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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/06/2014 | Cidade
Inserção profissional: Mauá está pronta para o desafio
Inserção profissional: Mauá está pronta para o desafio Foto: Evandro Oliveira
Foto: Evandro Oliveira
Secretaria de Trabalho e Renda conta com Centro Público que faz a vez de agência municipal de intermediação de mão de obra e qualificação profissional

Com um estoque de 66.218 empregos formais e um quarto da população de 450 mil habitantes na faixa de 15 a 29 anos, Mauá dispõe de estrutura consolidada para enfrentar o desafio da inserção e da capacitação profissional da população. Tal estrutura, que envolve desde o cadastramento de pessoas em situação de desemprego até encaminhamento para vagas, cursos de qualificação e demais alternativas de colocação socioeconômica, está subordinada à Secretaria de Trabalho e Renda, sob o comando de Marcelo Lucas Pereira.

A menina dos olhos das políticas municipais é o Centro Público de Trabalho e Renda (CPTR), localizado na Rua Manoel Pedro Júnior, 45, na região central. O CPTR atende cerca de 450 pessoas por dia de segunda a sexta, das 8h às 17h. A maioria vem em busca do serviço gratuito de cadastramento para vagas de emprego oferecidas por empresas localizadas principalmente na região do Grande ABC e na Capital paulista.

“Temos cerca de 800 empresas cadastradas, das quais cerca de 200 ofertam vagas de forma contínua”, explica o secretário Marcelo Lucas. O CPTR registrou a colocação de 2.910 trabalhadores ao longo de 2013. Em 2014, em que pese o esfriamento da economia do Grande ABC em função da queda da demanda nas montadoras e autopeças, foram colocados 1.220 de janeiro a maio, totalizando 4.130.

O CPTR conta com 16 guichês e o atendimento se dá por meio de senha. “O cafezinho na porta não pode faltar, assim como a atenção especial a estes trabalhadores que chegam com a autoestima abalada e necessitam de suporte para voltar ao mercado”, cita Marcelo Lucas, que cita o serviço de Orientação Profissional como diferencial.

Trata-se de avaliação psicológica e funcional para auxiliar o candidato a se direcionar de acordo com habilidades e competências, além de orientar sobre a melhor maneira de se conduzir em entrevistas de emprego.

CPTR MÓVEL - Se o CPTR é espécie de quartel-general das políticas de inserção da Prefeitura de Mauá, estratégias de descentralização permitem atingir parcelas ainda mais numerosas da população. Prova disso é que a Secretaria de Trabalho e Renda conta com a Unidade Móvel do CPTR. Trata-se de veículo especialmente adaptado para levar serviço de cadastramento especialmente às regiões mais carentes da cidade.

“A unidade móvel é resultado de estudos que revelaram grande número de trabalhadores desempregados por desalento, quando fatores como desânimo e dificuldades financeiras levam as pessoas a deixar de sair para procurar”, explica Marcelo Lucas.

Desde que a unidade móvel do CPTR foi lançada, em abril de 2013, foram contabilizados 4.065 atendimentos entre cadastramento para vagas, emissões de carteira de trabalho, inscrição em cursos de qualificação e informações sobre acesso ao seguro-desemprego, outro serviço realizado pelo CPTR na condição de agente autorizado do Ministério do Trabalho e Emprego.

O CPTR recebeu 20.460 requerimentos de seguro-desemprego em 2013, dos quais 19.650 resultaram efetivamente em habilitações. No primeiro bimestre deste ano -- o dado mais recente disponível -- foram 3.840 requerimentos dos quais 3.525 habilitações.

Em emissões de carteiras de trabalho, foram 9.360 em 2013 e 2.589 em 2014 até maio, totalizando 11.949.

FEIRA DO EMPREGO - As estratégias pela colocação profissional vão além. Em 14 de maio deste ano a Prefeitura de Mauá promoveu a segunda edição da Feira do Emprego, na Praça 22 de Novembro. O evento registrou mais de 12 mil trabalhadores em busca de 11 mil oportunidades oferecidas pelo Centro Público de Trabalho e Renda (CPTR) e empresas que aderiram à iniciativa. Também foram disponibilizadas 275 vagas em cursos profissionalizantes, foram emitidas 105 carteiras de trabalho e efetuadas mais de 600 medições de pressão arterial.

“Encaminhados 44 trabalhadores para entrevistas”, relata Jessica Mendes, diretora comercial da Moderna Empregos, uma das empresas participantes da Feira do Emprego.

Duas semanas depois, no dia 29 de maio, a Secretaria de Trabalho e Renda realizou outra ação: o Dia D, voltado à inclusão profissional de pessoas com deficiência. Nesta data o CPTR se dedicou exclusivamente a este público, com a presença de empresas que realizaram processos seletivos no local.

