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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/01/2018 | Educação
Indústria da região tem melhor saldo de emprego desde 2011
Indústria da região tem melhor saldo de emprego desde 2011 Ao longo de seis anos, no entanto, fábricas da região eliminaram 94,7 mil postos de trabalho. Foto: Denis Maciel/DGABC
Ao longo de seis anos, no entanto, fábricas da região eliminaram 94,7 mil postos de trabalho. Foto: Denis Maciel/DGABC
A indústria do Grande ABC perdeu 94,7 mil empregos nos últimos seis anos. E, mesmo com saldo negativo em 2017, que resultou no fechamento de 5.150 postos de trabalho, o resultado é o melhor para as fábricas da região desde 2011, última vez em que as contratações superaram as demissões e houve a criação de 2.700 vagas. Os dados são de levantamento do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

O movimento nas sete cidades seguiu o ritmo do restante do Estado, onde o saldo de empregos também apresentou melhor desempenho desde 2011 – à época, haviam sido fechados 1.500 postos e, no ano passado, 35 mil.

O volume de cortes registrados nas plantas fabris do Grande ABC em 2017 é três vezes menor que o do ano anterior, quando as sete cidades perderam 20,3 mil vagas nas indústrias. Significa que 56 pessoas foram demitidas por dia, enquanto que, no ano passado, a frequência caiu para 14 demissões diárias.

De acordo com o diretor do Ciesp Diadema – cidade que fechou 150 postos de trabalho –, Anuar Dequech Junior, os resultados do emprego no ano passado indicam uma primeira etapa rumo à estabilidade econômica, que deve acontecer de maneira gradual ao longo de 2018. “Em crises passadas, a retomada foi mais rápida, o que eu não acredito que aconteça por conta de todo o contexto. Ao contrário das turbulências anteriores, que duravam seis ou oito meses, estamos sofrendo dificuldades há um tempo mais longo, amargando resultados negativos desde 2012. Além disso, a tendência da indústria é, em um primeiro momento, aumentar o volume de produção, mas ainda não aumentar as contratações, até sentir se a situação está sustentável”, explicou.

Entre os setores que já apresentaram sinais de melhora está o de autopeças, que é um dos principais, e fechou o ano com saldo positivo de 3,64%. “Se tudo correr bem, ainda mais na indústria automobilística, o que a gente ainda fala com cautela, teremos estabilidade e melhora no índice de empregos”, disse.

São Bernardo foi a cidade que mais perdeu vagas, encerrando 2017 com 4.900 cortes. Somente em dezembro, foram 1.250 postos. Na avaliação do diretor do Ciesp na cidade, Mauro Miaguti, o índice teve impacto de fechamento ou mudança de empresas no setor de produtos de metal (no ano, a queda foi de 46,93%). Porém, a situação poderia ter sido mais crítica se o ramo não tivesse apresentado bons resultados. “As montadoras de veículos já estão trabalhando praticamente sem lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) e algumas delas já estão contratando (a exemplo da Mercedes). Este número provavelmente vai ter melhora significativa neste semestre. No ano passado, a estabilidade na economia deu seus primeiros sinais depois do meio do ano, então havia excedente muito grande em lay-off. Ainda não deu tempo de reverter a situação”, afirmou. São Caetano também terminou o ano com queda, de 650 postos.

Santo André foi única a fechar no azul

A única regional que fechou no azul foi Santo André (que inclui Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), com saldo positivo de 550 vagas. O destaque foi para a indústria de móveis, com crescimento de 51,82%.

Proprietário de marcenaria na Vila Assunção, Rogério Mantelli fechou o ano com faturamento 20% maior do que em 2016. Segundo ele, hoje são oito funcionários trabalhando naturalmente, mas a previsão é contratar mais um no primeiro semestre. No fim do ano, três funcionários temporários se juntaram à equipe para dar conta da demanda de móveis sob medida. “Tivemos aumento de encomendas. Nossa clientela é muito fiel, mas também trabalhamos com divulgação na internet. O ano passado não foi ruim para nós”, destacou.

O segmento foi beneficiado pelo fato de a economia ter começado a reagir, mas não o suficiente para encorajar gastos robustos. Desta forma, quem não pode trocar de casa aposta em móveis novos.

Por Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
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