DATA DA PUBLICAÇÃO 02/08/2009 | Turismo
Inspiradora Colônia de Sacramento
A cidade de Colônia do Sacramento, a 177 quilômetros de Montevidéu, é um lugar encantador, inspirador. Compensa reservar um dia inteiro da viagem para conhecer este Patrimônio Cultural da Humanidade, que, como o próprio nome diz, tem todo um estilo colonial com suas charmosas e arborizadas ruas de paralelepípedos.
O passeio, que dura oito horas, pode ser comprado no hotel por US$ 55 (cerca de R$ 104). A Rota 1 leva o visitante até a cidadezinha. Pouco tempo após sair da capital, a paisagem muda. Os prédios dão lugar às fazendas. Tudo parece ser ainda mais calmo. No meio do caminho, uma parada em Flores, onde todas as casas levam o brasão das famílias.
Outra parada obrigatória é na Granja Arenas, estabelecimento de Emilio Arena, o maior colecionador de lápis do mundo, com 10 mil unidades - incluindo uma peça de Itu, cidade do interior de São Paulo. Lá é possível conhecer de perto a coleção de lápis e outras tantas, como chaveiros, latas de refrigerante, perfumes, cinzeiros e cartões telefônicos.
O próprio Emilio Arena, 64 anos, recebe os visitantes e faz questão de explicar a sua paixão por coleções. "Ver a alegria de uma criança com um lápis na mão é indescritível. A vida se escreve com lápis, por isso tenho tantos", divaga.
No final do passeio, é possível ainda experimentar dezenas de geléias dos mais variados sabores, inclusive de tomate e cebola - os quais não recomendo.
Continuando na Rota 1, logo avista-se a cidade de Colônia do Sacramento, com cerca de 26 mil habitantes. O local, banhado pelo Rio da Prata, foi disputado por espanhóis e portugueses que deixaram suas marcas por toda a arquitetura do local no século 17. Foi considerada a maçã da discórdia por muitos anos.
A paisagem e a tranquilidade do povo da cidade me fez sentir como se vivesse no século 17. Parei para observar o pequeno porto, que ainda tem um farol, belo e antigo. Perdi o horário ao som das marolas do Rio da Prata. Aliás, é possível pegar uma barca dali para visitar Buenos Aires, capital da Argentina. São viagens de 45 minutos a três horas, dependendo da tarifa escolhida.
Optei por aproveitar Colônia e andei por todas as ruas da cidade. Conheci a Igreja Matriz, mais antiga do Uruguai, e passei pelo cartão-postal Calle de los Suspiros. Há muitas lendas sobre o nome desta rua. Uma delas diz que havia ali um bordel famoso, cujas moças arrancavam suspiros dos homens que passavam. Outra diz que era para esta rua que os militares levavam os condenados a morte para que, quando a maré do Rio da Prata subisse, eles se afogassem.
Na hora do almoço, um som de sax me chamou a atenção e entrei no restaurante Anjo Negro, onde comi novilho com batatas acompanhado por vinho tinto e patê de guacamole. Tudo saiu por 460 pesos (R$ 46).
Antes de voltar para Montevidéu, parei para ver o pôr-do-sol, um dos mais lindos que presenciei. Colônia do Sacramento é uma ótima opção para casais apaixonados ou para lembrar de uma paixão que está longe. É realmente inspiradora...
O passeio, que dura oito horas, pode ser comprado no hotel por US$ 55 (cerca de R$ 104). A Rota 1 leva o visitante até a cidadezinha. Pouco tempo após sair da capital, a paisagem muda. Os prédios dão lugar às fazendas. Tudo parece ser ainda mais calmo. No meio do caminho, uma parada em Flores, onde todas as casas levam o brasão das famílias.
Outra parada obrigatória é na Granja Arenas, estabelecimento de Emilio Arena, o maior colecionador de lápis do mundo, com 10 mil unidades - incluindo uma peça de Itu, cidade do interior de São Paulo. Lá é possível conhecer de perto a coleção de lápis e outras tantas, como chaveiros, latas de refrigerante, perfumes, cinzeiros e cartões telefônicos.
O próprio Emilio Arena, 64 anos, recebe os visitantes e faz questão de explicar a sua paixão por coleções. "Ver a alegria de uma criança com um lápis na mão é indescritível. A vida se escreve com lápis, por isso tenho tantos", divaga.
No final do passeio, é possível ainda experimentar dezenas de geléias dos mais variados sabores, inclusive de tomate e cebola - os quais não recomendo.
Continuando na Rota 1, logo avista-se a cidade de Colônia do Sacramento, com cerca de 26 mil habitantes. O local, banhado pelo Rio da Prata, foi disputado por espanhóis e portugueses que deixaram suas marcas por toda a arquitetura do local no século 17. Foi considerada a maçã da discórdia por muitos anos.
A paisagem e a tranquilidade do povo da cidade me fez sentir como se vivesse no século 17. Parei para observar o pequeno porto, que ainda tem um farol, belo e antigo. Perdi o horário ao som das marolas do Rio da Prata. Aliás, é possível pegar uma barca dali para visitar Buenos Aires, capital da Argentina. São viagens de 45 minutos a três horas, dependendo da tarifa escolhida.
Optei por aproveitar Colônia e andei por todas as ruas da cidade. Conheci a Igreja Matriz, mais antiga do Uruguai, e passei pelo cartão-postal Calle de los Suspiros. Há muitas lendas sobre o nome desta rua. Uma delas diz que havia ali um bordel famoso, cujas moças arrancavam suspiros dos homens que passavam. Outra diz que era para esta rua que os militares levavam os condenados a morte para que, quando a maré do Rio da Prata subisse, eles se afogassem.
Na hora do almoço, um som de sax me chamou a atenção e entrei no restaurante Anjo Negro, onde comi novilho com batatas acompanhado por vinho tinto e patê de guacamole. Tudo saiu por 460 pesos (R$ 46).
Antes de voltar para Montevidéu, parei para ver o pôr-do-sol, um dos mais lindos que presenciei. Colônia do Sacramento é uma ótima opção para casais apaixonados ou para lembrar de uma paixão que está longe. É realmente inspiradora...
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