NOTÍCIA ANTERIOR
Campanha em Diadema terá carros e cavalos
PRÓXIMA NOTÍCIA
Nunes não paga tarifa de ônibus em campanha em Ribeirão
DATA DA PUBLICAÇÃO 29/07/2008 | Política
Inimigos de ontem se unem pelo poder no Grande ABC
Na política, inimigo é uma palavra que tem um curto prazo de validade. Na maioria das vezes, a disposição em falar mal do concorrente não completa quatros anos. Muitos aliados das urnas de hoje já se degladiaram por votos em algum momento da vida política. Das 27 coligações que disputam o comando das prefeituras do Grande ABC, seis são compostas por ex-adversários.

Sem o menor constrangimento, os políticos da região dizem que a decisão de se aliar a adversários teve como motivo ‘o bem da cidade'.

Inimigos políticos durante 24 anos, Luiz Carlos Grecco (PP) e Valdírio Prisco (PSDB) fazem parte da mesma chapa em Ribeirão Pires. O tucano é candidato a prefeito e o progressista, a vice. Grecco reconhece que ainda há quem estranhe a união. "Muitos eleitores ainda ficam sem entender, mas a gente explica que estamos unindo meus dois mandatos com os três do Prisco", diz o ex-prefeito. "Vamos saber se a união foi gratificante na abertura das urnas. Me juntei com Prisco porque o fato de ele ser do partido do governador José Serra ajudará a cidade."

Em Mauá, o prefeiturável governista Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), que tem como principal cabo eleitoral o prefeito Leonel Damo (PV), já esteve do lado oposto ao do atual chefe do Executivo. Em 2004, os dois disputaram a eleição. Damo ficou em segundo, mas foi beneficiado pela cassação do registro da candidatura do então candidato do PT, Márcio Chaves, que havia vencido o primeiro turno. Chiquinho ficou em terceiro. O socialista somente deixou a oposição a Damo em setembro de 2006, quando passou a ser o homem-forte da administração.

Outra parceria inusitada no município é a do prefeiturável Diniz Lopes (PSDB) com o irmão Manoel Lopes (DEM). "Estávamos de lados opostos, mas agora chegou a hora da família Lopes comandar Mauá", afirma Manoel.

Adversário do PT desde 1994, o ex-prefeito de São Bernardo Maurício Soares (PSB) reconhece que, a princípio, a aliança com o prefeiturável petista Luiz Marinho só terá validade até a eleição. "Depois, será uma outra conversa", admite Maurício.

O ex-deputado estadual Marquinho Tortorello (PPS) explica que sua decisão de subir no palanque do tio, o prefeiturável de São Caetano Jayme Tortorello (PT), após 22 anos de distanciamento político, foi a ruptura com o atual governo.

A chapa composta pelo candidato a prefeito Mário Reali (PT) e a vice, Gilson Menezes (PSC), já teve os integrantes como inimigos. Em 2004, Gilson disputou a Prefeitura com José de Filippi Júnior (PT).

O professor de ciência política da Fundação Santo André, Marco Antônio Carvalho Teixeira, disse que a situação é reflexo do distanciamento das legendas de suas ideologias. "Hoje o que vale é o pragmatismo. Para eles, não há mais diferença ideológica. Vale tudo para conquistar o poder", diz. "Não me surpreenderia vê-los separados de novo após a eleição."

Por Sérgio Vieira - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Política
25/09/2018 | Bolsonaro inicia dieta branda e faz caminhada fora do quarto, diz boletim
21/09/2018 | Bolsonaro diz nunca ter cogitado volta da CPMF e fixa postagem no seu Twitter
20/09/2018 | Ibope: Em São Paulo, Bolsonaro se isola com 30% das intenções de voto
As mais lidas de Política
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7718 dias no ar.