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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/01/2016 | Economia
Inovação faz mercado de academias da região driblar crise econômica
Inovação faz mercado de academias da região driblar crise econômica Foto: Ari Paleta/DGABC
Foto: Ari Paleta/DGABC
Para driblar o cenário de crise na economia atual, o mercado fitness no Grande ABC aposta na inovação de equipamentos e em planos que caibam melhor no bolso dos alunos. Isso tem ocorrido tanto em academias tradicionais como em estúdios especializados em uma única modalidade de exercício.

Segundo Christian Munaier, diretor do grupo 4Goal, consultoria do ramo de academias, em 2015 estabelecimentos do ramo em todo o País tiveram redução de 18% em visitação presencial. “Mesmo que as academias ampliem seu modelo de negócio, acredita-se que em 2016 ainda haverá retração, em torno de 5%, em relação ao ano passado”, explica. “Podemos verificar que há mais academias, mais pessoas frequentando, mas o volume financeiro é menor.”

Para ganhar competitividade e não ser esmagado pela concorrência é preciso oferecer serviços diferenciados ao consumidor, como no estúdio de pilates Postura em Movimento, do bairro Jardim, em Santo André. A proprietária e fisioterapeuta Eveline Alcântara preferiu trazer novidade da Austrália que, segundo ela, após pesquisas, constatou que no País só existe em sua academia e em uma no Recife (Pernambuco). Trata-se do free form, composto por placas que auxiliam os movimentos corretamente durante as aulas, e que pode ser entendido como a parte aeróbica do pilates, ou seja, que ajuda a trabalhar o abdômen e a emagrecer, além de alongar e fortalecer. “Em tempos de crise, enquanto a maioria das pessoas pensava em economizar, eu investi. Com as novidades que consegui trazer para meu estúdio, após acompanhar aulas em Londres (Inglaterra) meu investimento foi de R$ 25 mil. Não quero cair na rotina, sempre quero inovar”, conta.

Apesar da novidade, os alunos de Eveline não escaparam das incertezas da crise, e propuseram que ela trabalhasse também com valores mensais e com frequências menores, a fim de atender a todos os bolsos. “Eu só trabalhava com planos semestrais e anuais, mas agora as pessoas preferem pagar mensalmente, pois não sabem o que vai acontecer com o emprego.” Por exemplo, duas vezes por semana na mensalidade saem por R$ 300, enquanto que no semestral, R$ 240.

Para atrair clientes, Teco Martins, sócio e treinador-chefe da CrossFit 198, no mesmo bairro, inaugurado há um ano, aposta na divulgação dos benefícios da modalidade ao dizer que há semelhança com movimentos diários realizados, que fortalece todos os membros do corpo de uma só vez e deixa as pessoas com mais disposição. Sem contar que não há restrição de idade e o corpo é usado como instrumento principal – cordas, bolas, correntes e argolas são itens acessórios. “É alternativa a quem está entediado de academias convencionais. Sai do comum”, diz.

Martins acredita que, antigamente, os treinos eram mais demandados em épocas sazonais, geralmente no verão, principalmente como promessa de Ano-Novo. “Embora isso tenha mudado um pouco, temos sentido os reflexos da crise com o cancelamento de alguns alunos, que têm perdido o emprego, e a negociação de outros, com dificuldades financeira, para que possam continuar a se exercitar.” No plano mensal sai por R$ 430 e, no semestral, R$ 358 – é possível frequentar o local diariamente.

ARTES MARCIAIS - Na academia de boxe E3, na Vila Assunção, o professor Adilson Rosa lança mão de mensalidade acessível, de R$ 100 no plano semestral e R$ 140 no mensal, por duas aulas por semana, e afirma que chamariz à prática do esporte é o alívio do cansaço diário. “O boxe é a luta mais completa entre as artes marciais, além das funções de condicionamento físico e perda de peso, as pessoas procuram aliviar o estresse do trabalho aqui na academia.” O ano começou com seis novos alunos.

Para a gerente de e-commerce Jaqueline D’Argenio, 28 anos, e praticante da modalidade há um mês, os treinos saem de sua rotina com muito dinamismo, por isso preferiu estúdios especializados em vez de academias tradicionais. “Encontrei o esporte diferenciado, os exercícios só dependem da sua força de vontade, além dos resultados que obtive em um mês de treino. Estou muito satisfeita”, explica.

Estabelecimento tradicional aposta em aulas de dança e luta

Apesar das novidades no segmento fitness, e da maior procura por aulas de defesa pessoal como forma de se exercitar, academias tradicionais não ficam atrás quando o assunto é inovação. Na Body Sports, no Jardim Bela Vista, o diretor técnico Rodrigo Assi revela que um meio de atrair novos alunos e manter os frequentadores foi oferecer além dos equipamentos de musculação por um preço que valha o investimento. São disponibilizados no pacote aulas de condicionamento físico, danças, como zumba, lutas, como, muay thai, pilates, ioga e alongamento. “Neste começo de ano não tivemos muitas matrículas novas, mas temos a meta de aumentar em 40% até o meio do ano”, afirma. O plano mensal sai por R$ 400 e, o semestral, R$ 290.

A vendedora Letícia Barreto, 21 anos, escolheu pelo método tradicional, já que nas especializadas não encontrou horários tão flexíveis para conciliar com outras atividades. “Optei pela facilidade de horários e, claro, o custo-benefício.”

Por Yasmin Assagra - Especial para o Diário
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