Foram atendidos 223 trabalhadores que tiveram acesso a 858 oportunidades de emprego. A ação contou com outros serviços, como emissão de carteira de trabalho e inscrição em cursos de qualificação profissional. “Conseguimos encaminhar 57% dos trabalhadores para oportunidades em entrevistas e processos seletivos”, ressalta Marcelo Lucas, lembrando que os resultados consolidados, relativos a contratações, ainda estão sendo computados.

QUALIFICAÇÃO - Além da inserção de trabalhadores, Mauá prioriza a qualificação. Afinal, cursos de qualificação servem tanto para ampliar a empregabilidade dos candidatos a vagas em empresas como de plataforma para voos em carreira solo no horizonte do empreendedorismo na condição de autônomos ou microempreendedores individuais, por exemplo.

O programa Qualifica Mauá oferece cerca de 40 cursos em áreas como comércio e serviços, construção civil, administração, alimentação, turismo, entre outras. Os cursos são gratuitos e têm, em média, 160 horas, ou dois meses de duração com aulas diárias.

O mais importante é que os cursos não são oferecidos ao acaso, mas definidos de acordo com a demanda de mercado existente no território local – muitas vezes em parceria com empresas efetivamente necessitadas de determinado tipo de mão de obra. Isso significa que muitos concluintes saem praticamente empregados.

“As decisões sobre quais cursos são oferecidos dependem da análise de fatores como a movimentação de vagas do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, o perfil das vagas disponibilizadas pelas empresas além de interlocução permanente com sindicatos e empresas”, comenta Marcelo Lucas.

Alexandre Almeida de Jesus, 20 anos, é morador do Jardim Cerqueira Leite e está satisfeito com o resultado da participação no Qualifica Mauá. "Fiz o curso de eletricista no ano passado e, desde então comecei a prestar serviços para residências e empresas. Em um mês bom consigo um rendimento três vezes maior do que o que obtinha como empregado", relata.

SOB MEDIDA - Exemplo de cursos “sob medida” são os de eletricista industrial, soldador e caldeireira oferecidos em parceria com a Braskem, Prefeitura de Santo André e Senai. São 242 vagas motivadas pela demanda criada com a tradicional parada de manutenção do Polo Petroquímico de Capuava.

“O Polo Petroquímico realiza uma grande parada preventiva de manutenção a cada seis anos. A próxima será realizada em setembro próximo e os participantes destes cursos poderão atuar nesta oportunidade e, quem sabe, conquistar vagas efetivas”, diz o secretário de Trabalho e Renda.

Os cursos são realizados em locais variados com o objetivo de se aproximar da população. Até o CDP (Centro de Detenção Provisória) virou centro de formação, com curso de pintor de obras voltado a 44 detentos. “Atuamos de maneira integrada com a Secretaria de Cidadania e Ação Social para oferecer cursos à população mais carente e marginalizada”, afirma Marcelo Lucas.

Balanço da Secretaria de Trabalho e Renda mostra que em 2013 houve 2.134 concluintes de 40 cursos profissionalizantes, de um total de 2.575 vagas oferecidas. “Tivemos mais inscrições que vagas e a evasão atingiu 17%”, pontua o secretário da pasta. Em 2014 já foram oferecidas 1.914 vagas com 1.887 matrículas.

ECONOMIA SOLIDÁRIA - A Economia Solidária é mais uma alternativa que compõe o leque de ações. O conceito se refere a um conjunto de formas alternativas de organização da força de trabalho com vista na inserção socioeconômica, entre as quais o cooperativismo e a autogestão. Em Mauá, a Secretaria de Trabalho e Renda dá suporte a 14 empreendimentos solidários, entre os quais a Coopercata, especializada em coleta e reciclagem, Feira de Artesanato Feital, Feira de Artesanato da Praça Paineira, além de hortas comunitárias.

O suporte a estes empreendimentos se dá por meio do Núcleo de Economia Solidária da Universidade de São Paulo (Nesol). Técnicos da Nesol vão até os empreendimentos para prestar assessoria nas áreas econômica, financeira, administrativa, contábil, jurídica, social e ambiental. Eles se deslocam à bordo da Incubadora Pública Itinerante, veículo utilitário equipado com tela de LCD, cadeiras dobráveis e mini cozinha com cooktop, para cursos na área de gastronomia.

Lançada em dezembro de 2013, a Incubadora Pública Itinerante é resultado de investimento de R$ 880 mil em parceria com a Secretaria Nacional de Economia Solidária. O valor inclui a compra do veículo, equipamentos e contrato de dois anos com a entidade responsável pelo suporte técnico.

Por PMM - Redação
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