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Inclusão digital para crianças e adolescentes abre portas para novos projetos de vida
DATA DA PUBLICAÇÃO 19/12/2010 | Cidade
Inclusão digital para crianças e adolescentes abre portas para novos projetos de vida
A história da menina de 15 anos, TAR, é a mesma de milhares de outros adolescentes espalhados por todo o país. Os oito irmãos ficaram órfãos de pai quando ela tinha três anos. Um ano depois, a mãe também morreu. Eles foram distribuídos pela família e alguns acabaram adotados. TAR e dois irmãos ficaram com a avó materna, que morreu quatro anos depois.

O encaminhamento judicial levou os três para um abrigo e, com isso, depois chegaram as novas amizades, a rua, o cigarro, a maconha, o crack... Foram quase três anos sem consciência do que estava acontecendo. Os irmãos compartilharam a fome, o desamparo, o abandono.

TAR e o irmão de 13 anos experimentam, há cerca de um ano, um sentimento praticamente desconhecido: o carinho de pessoas que trabalham no Abrigo Municipal, novas perspectivas e um ambiente limpo, saudável e disciplinado. Ela diz: "Parece coisa de mãe, sabe?"

Outra coisa até então desconhecida para eles se transformou em realidade na quinta-feira (16). A Secretaria de Assistência Social deu início às atividades do laboratório de informática instalado no Abrigo. Essa ação foi possível a partir de um projeto apresentado por funcionários da empresa de gases industriais e medicinais White Martins (WM), que custeou a compra de seis computadores, duas impressoras, armários, ar condicionado, cadeiras e mesas, além de um aparelho de televisão. As aulas serão dadas por um orientador social já contratado pela Secretaria.

A reforma da sala também foi custeada pela empresa, assim como toda a instalação elétrica. "O objetivo é promover a inclusão digital dos 14 jovens que estão acolhidos na instituição e prepará-los para seguir a vida com autonomia e da melhor maneira", explicou a secretária de Assistência Social, Celma Dias. Os meninos e meninas mostraram logo de início uma grande facilidade de aprendizado e disciplina. “Eles estão apaixonados pela ideia e essa será mais uma ferramenta de trabalho para promover a autoestima e a profissionalização”, falou Celma.

Ocorre que o local está preparado para abrigar crianças e jovens de 0 a 17 anos e 11 meses. A partir da acolhida, a equipe de profissionais do Abrigo inicia o processo de acompanhamento e orientação. O desafio é garantir o restabelecimento de vínculos familiares e promover o retorno para casa. São obtidas algumas vitórias, mas, em alguns casos, conforme a decisão judicial, pode ser feito o encaminhamento para parentes, adoção ou, quando as crianças superam a faixa etária preferida por quem deseja adotar, elas permanecem acolhidas até atingirem a maioridade.

“Nesse momento, o trabalho da Secretaria conta com a parceria de várias empresas da cidade. Isso significa o reconhecimento da seriedade com que ele está sendo conduzido, aumenta a possibilidade de conseguirmos melhores resultados ainda e atrai novos parceiros para outros projetos”, disse Celma. A preocupação com a reestruturação destes jovens provocou a busca por parcerias e abriu espaço para o projeto ApadrinhAR, elaborado pelos funcionários da WM e que recebeu recursos da unidade da empresa localizada em Mauá.

“Vimos que eles estão bem instalados, têm regras e apoio”, justificou a analista administrativa da WM, Camila Carvalho Medeiros, responsável pelo acompanhamento da inclusão digital dos jovens do Abrigo. O técnico em segurança do trabalho, Carlos Antonio Nascimento, afirmou que trará o filho para conhecer o local: “muitos de nós já somos voluntários, mas é importante poder auxiliar e fazer nosso papel, inclusive como ser humano, e saber que é possível ajudar no desenvolvimento destes jovens”.

Hoje o serviço está reestruturado no Abrigo, bem diferente do que era até janeiro de 2009. O atendimento está de acordo com a lei e o fluxo é organizado. Por isso, dos 43 acolhidos dessa época, hoje o Abrigo tem 14. O resultado é considerado positivo porque eles estão juntos, freqüentam escola, tem assistência social, pedagógica e de saúde, além de todos os cuidados adequados para atendimento de alta complexidade.

Os jovens realmente são amparados em vários sentidos, contando com a rede de atendimento público, como no Centro de Referência Especializada de Assitência Social (Creas), Assistência Farmacêutica e o Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (CAPS AD), por exemplo.

“O tratamento terapêutico promovido no CAPS é para promover o fortalecimento dos valores humanos, a reinserção do dependente químico na rede social, o resgate da autonomia e reconstrução da própria identidade”, definiu a coordenadora da Saúde Mental da Prefeitura, Elaine Polizel. Cheia de esperança, TAR explica que continuará o tratamento no CAPS AD porque não quer “sofrer recaída no vício. A força para construir uma nova vida está nos meus irmãos. Quero trabalhar, ter uma casa e ver eles bem e reunidos.”

Por Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá
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