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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/08/2014 | Economia
Indústria do Grande ABC fecha 53 empregos por dia
Já são 53 postos de trabalho perdidos por dia no setor industrial do Grande ABC nos últimos 12 meses terminados em julho. Isso porque foram eliminadas 19,1 mil vagas nesse período, de acordo com pesquisa do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgada ontem, que toma como base as informações passadas pelas empresas associadas à entidade na região.

O levantamento mostra a intensificação do cenário crítico do emprego entre as fabricantes dos sete municípios. Até junho, eram contabilizadas 48 vagas fechadas por dia – resultado de 17.150 postos a menos no período de 12 meses.

Apenas em julho, de acordo com o estudo, houve redução de aproximadamente 2.500 vagas, ou variação negativa de 1,20% em relação ao número total de pessoas empregadas nas indústrias da região no mês anterior. No acumulado deste ano, por sua vez, as demissões já atingiram 12.650 trabalhadores.

O cenário é preocupante. Só na regional do Ciesp de Santo André (que engloba empresas de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) foram perdidos, no mês passado, 1.750 postos de trabalho. Para o diretor da entidade no município, Emanuel Teixeira, que é empresário do ramo de autopeças, vários fatores contribuem para os cortes: “O mercado interno está baixo, pelo nível do endividamento, pela restrição de crédito e pela incerteza do consumidor em relação à perspectiva futura. Produzir no Brasil está ficando inviável, já que, além disso, a matéria-prima nacional está 70% acima do preço internacional, e a estrutura tributária acarreta custos elevados”, assinala.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino, o Martinha, afirma que à medida em que as montadoras deram uma freada na produção de veículos (que está 17,4% menor neste ano), muitas pequenas fornecedoras, sem encomendas, não tiveram condições de manter os empregos.

Teixeira demonstra ceticismo em relação à entrada em vigor, nesta semana, do decreto de rastreabilidade das autopeças. A medida propicia o controle e a medição do que são componentes nacionais para que as montadoras tenham redução tributária, se produzirem veículos com pelo menos 60% de itens nacionais. “A indústria brasileira não vai conseguir fornecer se não for competitiva, e a montadora não vai comprar aqui se não tivermos preços internacionais”, avalia.

Também é com apreensão que o diretor da regional do Ciesp de São Bernardo, Hitoshi Hyodo, vê a situação da indústria. “Aquilo que tínhamos como posição de cautela, no início do ano, está se tornando preocupação, em virtude da tendência consolidada de queda no ritmo de atividade econômica e na confiança do mercado.”

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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