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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/08/2009 | Economia
Indústria de brinquedos ganha impulso no País
As fabricantes de brinquedos caminham para fechar o ano com números expressivos de vendas, apesar da crise financeira mundial, que atinge a economia do País desde outubro de 2008.

Esse é um mercado que cresceu 6,5% no faturamento no primeiro semestre frente a igual período do ano passado e que tem a expectativa de encerrar 2009 com alta de 9% - com o qual passaria a movimentar R$ 2,72 bilhões, de acordo com a Abrinq (Associação Brasileira da Indústrias de Brinquedos).

Os dados apontam que o segmento foi menos afetado que outras atividades, já que a venda de seus produtos depende menos de financiamento e mais da renda da população, segundo especialistas.

Para essa expansão, a indústria de brinquedos conta agora com a recente inclusão na PDP (Política de Desenvolvimento Produtivo), do governo federal, que abre portas (até então fechadas) para linhas de crédito do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

Segundo o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, esse é um passo importante, já que o setor estava incluído em uma lista negra do banco desde 1995, quando houve um processo de liberação das importações que seguiu ao Plano Real e muitas fabricantes quebraram.

A PDP também significa o compromisso do governo com a redução de impostos de importação de peças, o que ajudaria a dar melhores condições, em termos de custos, para as empresas competirem com os brinquedos chineses. Com isso, o segmento pretende tomar neste ano 5% de fatia dos itens da China, que respondem hoje por 45% de participação nas vendas no Brasil, de acordo com a Abrinq.

Desenvolvimento - Além da menor dependência das vendas a prazo, o setor procura inovar, todo ano, com lançamentos de produtos em sintonia com o que as crianças veem na TV ou nos cinemas.

A Grow, de São Bernardo, por exemplo, que tem um mix de 350 produtos, lançou 80 itens de janeiro a julho. O gerente de produto, Gustavo Arruda, assinalou que a empresa mantém a aposta em brinquedos clássicos, que recebem novas versões (casos de War e Imagem e Ação), e nos atrelados a filmes: bonecos de personagens do Ben 10, Pica-Pau e outros. A companhia projeta crescer em torno de 10% em vendas até o fim de 2009.

Na mesma linha, a Plásticos Nillo, de Diadema, assinou neste ano contrato com a Discovery Kids e Nickelodeon, para usar os personagens Doki e Backyardigans em seus produtos para venda de Natal.

A diretora Natânia Sequeira prefere não fazer projeções mas mostra confiança no crescimento dos resultados de 2009 frente a 2008. Ela lembra que 70% do faturamento do setor tradicionalmente é obtido no segundo semestre.

Empresas do segmento contrataram neste ano

Enquanto outros segmentos demitiram neste ano, as indústrias de brinquedos têm aberto postos de trabalho. A Abrinq projeta que, de um total de cerca de 20 mil empregos em 2008, o setor deve chegar ao fim de 2009 com mais de 21 mil vagas.

Com os preparativos para atender o varejo para o Dia das Crianças, em outubro, as fabricantes já têm intensificado o recrutamento de pessoal. É o caso da Plásticos Nillo, de Diadema, que conta hoje com 158 funcionários. No início do ano, a empresa estava com 105. A diretora Natânia afirmou que, para suprir a demanda de fim de ano, espera contratar mais 50 funcionários.

O negócio, que neste ano, completa 30 anos, reforçou a linha de brinquedos, com novas parcerias, e também diversificou: passou a atuar com kits para alimentação - 21 produtos, que incluem diversos tipos de pratos e talheres.

Outra fabricante da região, a Grow também já ampliou o quadro de empregados, desde junho, em função dos preparativos para o dia 12 de outubro. Com mais de 350 funcionários fixos, a empresa já fez a contratação de temporários. O número de admitidos não foi revelado.

Por sua vez, a microempresa Plasmax, de Santo André, que presta serviços de injeção (um tipo de processo fabril) de peças plásticas para os mais diversos segmentos (de utensílios domésticos a bijuterias), concentrou 100% da produção de 2009 na área de brinquedos.

Com 15 funcionários na fábrica, o negócio abriu neste ano mais duas vagas e já planeja ampliar seus negócios.

O empresário Eduardo Rosalino, que adquiriu duas máquinas para a Plasmax dar conta da alta demanda, no fim de 2008, relatou: "Não tive crise, algumas empresas estão superlotadas de serviços e terceirizam parte de sua produção", afirmou.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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