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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/04/2011 | Economia
Indústria de brinquedo quer ganhar mercado tomado pela China
A meta da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) quer perseguir exemplos de México, Filipinas e Vietnã, que retomaram participação de mercado dos chineses com incentivos à produção. No Brasil, o setor, que reúne 440 fábricas no País, emprega 30 mil trabalhadores e fatura R$ 3,1 bilhões anuais sofre com contrabando (10% do mercado) e com brinquedos vindos da China (45%) por baixo do pano. Atualmente a indústria nacional, que este ano deve investir R$ 200 milhões em modernização das fábricas e produtos, detém 45% do mercado brasileiro.

A menos de uma semana da abertura da Abrin – Feira Brasileira de Brinquedos, terceiro maior evento mundial do setor que em sua 28ª edição reúne mais de 200 empresas em 20 mil m² do Expo Center Norte e prevê lançar 1.500 brinquedos, a Abrinq conversa com o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) para voltar a frear a concorrência desleal e predatória dos produtos importados da China.

Os importadores, segundo o presidente da entidade, Synésio Batista da Costa, que integra a comitiva brasileira que embarca nesta quarta (06/04) para a China (“vamos propor que os brinquedos chineses sejam testados pelas normas brasileiras, entre outros acordos”), têm as seguintes vantagens: câmbio com defasagem de no mínimo 45%, isenção de cobrança de tributos trabalhistas, que não são pagos na China, 15% de vantagem em média para desembarque nos portos de Vitória, Manaus e portos secos; taxa de juros de 2,9% a.a, contra 3,5% pagos pela indústria brasileira, o governo chinês devolve 13% ao exportador sobre o valor da Invoice verdadeira de exportação, subfaturamento.

Como sugestões da Abrinq ao governo Batista da Costa enumera: vetar possibilidade de uso do mecanismo do preço de transferência – intercompany price (gera transferência de produção e empregos na China), impedir que brinquedos chineses cheguem com certificado do Inmetro – testes deverão ser feitos aqui; peças e partes para fabricação de brinquedos devem ter alíquota de importação reduzida a 2%; importações deverão ser desembarcadas exclusivamente pelo porto de Santos e tributadas na liberação, tradings não poderão importar.

Oportunidade - A meta é ganhar quanto for possível de participação de mercado dos chineses, recuperando parte do que os brinquedos fabricados naquele país tiraram dos fabricantes nacionais.
A indústria nacional enxerga janelas para crescer. O aumento no valor da mão de obra chinesa em 15%, com o consequente aumento de 15% a 20% do preço do brinquedo produzido naquele país, é uma das oportunidades vislumbradas pela Abrinq. “A mão de obra na China já custa 350 dólares e começa a faltar por causa da demanda do setor eletroeletrônico”, observa Batista da Costa.

O discurso de Batista da Costa é de integração competitiva via Mercosul, de onde, ele imagina, a indústria produzindo partes e peças e exportando para o Brasil a preços competitivos. “O Mercosul tem incentivos que nós não temos; aqui, ao contrário, praticamos a guerra fiscal.” Segundo o presidente da Abrinq, “se conseguirmos recuperar a fatia de mercado que os chineses nos tomaram, dará para crescer substancialmente”.

A indústria nacional de brinquedos conta, ainda, com o apoio do governo brasileiro, que tem tomado medidas contra a produção de fora, aumentando a carga de impostos sobre os importados, de acordo com Batista da Costa.

Desde agosto de 2009 os fabricantes brasileiros, capitaneados pela Abrinq, vêm fazendo a lição de casa a partir da sua Política de Desenvolvimento Produtivo. Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, foi feito amplo levantamento das necessidades das fábricas, cujas questões foram compiladas e estruturadas ano passado. A fase, agora, é de capacitação dessa indústria, bem como de adequação às normas e mais modernos processos produtivos.

Num primeiro levantamento da Abrinq, a ser consolidado nas próximas semanas, a indústria brasileira de brinquedos faturou R$ 3,1 bilhões em 2010, um avanço de 11% sobre o exercício anterior. A meta para este ano, com investimento de R$ 200 milhões, é crescer mais 15%, principalmente em função dos novos produtos que serão apresentados ao varejo durante a Abrin.

Por ABCD Maior - Redação
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