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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/05/2017 | Economia
Indústria demite 40 funcionários por dia
Indústria demite 40 funcionários por dia Foto de divulgação
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Apesar da diminuição no ritmo das demissões, a indústria do Grande ABC ainda sofre bastante com os efeitos da crise econômica que assola o País. Nos últimos 12 meses encerrados em abril, o setor desligou cerca de 14,6 mil trabalhadores, o equivalente a 40 cortes por dia na região. Até março, 43 pessoas eram desligadas a cada 24 horas. De abril de 2016 para cá, porém, quando 82 perdiam o emprego nas fábricas diariamente, houve redução de 91%.

Os dados são do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), e provêm de pesquisa com as empresas

Somente no mês passado, foi apurado saldo de 100 postos eliminados na indústria regional. Em abril do ano passado, no entanto, o volume era dez vezes maior, de 1.150 empregos.

Outro dado que mostra a desaceleração na velocidade das dispensas no setor industrial das sete cidades é o balanço do primeiro quadrimestre. Embora 1.700 pessoas tenham perdido o emprego no período, de janeiro a abril de 2016 o número de cortes chegou a 7.250 – 5.550 a mais. É válido ressaltar que nos primeiros quatro meses deste ano o pior desempenho se concentrou em março, que extinguiu 1.120 vagas, E, em janeiro, havia sido interrompida a sequência de 23 meses apenas de cortes, com a admissão de 150 pessoas.

O resultado de abril foi influenciado pelos desempenhos negativos dos segmentos de veículos automotores e autopeças (-1,30%) e produtos químicos (-0,99%). O resultado só não foi pior devido às variações positivas dos setores de produtos alimentícios (1,74%) e produtos de borracha e de material plástico (0,52%), que também influenciaram no indicador.

São Caetano foi a cidade que mais demitiu, com 400 dispensas. Na avaliação do diretor titular do Ciesp São Caetano, Vladimir Chiea, o número pode estar relacionado às demissões que ocorreram na GM (General Motors) no mês passado, “Por ser a principal indústria da cidade, os fornecedores e outros setores também acabam sendo impactados”, diz.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, a montadora demitiu 385 trabalhadores após o fim do lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho), que vigorou por mais de dois anos.

Para Mauro Miaguti, diretor titular do Ciesp São Bernardo, o resultado é pontual. “Não surpreende, o desempenho é tímido, mas creio que haverá desaceleração nas demissões.”

Para ambos os diretores, a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária são essenciais para a economia. “A volta do crédito e a prorrogação do prazo para o recolhimento de impostos seriam bem-vindas e ajudariam a gerar emprego”, analisa Miaguti. “As reformas trabalhista e tributária também são essenciais para a retomada”, assinala Chiea.

Por Gabriel Russini - Especial para o Diário
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