiro lote de 150 mil vacinas e um segundo lote, posterior a este, que possibilitará vacinar o município inteiro”, explicou o prefeito Paulo Serra (PSDB).

Na tentativa de contemplar moradores que trabalham durante a semana, a Prefeitura realiza, já no sábado, o primeiro mutirão da campanha. Além desta data, os dias 3 e 17 de fevereiro também terão vacinação em todos os postos de Saúde espalhados pela cidade.

O secretário de Saúde, Márcio Chaves, sinalizou ainda a possibilidade de priorizar as pessoas que vão viajar para área de risco. “Estamos pensando em reservar uma de nossas unidades, provavelmente a do Centro, para atendimento daqueles que precisam tomar a vacina o quanto antes.”

Moradores de áreas próximas à Represa Billings também terão atenção especial. Para isso, agentes de Saúde farão divulgação da campanha porta a porta.

Prevenção ao Aedes aegypti deve ser mantida

Embora o risco de registro da febre amarela urbana seja pequeno, moradores da região devem redobrar os cuidados com o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus nas cidades. O alerta é feito pelo imunologista e professor de Saúde Pública da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Jan Carlo Delorenzi.

“O ressurgimento da transmissão urbana, ou seja, por mosquitos que vivem na cidade, que é o caso do Aedes, depende muito da prevenção feita pela população. Por isso é importante que moradores evitem a proliferação do mosquito não deixando água parada, dentre outras tarefas”, enfatiza Delorenzi.

De acordo com o especialista, desde 1942 não existem casos da febre amarela urbana no Brasil. No entanto, a prevenção deve ser mantida pela população.

Atualmente, municípios do Estado vivem um surto da febre amarela silvestre, ou seja, aquele vírus que é transmitido por meio da picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. “A vacinação é a principal medida de prevenção para o vírus. Além disso, é importante salientar que o vírus não é transmitido por macacos”, afirma Delorenzi.

AÇÃO CONJUNTA

Secretários de Saúde da região devem se reunir hoje na sede do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC para debater possível ação conjunta durante a realização da campanha de vacina contra a febre amarela, que começa na quinta-feira.

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
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